De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Mato Grosso sofre agora com as queimadas
04/06/2011
Fonte: O Globo, O País, p. 16
Mato Grosso sofre agora com as queimadas
Nos últimos dois dias, satélites detectaram 74 pontos de fogo no estado, 38% do total registrado no país
Cleide Carvalho
SÃO PAULO. Após o pico do desmatamento, as áreas de floresta em Mato Grosso enfrentam nova ameaça. São as queimadas, que já começaram a causar destruição no estado. O boletim de monitoramento da Amazônia Legal, elaborado pelo Ibama, registrou focos de calor em 36 cidades do estado na quinta-feira. A pior situação é a do município de Gaúcha do Norte, porta de entrada para o Parque Nacional do Xingu, com dez focos identificados pelos satélites.
Em Nova Ubiratan, cidade que registrou o maior número de alertas no Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) em abril passado e teve a segunda maior área desmatada do estado, eram quatro áreas sendo queimadas.
Dos 38 focos de fogo detectados pelo Inpe na Amazônia Legal ontem, 20 são em Mato Grosso.
- O estado concentrou, nas últimas 48 horas, 38% de todos os focos de queimada do país, num total de 74 pontos detectados - confirma Fabiano Morelli, pesquisador do setor de queimadas do Inpe.
A situação é mais preocupante nas áreas estabelecidas como unidades de conservação. Os satélites do Inpe indicam a presença de fogo em quatro terras indígenas. Em Parecis, no noroeste do estado, foram registrados 17 focos de incêndio na quinta-feira. Ela é a mais atingida até agora. Entre os dias 1 e 3 deste mês, ocorreram queimadas também nas reservas Aripuanã, Maraiwatsede, Enawenê Nawê.
Entre as áreas de proteção federais, houve fogo na Área de Proteção Ambiental do Rio Araguaia e no Jaru; nas sob proteção estadual, focos no Parque Estadual do Cristalino e na Área de Proteção Ambiental do Salto Magessi.
De janeiro até agora, o Mato Grosso registrou 595 focos de fogo, a maior quantidade do país. No ano passado, foram 1.200 registros no período, mas as condições climáticas deste ano estão melhores. No ano passado, uma cidade quase inteira - Marcelândia - ardeu em chamas no pior período da seca.
Para Morelli, do Inpe, as queimadas tendem a aumentar muito a partir deste mês, não apenas por conta do período seco do estado:
- Como o desmatamento aumentou, as queimadas também devem ser maiores. Depois de tirar a mata, as pessoas colocam fogo para usar a área.
Segundo Ramiro Martins Costa, superintendente do Ibama no Mato Grosso, as equipes que integram a megaoperação contra o desmatamento no estado já detectaram diversas áreas de fumaça nos sobrevoos na região.
- Já temos bastante fumaça, mas temos de ir verificar por terra. O fogo, em 99.9% dos casos, é proposital, por ação humana - explica.
O Globo, 04/06/2011, O País, p. 16
Nos últimos dois dias, satélites detectaram 74 pontos de fogo no estado, 38% do total registrado no país
Cleide Carvalho
SÃO PAULO. Após o pico do desmatamento, as áreas de floresta em Mato Grosso enfrentam nova ameaça. São as queimadas, que já começaram a causar destruição no estado. O boletim de monitoramento da Amazônia Legal, elaborado pelo Ibama, registrou focos de calor em 36 cidades do estado na quinta-feira. A pior situação é a do município de Gaúcha do Norte, porta de entrada para o Parque Nacional do Xingu, com dez focos identificados pelos satélites.
Em Nova Ubiratan, cidade que registrou o maior número de alertas no Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) em abril passado e teve a segunda maior área desmatada do estado, eram quatro áreas sendo queimadas.
Dos 38 focos de fogo detectados pelo Inpe na Amazônia Legal ontem, 20 são em Mato Grosso.
- O estado concentrou, nas últimas 48 horas, 38% de todos os focos de queimada do país, num total de 74 pontos detectados - confirma Fabiano Morelli, pesquisador do setor de queimadas do Inpe.
A situação é mais preocupante nas áreas estabelecidas como unidades de conservação. Os satélites do Inpe indicam a presença de fogo em quatro terras indígenas. Em Parecis, no noroeste do estado, foram registrados 17 focos de incêndio na quinta-feira. Ela é a mais atingida até agora. Entre os dias 1 e 3 deste mês, ocorreram queimadas também nas reservas Aripuanã, Maraiwatsede, Enawenê Nawê.
Entre as áreas de proteção federais, houve fogo na Área de Proteção Ambiental do Rio Araguaia e no Jaru; nas sob proteção estadual, focos no Parque Estadual do Cristalino e na Área de Proteção Ambiental do Salto Magessi.
De janeiro até agora, o Mato Grosso registrou 595 focos de fogo, a maior quantidade do país. No ano passado, foram 1.200 registros no período, mas as condições climáticas deste ano estão melhores. No ano passado, uma cidade quase inteira - Marcelândia - ardeu em chamas no pior período da seca.
Para Morelli, do Inpe, as queimadas tendem a aumentar muito a partir deste mês, não apenas por conta do período seco do estado:
- Como o desmatamento aumentou, as queimadas também devem ser maiores. Depois de tirar a mata, as pessoas colocam fogo para usar a área.
Segundo Ramiro Martins Costa, superintendente do Ibama no Mato Grosso, as equipes que integram a megaoperação contra o desmatamento no estado já detectaram diversas áreas de fumaça nos sobrevoos na região.
- Já temos bastante fumaça, mas temos de ir verificar por terra. O fogo, em 99.9% dos casos, é proposital, por ação humana - explica.
O Globo, 04/06/2011, O País, p. 16
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