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Justiça concede liberdade aos 7 índios indiciados pela morte de PM

08/07/2013

Autor: Viviane Oliveira

Fonte: Campo Grande News - http://www.campograndenews.com.br/



Por unanimidade, os desembargadores do Tribunal Justiça concederam nesta tarde (8) liberdade provisória aos sete índios, cinco homens e duas mulheres, que estão presos acusados de matar o produtor rural e policial militar aposentado, Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos. O crime ocorreu no dia 11 de abril deste ano em Lagoa Rica, distrito de Douradina.

De acordo com relator do processo, o desembargador Manoel Mendes Carli, neste caso está claro a omissão do Estado, pois os índios e o produtor rural tinham um histórico de brigas por causa da propriedade. "Existe vários boletins de ocorrência, tanto da vítima, quanto dos índios. O caso já era uma tragédia anunciada", diz o relator.

O advogado dos índios, Luiz Elóy, disse que o próximo passo será pedir o deslocamento do processo para a Justiça Federal, pois a defesa entende que esse homicídio foi diretamente ligado a disputa territorial e não uma simples briga de vizinho.

O resultado favorável foi aplaudido por dezenas de índios guarani-kaiowá da comunidade, em Lagoa Rica, que acompanharam a sessão, em Campo Grande. "Eu acredito que até amanhã eles estarão soltos", comemora Luiz Elóy.

O produtor era dono de um sítio que faz divisa com a comunidade indígena Itaí e, conforme a Polícia Civil, os indígenas cortavam com frequência as cercas elétricas da propriedade e em consequência disso o gado fugia.

Porém o local era caminho das crianças indígenas irem para a escola, por conta disso algumas até tomavam choque ao tentar passar pelo local. No dia da confusão, a vítima foi na comunidade tirar satisfação com os indígenas, onde resultou na morte do aposentado.

Após o crime, o indígena João da Silva, de 51 anos, também ferido no confronto, foi preso em flagrante. Outros seis indígenas, Samuel Gonçalves, João Isnarde, Ifiginha Hirto, Sérgio da Silva, Elaine Hilto e Vanilton Gonçalves foram presos depois.

Segundo laudos de exames necroscópicos, Arnaldo foi agredido até a morte com golpes de facão e flecha. O advogado dos indígenas alegou legítima defesa, pois no dia da confusão, a vítima invadiu a comunidade e, armado com um revólver teria atirado nos índios.



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