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Tuxaua impede crianças de estudar
17/03/2004
Autor: VANEZA TARGINO
Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
Uma família moradora da região do município do Amajari denunciou que seus quatro filhos estão proibidos de assistirem aula na Escola Estadual João Custódio Peres. A mãe das crianças explicou que o tuxaua Cícero, da maloca do Anaro, não permite que as crianças não-índias estudem na escola que fica na maloca.
Segundo Elizete de Oliveira, a proibição começou em agosto do ano passado, quando as crianças receberam um recado do professor Carlos, através de um bilhete que dizia: "Dona Elizete, não traga mais as crianças para a escola, pois o tuxaua não permite".
A mãe das crianças ficou surpresa com a atitude, apesar de morar vizinha à maloca. "Moro na fazenda Solidade há mais de 11 anos e nunca imaginei passar por isso. Primeiro ele proibiu que o transporte pagasse meus filhos para levar até a comunidade de Três Corações. Agora nem estudar na escola que fica dentro da maloca", desabafou.
Para Elizete, a solução seria que a Secretaria de Educação acatasse o seu pedido de providenciar um professor para as crianças não índias. Ela acredita que os seus filhos estejam passando por preconceito.
"Os meus filhos estão na fase escolar na faixa etária entre 8 a 13 anos e ainda não estudaram nenhum dia esse ano. Tenho medo que eles percam o ano letivo. Já procurei a Secretaria de Educação e nunca resolveram nada", disse.
EDUCAÇÃO - A coordenadora indígena da Secretaria de Educação, Natalina Messias, disse que já tinha recebido a denúncia há um mês da mãe das crianças e que a solução será enviar um professor exclusivo para atender as quatro crianças.
"Tentamos negociar o impasse entre a família das crianças e o tuxaua da comunidade. Mas o tuxaua é intransigente e, por uma decisão política dele, não permite que as crianças estudem nessa escola. Não sabemos as queixas dele e quais os motivos. Garantimos que antes do final do mês as quatro crianças estarão estudando", afirmou.
CONFLITO - A maloca Anaro está em processo de demarcação e um conflito iniciou desde que uma antropóloga, contratada pela Funai para fazer o laudo antropológico, foi expulsa da comunidade pelos fazendeiros.
Outro fato que ocorreu foi a ameaça feita por um grupo de fazendeiros que ameaçou as freiras que se dirigiam à maloca Anaro. O veículo das religiosas foi jogado de cima da ponte e elas foram obrigadas a caminhar quilômetros em busca de ajuda.
Segundo Elizete de Oliveira, a proibição começou em agosto do ano passado, quando as crianças receberam um recado do professor Carlos, através de um bilhete que dizia: "Dona Elizete, não traga mais as crianças para a escola, pois o tuxaua não permite".
A mãe das crianças ficou surpresa com a atitude, apesar de morar vizinha à maloca. "Moro na fazenda Solidade há mais de 11 anos e nunca imaginei passar por isso. Primeiro ele proibiu que o transporte pagasse meus filhos para levar até a comunidade de Três Corações. Agora nem estudar na escola que fica dentro da maloca", desabafou.
Para Elizete, a solução seria que a Secretaria de Educação acatasse o seu pedido de providenciar um professor para as crianças não índias. Ela acredita que os seus filhos estejam passando por preconceito.
"Os meus filhos estão na fase escolar na faixa etária entre 8 a 13 anos e ainda não estudaram nenhum dia esse ano. Tenho medo que eles percam o ano letivo. Já procurei a Secretaria de Educação e nunca resolveram nada", disse.
EDUCAÇÃO - A coordenadora indígena da Secretaria de Educação, Natalina Messias, disse que já tinha recebido a denúncia há um mês da mãe das crianças e que a solução será enviar um professor exclusivo para atender as quatro crianças.
"Tentamos negociar o impasse entre a família das crianças e o tuxaua da comunidade. Mas o tuxaua é intransigente e, por uma decisão política dele, não permite que as crianças estudem nessa escola. Não sabemos as queixas dele e quais os motivos. Garantimos que antes do final do mês as quatro crianças estarão estudando", afirmou.
CONFLITO - A maloca Anaro está em processo de demarcação e um conflito iniciou desde que uma antropóloga, contratada pela Funai para fazer o laudo antropológico, foi expulsa da comunidade pelos fazendeiros.
Outro fato que ocorreu foi a ameaça feita por um grupo de fazendeiros que ameaçou as freiras que se dirigiam à maloca Anaro. O veículo das religiosas foi jogado de cima da ponte e elas foram obrigadas a caminhar quilômetros em busca de ajuda.
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