De Pueblos Indígenas en Brasil
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Notícias
Animais invadem aldeia e preocupam índios
13/05/2013
Fonte: Diário de São Paulo - http://www.diariosp.com.br/
Moradores reclamam dos problemas causados por mais de 400 cães e gatos abandonados por seus donos
A aldeia de índios Jaraguá, na Zona Norte da capital, existe há mais de 40 anos e desde 2000 vem sofrendo com o aumento da população de cães e gatos. Os bichos são abandonados nas redondezas e, quando sobrevivem aos carros, acabam "adotados" pela aldeia. O problema é o aumento dessa população. Atualmente, segundo representantes dos índios, são mais de 400 bichos vivendo na comunidade em condições precárias de sobrevivência e alimentação. Há ainda o temor constante sobre doenças que os animais podem transmitir.
Segundo um dos líderes da aldeia, Natalício Karaí, moram na comunidade cerca de 670 pessoas. Desse total, quase 400 são crianças. "Elas podem pegar doenças por andar com os pés descalços, característica que faz parte da nossa cultura", afirma. Os principais problemas são diarreia e gripe.
O veterinário e chefe da Casa de Agricultura, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo que atende a aldeia, Moisés Magalhães Junior, diz ser possível que as fezes e urina dos animais provoquem diarreia nas crianças. Maíra Bueno, que trabalha na Funai (Fundação Nacional do Índio), conta que os cachorros e gatos funcionam como "moeda de troca" para os indígenas. "As pessoas fazem doações de roupas, por exemplo, e deixam seu animal também."
O Centro de Controle de Zoonoses afirmou que visita a aldeia regularmente para vacinar e castrar os animais, mas, para os índios, tais ações não são suficientes. "A aldeia gosta dos bichos, mas esse problema já saiu do controle", reclama Karaí. Para ele, os animais precisam de um abrigo adequado.
Sem renda
Além dos problemas com os animais, os índios também reclamam da falta de alimentos e do saneamento básico precário. "Tem dias em que não tem água na aldeia", disse Natalício. A comunidade não tem fonte de renda fixa. Segundo Moisés Magalhães, o governo estadual realiza, em conjunto com a Funai, o programa Microbacias 2, cujo objetivo é ampliar as oportunidades de emprego e renda dos indígenas, promover a inclusão social e o bem-estar da comunidade, além de preservar os recursos naturais.
CCZ lembra que capacidade dos abrigos é limitada
Em nota, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) informou que faz castração, vacinação, vermifugação, atendimento veterinário e microchipagem nos animais da aldeia, além de disponibilizá-los para doações. Mas esclarece que não cabe ao órgão remover ou abrigar os animais. Além disso, a capacidade dos canis e gatis da cidade é limitada.
http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/50258/Animais+invadem+aldeia+e+preocupam+indios
A aldeia de índios Jaraguá, na Zona Norte da capital, existe há mais de 40 anos e desde 2000 vem sofrendo com o aumento da população de cães e gatos. Os bichos são abandonados nas redondezas e, quando sobrevivem aos carros, acabam "adotados" pela aldeia. O problema é o aumento dessa população. Atualmente, segundo representantes dos índios, são mais de 400 bichos vivendo na comunidade em condições precárias de sobrevivência e alimentação. Há ainda o temor constante sobre doenças que os animais podem transmitir.
Segundo um dos líderes da aldeia, Natalício Karaí, moram na comunidade cerca de 670 pessoas. Desse total, quase 400 são crianças. "Elas podem pegar doenças por andar com os pés descalços, característica que faz parte da nossa cultura", afirma. Os principais problemas são diarreia e gripe.
O veterinário e chefe da Casa de Agricultura, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo que atende a aldeia, Moisés Magalhães Junior, diz ser possível que as fezes e urina dos animais provoquem diarreia nas crianças. Maíra Bueno, que trabalha na Funai (Fundação Nacional do Índio), conta que os cachorros e gatos funcionam como "moeda de troca" para os indígenas. "As pessoas fazem doações de roupas, por exemplo, e deixam seu animal também."
O Centro de Controle de Zoonoses afirmou que visita a aldeia regularmente para vacinar e castrar os animais, mas, para os índios, tais ações não são suficientes. "A aldeia gosta dos bichos, mas esse problema já saiu do controle", reclama Karaí. Para ele, os animais precisam de um abrigo adequado.
Sem renda
Além dos problemas com os animais, os índios também reclamam da falta de alimentos e do saneamento básico precário. "Tem dias em que não tem água na aldeia", disse Natalício. A comunidade não tem fonte de renda fixa. Segundo Moisés Magalhães, o governo estadual realiza, em conjunto com a Funai, o programa Microbacias 2, cujo objetivo é ampliar as oportunidades de emprego e renda dos indígenas, promover a inclusão social e o bem-estar da comunidade, além de preservar os recursos naturais.
CCZ lembra que capacidade dos abrigos é limitada
Em nota, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) informou que faz castração, vacinação, vermifugação, atendimento veterinário e microchipagem nos animais da aldeia, além de disponibilizá-los para doações. Mas esclarece que não cabe ao órgão remover ou abrigar os animais. Além disso, a capacidade dos canis e gatis da cidade é limitada.
http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/50258/Animais+invadem+aldeia+e+preocupam+indios
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