De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Disputa por terras acirra conflito
19/08/2004
Autor: Liliani Bento
Fonte: A Notícia-Florianópolis-SC
Índios lutam contra colonos e exigem ampliação da reserva Duque de
Caxias
A suspensão da ampliação da reserva Duque de Caxias
está provocando conflitos entre os índios xoclengues da aldeia Bugio
e os colonos, em Doutor Pedrinho. Os índios estão bloqueando com
troncos de árvores, desde terça-feira, a rodovia SC-477, que liga o
município a Itaiópolis. Um dos representantes da comissão
organizadora do bloqueio, Edu Priprá, diz que a estrada só será
liberada quando um representante do governo federal estiver no local
para conversar e resolver o assunto da demarcação. "Por enquanto,
ninguém passa aqui, nem de a pé, de carro ou de ônibus", afirma.
Revoltados com a falta de interesse do governo federal em resolver a
questão, os índios tentaram fazer o promotor do ministério público,
Alexandre Serratine, de refém na noite de segunda-feira. "Ele
conseguiu fugir, arriscando a própria vida, mas ele ia ficar aqui",
diz uma índia indignada com a situação. Priprá diz que os índios são
pacíficos e não têm nada contra a Polícia Militar ou o promotor, mas
a detenção de Serratine poderia servir para levar alguém do governo
federal ao local do conflito. "Desde sexta-feira estamos com
problemas e até agora ninguém do governo ou da Polícia Federal esteve
aqui para conversar", lamenta. Priprá diz que desde 1996 os índios
vêm lutando pela ampliação da área demarcada, sem sucesso. Porém, com
a suspensão da ampliação, a situação ficou pior porque nem a área de
14 mil hectares, que já estava consolidada como sendo dos índios,
existe no papel. "Queremos garantia de que essa terra é nossa. A
demarcação foi suspensa porque há uma área de reserva ambiental, mas
estamos comprometidos e iríamos preservar este pedaço", declara. Caso
a ampliação seja assinada, a área indígena passará para 37 mil
hectares.
Acusações
Mas a questão é muito mais complexa. Os índios e os colonos quase
entraram em confronto na última segunda-feira. Em alguns pontos da
mata foi ateado fogo. Os indígenas dizem que foram os colonos que
fizeram isso para prejudicá-los, enquanto que os colonos afirmam o
contrário. Além disso, foi necessário a intervenção da PM para que
não ocorresse um confronto na localidade de Forcação.
As acusações partem dos dois lados. Os índios alegam que um carro
escolar levou os colonos armados até as proximidades da reserva,
enquanto que a parte adversária acusa os índios de estarem armados
com facas e foices para atacá-los. Ontem, o motorista do ônibus
Reunidas, que faz a linha Timbó Itaiópolis, Ezio krul, teve que
voltar quando chegou na reserva. "Os índios foram bastante pacíficos,
mas me disseram que não poderia passar", afirma.
Caxias
A suspensão da ampliação da reserva Duque de Caxias
está provocando conflitos entre os índios xoclengues da aldeia Bugio
e os colonos, em Doutor Pedrinho. Os índios estão bloqueando com
troncos de árvores, desde terça-feira, a rodovia SC-477, que liga o
município a Itaiópolis. Um dos representantes da comissão
organizadora do bloqueio, Edu Priprá, diz que a estrada só será
liberada quando um representante do governo federal estiver no local
para conversar e resolver o assunto da demarcação. "Por enquanto,
ninguém passa aqui, nem de a pé, de carro ou de ônibus", afirma.
Revoltados com a falta de interesse do governo federal em resolver a
questão, os índios tentaram fazer o promotor do ministério público,
Alexandre Serratine, de refém na noite de segunda-feira. "Ele
conseguiu fugir, arriscando a própria vida, mas ele ia ficar aqui",
diz uma índia indignada com a situação. Priprá diz que os índios são
pacíficos e não têm nada contra a Polícia Militar ou o promotor, mas
a detenção de Serratine poderia servir para levar alguém do governo
federal ao local do conflito. "Desde sexta-feira estamos com
problemas e até agora ninguém do governo ou da Polícia Federal esteve
aqui para conversar", lamenta. Priprá diz que desde 1996 os índios
vêm lutando pela ampliação da área demarcada, sem sucesso. Porém, com
a suspensão da ampliação, a situação ficou pior porque nem a área de
14 mil hectares, que já estava consolidada como sendo dos índios,
existe no papel. "Queremos garantia de que essa terra é nossa. A
demarcação foi suspensa porque há uma área de reserva ambiental, mas
estamos comprometidos e iríamos preservar este pedaço", declara. Caso
a ampliação seja assinada, a área indígena passará para 37 mil
hectares.
Acusações
Mas a questão é muito mais complexa. Os índios e os colonos quase
entraram em confronto na última segunda-feira. Em alguns pontos da
mata foi ateado fogo. Os indígenas dizem que foram os colonos que
fizeram isso para prejudicá-los, enquanto que os colonos afirmam o
contrário. Além disso, foi necessário a intervenção da PM para que
não ocorresse um confronto na localidade de Forcação.
As acusações partem dos dois lados. Os índios alegam que um carro
escolar levou os colonos armados até as proximidades da reserva,
enquanto que a parte adversária acusa os índios de estarem armados
com facas e foices para atacá-los. Ontem, o motorista do ônibus
Reunidas, que faz a linha Timbó Itaiópolis, Ezio krul, teve que
voltar quando chegou na reserva. "Os índios foram bastante pacíficos,
mas me disseram que não poderia passar", afirma.
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