De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Pimenta do Brasil
08/09/2011
Fonte: Santa Constancia
Pimenta do Brasil
Adoro spicy e, recentemente, participei de uma degustação de um projeto de pesquisa do Instituto Socioambiental, junto com a Organização Indígena da Bacia do Içana, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro e da Escola Indígena Baniwa. A degustação era da pimenta jiquitaia produzida pelos índios Baniwa e achei incrível o grau de picância. Comi 11 tipos e o nível variava bastante. Acho interessante pensar que as pimentas brasileiras foram parar na África e na Índia através da comercialização dos navegadores. E pimenta é negócio de mulher, normalmente são elas que plantam e colhem. Você tem um tipo de pimenta e 500 metros mais adiante, tem outro, 1 km depois, já é outra pimenta. Isso ocorre, pois o terreno, a incidência do sol e o chão são determinantes. Algumas mulheres deixam no sol, outras cozinham, secam e depois pilonam. A maneira que cada mulher faz a sua pimenta determina o produto final. As cores eram incríveis, uma tinha cor de pôr do sol, a outra era amarelinha, tímida e pálida.
Fiquei feliz só de pensar que valorizar a pimenta dessas mulheres é uma forma de garantir que a tribo sobreviva. Valorizar o produto local também mexe com a autoestima das pessoas envolvidas no processo. A pessoa pega a pimenta na mata (claro que algumas são plantadas, mas existem pimentas que nascem no mato) e esta relação de extrativismo, em que uma pessoa pega, a outra seleciona e vai para o sol, outra ajuda a pilonar, enfim, abrange muita gente. Normalmente tem uma família envolvida nisso, há muitas ramificações. Então, o produto extrativista do Brasil, como a castanha, o barú e tantos outros, garante a sobrevivência e a alegria de tantas famílias, além de ser totalmente ecológico, pois não tem remédio e nem agrotóxico. Isto deveria ser um lema.
Fico pensando que o extrativista acorda de manhã toma um cafezinho, come uma frutinha ou a farofinha com água, vai para o sol... e ele tem uma técnica, que desenvolveu ao longo dos anos, que passou de pai pra filho. Fiquei entusiasmada, é produto do Brasil.
Postado por: Neka Menna Barreto
Santa Constancia, 08/09/2011
http://www.santaconstancia.com.br/moda/pilulas/pimenta-do-brasil
Adoro spicy e, recentemente, participei de uma degustação de um projeto de pesquisa do Instituto Socioambiental, junto com a Organização Indígena da Bacia do Içana, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro e da Escola Indígena Baniwa. A degustação era da pimenta jiquitaia produzida pelos índios Baniwa e achei incrível o grau de picância. Comi 11 tipos e o nível variava bastante. Acho interessante pensar que as pimentas brasileiras foram parar na África e na Índia através da comercialização dos navegadores. E pimenta é negócio de mulher, normalmente são elas que plantam e colhem. Você tem um tipo de pimenta e 500 metros mais adiante, tem outro, 1 km depois, já é outra pimenta. Isso ocorre, pois o terreno, a incidência do sol e o chão são determinantes. Algumas mulheres deixam no sol, outras cozinham, secam e depois pilonam. A maneira que cada mulher faz a sua pimenta determina o produto final. As cores eram incríveis, uma tinha cor de pôr do sol, a outra era amarelinha, tímida e pálida.
Fiquei feliz só de pensar que valorizar a pimenta dessas mulheres é uma forma de garantir que a tribo sobreviva. Valorizar o produto local também mexe com a autoestima das pessoas envolvidas no processo. A pessoa pega a pimenta na mata (claro que algumas são plantadas, mas existem pimentas que nascem no mato) e esta relação de extrativismo, em que uma pessoa pega, a outra seleciona e vai para o sol, outra ajuda a pilonar, enfim, abrange muita gente. Normalmente tem uma família envolvida nisso, há muitas ramificações. Então, o produto extrativista do Brasil, como a castanha, o barú e tantos outros, garante a sobrevivência e a alegria de tantas famílias, além de ser totalmente ecológico, pois não tem remédio e nem agrotóxico. Isto deveria ser um lema.
Fico pensando que o extrativista acorda de manhã toma um cafezinho, come uma frutinha ou a farofinha com água, vai para o sol... e ele tem uma técnica, que desenvolveu ao longo dos anos, que passou de pai pra filho. Fiquei entusiasmada, é produto do Brasil.
Postado por: Neka Menna Barreto
Santa Constancia, 08/09/2011
http://www.santaconstancia.com.br/moda/pilulas/pimenta-do-brasil
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