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Índios de Charrua elegem cacique em meio a tensão
09/06/2004
Autor: CLEBER BERTONCELLO
Fonte: Zero Hora-Porto Alegre-RS
Magaoperação com 400 homens procurou e não encontrou armas ontem na reserva do Ligeiro
Depois de três semanas de tensão e conflitos, indígenas da reserva do Ligeiro, em Charrua, norte gaúcho, elegem hoje um novo cacique. O atual líder, Danilo Braga, 29 anos, é candidato à reeleição. O grupo que se opõe a ele tem até as 8h para indicar seu representante. A eleição tem início previsto para as 9h.
Ontem, uma megaoperação entre Brigada Militar, Polícia Federal, bombeiros e Ministério Público Federal, envolvendo cerca de 400 homens, dezenas de veículos, um helicóptero e o avião Ximango, da BM, entrou na reserva para desarmar os indígenas, mas nenhuma arma foi encontrada.
Aproximadamente 250 policiais permaneceriam na área à noite para garantir a segurança no pleito de hoje. A decisão de realizar a eleição foi tomada ontem pelos índios, por meio de um improvisado plebiscito.
O procurador da República Juarez Mercante organizou a votação com grãos de feijão em um pavilhão da aldeia. Duas caixas de sapato fizeram as vezes de urnas, uma para quem era a favor da eleição e outra para os contrário ao pleito. Após quase quatro horas, Mercante anunciou o resultado: por uma diferença de quatro votos, foi confirmada a eleição, a partir das 9h.
A intervenção das autoridades brancas na reserva do Ligeiro atende a pedido do grupo que, no sábado, protestou em frente à Fundação Nacional do Índio (Funai), em Passo Fundo, e acampou na associação de funcionários da entidade. Eles solicitaram o desarmamento na aldeia e uma nova eleição, alegando estar sendo ameaçados pela liderança do cacique Braga, que rechaça as acusações.
Ontem, o grupo de aproximadamente cem índios retornou à reserva e ficou frente a frente com os moradores da aldeia que apóiam a atual administração. Um cordão de policiais militares separou e evitou o confronto dos dois grupos, que trocavam acusações.
Os conflitos na área começaram no último dia 23, quando a casa do vereador indígena Ireni Franco, antigo homem de confiança do cacique Braga, foi alvejada por tiros disparados por um grupo ligado ao líder da aldeia. Franco foi expulso da reserva há mais de um ano e estaria liderando os indígenas que pedem a saída do cacique Braga. Na última quinta-feira, uma emboscada deixou um índio ligado à atual administração ferido
Depois de três semanas de tensão e conflitos, indígenas da reserva do Ligeiro, em Charrua, norte gaúcho, elegem hoje um novo cacique. O atual líder, Danilo Braga, 29 anos, é candidato à reeleição. O grupo que se opõe a ele tem até as 8h para indicar seu representante. A eleição tem início previsto para as 9h.
Ontem, uma megaoperação entre Brigada Militar, Polícia Federal, bombeiros e Ministério Público Federal, envolvendo cerca de 400 homens, dezenas de veículos, um helicóptero e o avião Ximango, da BM, entrou na reserva para desarmar os indígenas, mas nenhuma arma foi encontrada.
Aproximadamente 250 policiais permaneceriam na área à noite para garantir a segurança no pleito de hoje. A decisão de realizar a eleição foi tomada ontem pelos índios, por meio de um improvisado plebiscito.
O procurador da República Juarez Mercante organizou a votação com grãos de feijão em um pavilhão da aldeia. Duas caixas de sapato fizeram as vezes de urnas, uma para quem era a favor da eleição e outra para os contrário ao pleito. Após quase quatro horas, Mercante anunciou o resultado: por uma diferença de quatro votos, foi confirmada a eleição, a partir das 9h.
A intervenção das autoridades brancas na reserva do Ligeiro atende a pedido do grupo que, no sábado, protestou em frente à Fundação Nacional do Índio (Funai), em Passo Fundo, e acampou na associação de funcionários da entidade. Eles solicitaram o desarmamento na aldeia e uma nova eleição, alegando estar sendo ameaçados pela liderança do cacique Braga, que rechaça as acusações.
Ontem, o grupo de aproximadamente cem índios retornou à reserva e ficou frente a frente com os moradores da aldeia que apóiam a atual administração. Um cordão de policiais militares separou e evitou o confronto dos dois grupos, que trocavam acusações.
Os conflitos na área começaram no último dia 23, quando a casa do vereador indígena Ireni Franco, antigo homem de confiança do cacique Braga, foi alvejada por tiros disparados por um grupo ligado ao líder da aldeia. Franco foi expulso da reserva há mais de um ano e estaria liderando os indígenas que pedem a saída do cacique Braga. Na última quinta-feira, uma emboscada deixou um índio ligado à atual administração ferido
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