De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Dança indígena para festejar posse de reserva
04/05/2012
Fonte: O Globo, O País, p. 13
Dança indígena para festejar posse de reserva
Índios comemoram decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou títulos de propriedade de terras
BRASÍLIA E PAU BRASIL (BA). Ontem foi dia de comemoração entre os índios pataxós Hã-Hã-Hãe, um dia depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou os títulos de propriedade de terras inseridas na reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia. Com a decisão do STF, por sete votos a um, apenas os índios pataxós ficam autorizados a habitar o local. A reserva, de 54 mil hectares, tem sido palco de conflitos desde o início dos anos 80.
Adultos e crianças dançaram ontem o "toré" (ritual) da vitória, com cânticos que agradeciam e exaltavam a luta do povo Hã-Hã-Hãe.
- Hoje nosso coração machucado chora de felicidade e eu choro meu irmão Galdino, que foi queimado em Brasília e está vingado - disse a ex-cacique Marilene Rodrigues dos Santos. Choveu durante a comemoração e a cacique Ilsa Rodrigues destacou que, após 5 meses, a chuva retornou ontem como "prenúncio de felicidade".
- A chuva lava a alma ferida, leva as dores e nos fortalece.
A cacique disse ainda que a nova luta da comunidade é fazer a terra produzir, e destacou que na região do Mundo Novo já existe um projeto de ovinocultura. Nas demais áreas da reserva se desenvolve projeto para criação de gado leiteiro, com recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, comemorou também a decisão do STF e disse que o próximo passo é transferir os fazendeiros para outras áreas, mas isso ficará a cargo do governo da Bahia, do Ministério da Justiça ,e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
- Todo esforço tem que ser feito para fazer tudo de forma pacífica para aqueles que ocupam as terras de boa-fé e tiveram seus títulos declarados nulos - disse Adams à Agência Brasil.
O efetivo policial deslocado para as áreas de conflito em Pau Brasil e Itaju do Colônia vai permanecer no local por tempo indeterminado.
- Nós ficaremos para a manutenção da ordem - afirmou ontem a chefe da Delegacia da Polícia Federal em Ilhéus, Denise Dias, após reunião integrantes da força-tarefa presente na região.
Entre os fazendeiros, não houve manifestações sobre a derrota no Supremo.
- Já que os cartórios não existem e não temos mais títulos de propriedade, nada temos a falar - disse uma das filhas de Durval Santana, líder dos fazendeiros na luta contra os pataxós.
Os comerciantes de Pau Brasil também comemoram a decisão.
- Nossa esperança é que agora tudo retome à normalidade, porque o clima de confronto e tensão afastou a clientela - afirmou a proprietária de um restaurante que preferiu não se identificar.
O Globo, 04/05/2012, O País, p. 13
Índios comemoram decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou títulos de propriedade de terras
BRASÍLIA E PAU BRASIL (BA). Ontem foi dia de comemoração entre os índios pataxós Hã-Hã-Hãe, um dia depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou os títulos de propriedade de terras inseridas na reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia. Com a decisão do STF, por sete votos a um, apenas os índios pataxós ficam autorizados a habitar o local. A reserva, de 54 mil hectares, tem sido palco de conflitos desde o início dos anos 80.
Adultos e crianças dançaram ontem o "toré" (ritual) da vitória, com cânticos que agradeciam e exaltavam a luta do povo Hã-Hã-Hãe.
- Hoje nosso coração machucado chora de felicidade e eu choro meu irmão Galdino, que foi queimado em Brasília e está vingado - disse a ex-cacique Marilene Rodrigues dos Santos. Choveu durante a comemoração e a cacique Ilsa Rodrigues destacou que, após 5 meses, a chuva retornou ontem como "prenúncio de felicidade".
- A chuva lava a alma ferida, leva as dores e nos fortalece.
A cacique disse ainda que a nova luta da comunidade é fazer a terra produzir, e destacou que na região do Mundo Novo já existe um projeto de ovinocultura. Nas demais áreas da reserva se desenvolve projeto para criação de gado leiteiro, com recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, comemorou também a decisão do STF e disse que o próximo passo é transferir os fazendeiros para outras áreas, mas isso ficará a cargo do governo da Bahia, do Ministério da Justiça ,e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
- Todo esforço tem que ser feito para fazer tudo de forma pacífica para aqueles que ocupam as terras de boa-fé e tiveram seus títulos declarados nulos - disse Adams à Agência Brasil.
O efetivo policial deslocado para as áreas de conflito em Pau Brasil e Itaju do Colônia vai permanecer no local por tempo indeterminado.
- Nós ficaremos para a manutenção da ordem - afirmou ontem a chefe da Delegacia da Polícia Federal em Ilhéus, Denise Dias, após reunião integrantes da força-tarefa presente na região.
Entre os fazendeiros, não houve manifestações sobre a derrota no Supremo.
- Já que os cartórios não existem e não temos mais títulos de propriedade, nada temos a falar - disse uma das filhas de Durval Santana, líder dos fazendeiros na luta contra os pataxós.
Os comerciantes de Pau Brasil também comemoram a decisão.
- Nossa esperança é que agora tudo retome à normalidade, porque o clima de confronto e tensão afastou a clientela - afirmou a proprietária de um restaurante que preferiu não se identificar.
O Globo, 04/05/2012, O País, p. 13
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