De Pueblos Indígenas en Brasil
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Krahô-Kanela: indígenas itinerantes há 27 anos
16/09/2004
Autor: Luciana Vasconcelos
Fonte: Radiobrás-Brasília-DF
Entre os 16 povos que vieram a Brasília apresentar suas reivindicações ao governo federal, estão os Krahô-Kanela, de Tocantins. Há 27 anos, os 300 índios que viviam no local tiveram que deixar as suas terras, na Lagoa da Conceição, que abrigam uma fazenda. Passaram por assentamento, terras "emprestadas", e hoje 87 índios, entre eles 38 crianças, vivem em uma casa localizada no município de Gurupi (TO).
Uma das lideranças, Argemiro Tapanan, contou que a vida dos Krahô-Kanela não tem sido fácil. "É um grande sofrimento", afirmou. Ele disse que durante dois anos não houve nascimentos. "Era tão triste que não nasceu nenhuma criança". Passaram também um tempo em frente às terras que já pertenceram a eles. "A gente só olhava".
Na casa em que vivem hoje passam por dificuldades, pois o local não tem estrutura adequada para abrigar a todos. Há morcegos e muitos ratos", disse. Segundo Tapanan, os ratos já morderam moradores e comem a comida dos índios. No local, eles também não podem plantar ou caçar e vivem de cestas básicas e doações. O líder reclama ainda que as crianças não têm escola.
O sonho dos Krahô-Kanela é voltar às suas terras. Tentaram retornar para o antigo local, em Lagoa da Conceição, em junho deste ano, mas o fazendeiro obteve uma reintegração de posse após seis dias. "O que vemos é o clamor do pessoal, dos velhos, das crianças e até mesmo da gente como liderança, é que estamos presos como se estivéssemos sem solução. Porque a nossa solução é a lei, temos 27 anos que fomos expulsos e nunca mais tivemos de volta", afirmou. "Nós sabemos que a terra é nossa, nós sabemos que vivemos ali, sabemos que ali estão enterrados nossos antepassados", acrescentou.
Uma das lideranças, Argemiro Tapanan, contou que a vida dos Krahô-Kanela não tem sido fácil. "É um grande sofrimento", afirmou. Ele disse que durante dois anos não houve nascimentos. "Era tão triste que não nasceu nenhuma criança". Passaram também um tempo em frente às terras que já pertenceram a eles. "A gente só olhava".
Na casa em que vivem hoje passam por dificuldades, pois o local não tem estrutura adequada para abrigar a todos. Há morcegos e muitos ratos", disse. Segundo Tapanan, os ratos já morderam moradores e comem a comida dos índios. No local, eles também não podem plantar ou caçar e vivem de cestas básicas e doações. O líder reclama ainda que as crianças não têm escola.
O sonho dos Krahô-Kanela é voltar às suas terras. Tentaram retornar para o antigo local, em Lagoa da Conceição, em junho deste ano, mas o fazendeiro obteve uma reintegração de posse após seis dias. "O que vemos é o clamor do pessoal, dos velhos, das crianças e até mesmo da gente como liderança, é que estamos presos como se estivéssemos sem solução. Porque a nossa solução é a lei, temos 27 anos que fomos expulsos e nunca mais tivemos de volta", afirmou. "Nós sabemos que a terra é nossa, nós sabemos que vivemos ali, sabemos que ali estão enterrados nossos antepassados", acrescentou.
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