De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Entidades denunciam ataque de pistoleiros a índios acampados em Iguatemi (MS)
25/08/2011
Autor: Paulo Yafusso
Fonte: O Globo - http://extra.globo.com/
Lideranças, pesquisadores e entidades ligadas à questão indígena denunciam que jagunços armados expulsaram um grupo de índios guarani-kaiova que estava desde a semana passada acampado próximo à Fazenda Santa Rita, no município de Iguatemi, a 464 quilômetros de Campo Grande (MS), na fronteira com o Paraguai. Durante a ação pelo menos três indígenas foram feridos a tiros. Há quinze dias o grupo havia sido expulso de uma propriedade, que pertence à família do prefeito de Iguatemi, e passaram a viver em um acampamento montado à beira da estrada.
De acordo com informações do administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ponta Porã, Sílvio Raimundo da Silva, um antropólogo do Ministério Público Federal (MPF) que esteve no acampamento relatou que encontrou cartuchos de borracha, munição deflagrada e os barracos todos queimados. Os índios feridos estariam no acampamento, agora montado à margem do rio Iguatemi. O confronto foi na noite de terça-feira, segundo os indígenas. A Funai enviou para o acampamento comida e cobertores.
Na semana passada, em encontro realizado em Campo Grande que reuniu pesquisadores e estudantes indígenas de vários estados, a situação dos índios em Iguatemi foi denunciada em manifesto assinado por 80 participantes do evento. A ação dos jagunços na noite de terça-feira foi relatado a várias lideranças. Alex Macuxi, da aldeia Raposa Serra do Sol (PA), afirma que as informações que recebeu de Tonico Guarani Kaoiwa, lhe cortou o coração. Segundo o relato do índio kaiowa, por volta das 19h30 de anteontem, lideranças do acampamento de Iguatemi ligaram dizendo que haviam sido atacados por pistoleiros armados.
Segundo Tonico, o indígena Dorival fez o seguinte relato pelo telefone: "estávamos rezando, de repente chegaram dois caminhões cheios de homens, chegaram atirando, ordenaram para queimar barracas e roupas e amarrar os índios". Mais adiante, Dorival disse que "ocorreu choro de crianças e mulheres e muitos tiros, saímos correndo em várias direções. Nós, sete pessoas, estamos aqui, a 300 metros do local, vendo as barracas queimando, muito choro ouvimos daqui".
Segundo Célio Gonçalves, filho de Lide Lopes, um dos líderes do acampamento indígena, há notícia de três índios feridos a tiros, mas nenhum foi levado para o hospital. A família de Lopes ficou na aldeia Sassoro, em Tacuru, enquanto Lide retornou ao acampamento e até a noite desta quarta-feira não havia dado notícia. Um delegado e três agentes da Polícia Federal foram ao local do confronto na quarta-feira à tarde, para iniciar as investigações do caso.
- Foi uma afronta. Destruíram todos os barracos dos índios mais uma vez e nada foi feito até agora - afirmou Egon Heck, coordenador estadual do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde, não foi encontrado para falar sobre o assunto. Familiares dele disseram que a fazenda Santa Rita é administrada por um parente do prefeito que mora no Paraná, mas eles negam que a propriedade tenha sido ocupada pelos índios e que tenham ligação com os acontecimentos recentes envolvendo os indígenas.
http://extra.globo.com/noticias/brasil/entidades-denunciam-ataque-de-pistoleiros-indios-acampados-em-iguatemi-ms-2521691.html
De acordo com informações do administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ponta Porã, Sílvio Raimundo da Silva, um antropólogo do Ministério Público Federal (MPF) que esteve no acampamento relatou que encontrou cartuchos de borracha, munição deflagrada e os barracos todos queimados. Os índios feridos estariam no acampamento, agora montado à margem do rio Iguatemi. O confronto foi na noite de terça-feira, segundo os indígenas. A Funai enviou para o acampamento comida e cobertores.
Na semana passada, em encontro realizado em Campo Grande que reuniu pesquisadores e estudantes indígenas de vários estados, a situação dos índios em Iguatemi foi denunciada em manifesto assinado por 80 participantes do evento. A ação dos jagunços na noite de terça-feira foi relatado a várias lideranças. Alex Macuxi, da aldeia Raposa Serra do Sol (PA), afirma que as informações que recebeu de Tonico Guarani Kaoiwa, lhe cortou o coração. Segundo o relato do índio kaiowa, por volta das 19h30 de anteontem, lideranças do acampamento de Iguatemi ligaram dizendo que haviam sido atacados por pistoleiros armados.
Segundo Tonico, o indígena Dorival fez o seguinte relato pelo telefone: "estávamos rezando, de repente chegaram dois caminhões cheios de homens, chegaram atirando, ordenaram para queimar barracas e roupas e amarrar os índios". Mais adiante, Dorival disse que "ocorreu choro de crianças e mulheres e muitos tiros, saímos correndo em várias direções. Nós, sete pessoas, estamos aqui, a 300 metros do local, vendo as barracas queimando, muito choro ouvimos daqui".
Segundo Célio Gonçalves, filho de Lide Lopes, um dos líderes do acampamento indígena, há notícia de três índios feridos a tiros, mas nenhum foi levado para o hospital. A família de Lopes ficou na aldeia Sassoro, em Tacuru, enquanto Lide retornou ao acampamento e até a noite desta quarta-feira não havia dado notícia. Um delegado e três agentes da Polícia Federal foram ao local do confronto na quarta-feira à tarde, para iniciar as investigações do caso.
- Foi uma afronta. Destruíram todos os barracos dos índios mais uma vez e nada foi feito até agora - afirmou Egon Heck, coordenador estadual do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde, não foi encontrado para falar sobre o assunto. Familiares dele disseram que a fazenda Santa Rita é administrada por um parente do prefeito que mora no Paraná, mas eles negam que a propriedade tenha sido ocupada pelos índios e que tenham ligação com os acontecimentos recentes envolvendo os indígenas.
http://extra.globo.com/noticias/brasil/entidades-denunciam-ataque-de-pistoleiros-indios-acampados-em-iguatemi-ms-2521691.html
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