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PF já interrogou 70 garimpeiros e agora quer ouvir os índios envolvidos nos massacres

26/04/2004

Autor: Juliana Cézar Nunes

Fonte: Radiobras-Brasília-DF



Nos últimos dez dias, cerca de 70 garimpeiros prestaram depoimento para agentes da Polícia Federal em Rondônia. A maior parte deles mora em cidades como Espigão D´Oeste, Pimenta Bueno e Cacoal, municípios próximos à reserva indígena Roosevelt.

Durante a semana santa, um confronto entre índios da etnia Cinta-Larga e garimpeiros deixou 29 mortos na área. Treze deles foram reconhecidos como garimpeiros e outros 15 tiveram de ser sepultados, sem identificação, hoje pela manhã.

De acordo com o representante da PF no estado, Marco Aurélio Moura, os depoimentos dos 70 garimpeiros serão úteis na investigação dos assassinatos e das atividades ilegais praticadas na região. "Vamos interrogar os índios também. Mas ainda não há uma data definida para isso acontecer. Estamos planejando onde e como será esse interrogatório", afirma Moura.

Coordenador da Força-Tarefa enviada pelo governo federal para Rondônia, o delegado Mauro Spósito conta que o Sindicato dos Garimpeiros entregou no final de semana uma lista com nomes dos 12 índios que teriam liderado os assassinatos. "Estamos com essa lista, mas nossa investigação não se restringe a ela. A lista, inclusive, tem vários nomes repetidos", revela Spósito.

Segundo o delegado, a PF e o Exército continuam na mata em busca de possíveis novos corpos. Oito barreiras foram montadas ao redor da reserva. Cerca de 280 agentes de 23 órgãos federais diferentes atuam na área neste momento.
 

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