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Justiça Federal decide hoje à tarde destino dos índios Xavantes
29/01/2004
Fonte: 24 Horas News-Cuiabá-MT
A Justiça Federal realiza hoje à tarde, em Cuiabá, audiência com as lideranças indígenas Xavante e os posseiros que estão na antiga fazenda Suiá-Missú, município de Água Boa, a 715 quilômetros da capital mato-grossense, e deverá definir de uma vez por todas se os índios poderão voltar para a área chamada por eles de Maráiwatsedé. Se a decisão for favorável, a Funai deverá fazer a remoção dos cerca de 700 índios Xavante que já foram cadastrados para ocupar o território, já demarcado e considerado legalmente como área indígena pelo Governo Federal.
Segundo o gerente regional da Funai, Ariovaldo dos Santos, já existem recursos alocados para fazer a mudança do povo. "Certamente será preciso de proteção policial porque o conflito é muito grave na área", disse. Ariovaldo, que esteve ontem participando do Seminário "Terras Indígenas em Mato Grosso", promovido pelo Museu Rondon, da UFMT, disse ainda que o Incra terá que resolver o problema dos 600 posseiros que estão na área e que impedem os Xavantes de retornarem para o território de origem.
"Já foram feitas várias propostas para que sejam assentados em outras áreas, mas o problema é que eles estão lá a mando de grandes fazendeiros que não querem sair da área. Tem gente criando mais de mil cabeças de gado dentro da terra", denuncia. O gerente também comenta as posições do governo do estado quanto às áreas indígenas. "Ao mesmo tempo em que o governo do estado manda carta ao ministro da Justiça pedindo para não fazer revisões de áreas indígenas, incita a ocupação de áreas já demarcadas", diz.
No seminário do Museu Rondon, que teve a presença de estudiosos, do reitor da UFMT, Paulo Speller, políticos, o procurador da República, Pedro Taques e seus colegas, as discussões iniciaram com o depoimento do Cacique Damião, que mostrou marcas de várias facadas que foram desferidas contra ele em conflito com os posseiros. "Estou vivo, mas até agora sinto a dor que tive naquele dia. Mostro meus ferimentos e digo. Nós não queremos mais enrolação, queremos voltar para nossa terra", afirmou.
Com Damião estavam mais dez lideranças Xavantes no seminário que também estarão participando hoje à tarde da audiência na Justiça Federal. Se a decisão do juiz federal da 5º Vara não for definitiva, as lideranças deverão voltar para o acampamentos nas margens da estrada, em Água Boa e decidir o que fazer.
Segundo o gerente regional da Funai, Ariovaldo dos Santos, já existem recursos alocados para fazer a mudança do povo. "Certamente será preciso de proteção policial porque o conflito é muito grave na área", disse. Ariovaldo, que esteve ontem participando do Seminário "Terras Indígenas em Mato Grosso", promovido pelo Museu Rondon, da UFMT, disse ainda que o Incra terá que resolver o problema dos 600 posseiros que estão na área e que impedem os Xavantes de retornarem para o território de origem.
"Já foram feitas várias propostas para que sejam assentados em outras áreas, mas o problema é que eles estão lá a mando de grandes fazendeiros que não querem sair da área. Tem gente criando mais de mil cabeças de gado dentro da terra", denuncia. O gerente também comenta as posições do governo do estado quanto às áreas indígenas. "Ao mesmo tempo em que o governo do estado manda carta ao ministro da Justiça pedindo para não fazer revisões de áreas indígenas, incita a ocupação de áreas já demarcadas", diz.
No seminário do Museu Rondon, que teve a presença de estudiosos, do reitor da UFMT, Paulo Speller, políticos, o procurador da República, Pedro Taques e seus colegas, as discussões iniciaram com o depoimento do Cacique Damião, que mostrou marcas de várias facadas que foram desferidas contra ele em conflito com os posseiros. "Estou vivo, mas até agora sinto a dor que tive naquele dia. Mostro meus ferimentos e digo. Nós não queremos mais enrolação, queremos voltar para nossa terra", afirmou.
Com Damião estavam mais dez lideranças Xavantes no seminário que também estarão participando hoje à tarde da audiência na Justiça Federal. Se a decisão do juiz federal da 5º Vara não for definitiva, as lideranças deverão voltar para o acampamentos nas margens da estrada, em Água Boa e decidir o que fazer.
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