De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias

PF e Ibama investigam extração ilegal de mogno em terra indígena

02/02/2004

Autor: Amarildo Rodrigues

Fonte: Gazeta do Acre-Rio Brsnco-AC



Uma comissão formada por integrantes da Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio - Funai, Instituto do Meio Ambiente do Acre - IMAC e Ibama chegou na sexta-feira, dia 29, ao Vale do Juruá, para vistoriar a extração ilegal de madeira por peruanos, na reserva indígena Kampa do Rio Amônia, que fica a 9 horas de barco do município de Marechal Thaumaturgo.

Há muito tempo os órgãos vêm recebendo denúncia de exploração de mogno e cerejeira por madeireiros peruanos em decorrência da falta de demarcação da fronteira entre os dois países. As informações foram repassadas pelo administrador da Funai, Manoel Kaxinawá.

"As denúncias vêm sendo feitas há muito tempo, mesmo antes da demarcação das terras indígenas. Nós, do Brasil, já estamos tendo consciência da necessidade de não destruir a floresta, de preservar as matas, mas os nossos vizinhos ainda não têm", comentou Kaxinawá.

Um encontro entre Brasil e Peru está sendo programado para acontecer no primeiro semestre deste ano. No evento serão discutidas as questões da sustentabilidade da floresta e a importância de mantê-la em pé.

Além do desmatamento, a Polícia Federal recebeu um relatório dando conta que na reserva estaria sendo plantado folha de coca e a existência de uma pista de pouso clandestina que estaria sendo usada por traficantes. Uma equipe da PF já esteve sobrevoando a área e comprovou, através de fotos, a existência de pista da pista clandestina.

A pista ainda não pode ser destruída pela polícia brasileira porque continua a discussão sobre a demarcação das terras. Através de uma linha imaginária, 30% da pista estaria nas terras do Ashaninkas. Por conta da invasão vários conflitos já foram registrados entre índios e madeireiros pe-ruanos. O marco que define a fronteira entre Brasil e Peru foram fincados em 1924 e a polícia acredita que foram tirados por peruanos.

A comissão deve permanecer no local por pelo menos cinco dias, onde irão fazer levantamentos precisos na área indígena, o prejuízo deixado pelos madeireiros e evitar novos conflitos. A PF vai investigar a denúncia sobre o tráfico de droga, inclusive, que os próprios índios estariam cultivando a folha da coca.
 

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