De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Relatório da Funai reconhece como indígena área de 12 mil ha em MS

12/11/2011

Autor: Marta Ferreira

Fonte: Campo Grande News - http://www.campograndenews.com.br/



Terra guarani-kaiowá Panambi-Lagoa Rica fica entre Douradina e Itaporã, no Sul do Estado, regiao que concentra conflitos por terras


Foi publicado hoje pela Funai (Fundação Nacional do Índio) o relatório antropológico identificando como terra indígena guarani-kaiowá uma área de 12, 1 mil hectares em Douradina e Itaporã, no Sul do Estado. A terra Indígena Panambi-Lagoa Rica tem perímetro de 63km e, conforme o relatório, passa por mais de cem propriedades.

O relatório de identificação, iniciado em 2008, é um dos passos importantes para a homologação definitiva da terra como indígena. Mas o processo de retomada da área pelos índios é antigo e intensificou-se em 2005, quando eles ocuparam a área, depois saíram, após um acordo com os donos das propriedades. Em maio deste ano, os guarani-kaiowá voltaram a ocupar parte das terras.

De acordo com o relatório feito pelo grupo coordenado pela antropóloga Katya Vietta, houve dificuldades para contatar os atuais titulares das terras, pois eles não receberam a equipe responsável pelo estudo antropológico.


História-O documento informa que a aldeia Panambi-Lagoa Rica se constituiu na passagem da década de 1940-50, "em meio ao esbulho renitente concluído através da CAND (Colônia Agrícola Nacional de Dourados), instalada no Governo Getúlio Vargas, quando se instalaram às margens de lagoas e nascentes próximas ao córrego Panambi, ao noroeste da foz do Itaquiri."

Ao longo do texto, é feito o traçado histórico da ocupação da região, incluindo o uso terras pela Companhia Matte Larangeira, como se fossem devolutas, e de índios como mão de obra, registrados como se fossem paraguaios.

O relatório lembra que a população de guarani-kaiowá de Mato Grosso do Sul, hoje em 46 mil habitantes, ocupava toda a faixa de fronteira com o Paraguai quando do início da colonização da região, e foi sendo empurrada para áreas exíguas, perdendo território principalmente para a expansao agrícola.

Hoje a região é tida como o pólo mais nervoso do conflito por terras reivindicadas como indígenas no País, com um histórico de pobreza, abuso de álcool, alta mortalidade infantil, tráfico e consumo de drogas entre os indígenas, tudo isso em meio a ocorrências frequentes de casos de violência. O episódio mais recente, que chamou a atenção de organismos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos, foi o ataque ao acampamento Guaiviry, em Aral Moreira, no dia 18 de novembro. Desde então, o líder Nísio Gomes, 59 anos, está desaparecido.

A comunidade afirma que ele foi executado e o corpo levado pelos pistoleiros. A Polícia Federal investiga o caso e já chegou a prender três suspeitos,que foram liberados. Não são fornecidos detalhes da investigação.



http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/relatorio-da-funai-reconhece-como-indigena-area-de-12-mil-ha-em-ms
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.