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Para ajudar comunidade, indígena diz que escolheu ser professor em RR
15/10/2013
Autor: Natacha Portal
Fonte: G1 - http://g1.globo.com
Da etnia Wapichana, Severino se formou e nunca deixou a comunidade. No país, apenas Roraima tem carreira específica para professores índios.
Indígena da etnia Wapichana, Severino Cruz, de 38 anos, é professor desde 1997, sempre atuando na maloca Taba Lascada, onde nasceu e vive com toda sua família. Para ele, estar na sala de aula não é só um prazer, mas uma obrigação com a comunidade.
"Escolhi ser professor primeiro pela necessidade das comunidades", contou, lembrando do tempo em que estudava e havia precariedade de professores. "Minha vida foi estudar nas escolas indígenas. Comecei aqui [Taba Lascada] e não tinha o ensino fundamental completo. Fui para Malacacheta [comunidade próxima], onde terminei o ensino básico". Em seguida, o professor foi para Boa Vista, mas acabou concluindo o ensino médio no município de Cantá, a 38 quilômetros da capital.
Escolhi ser professor pela necessidade das comunidades. Minha vida foi estudar nas escolas indígenas"
Severino Cruz, professor indígena
Pela necessidade da comunidade, Severino ingressou na carreira de professor, quando começou a cursar o magistério indígena, um antigo programa do governo de Roraima para a capacitação dos professores indígenas. "Naquele tempo, estudávamos no período das férias. A gente dava aula e nas férias estudava", explicou.
Severino se formou na primeira turma do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no ano de 2008, em Ciências Naturais (que o habilita para dar aula de ciências exatas).
O professor nunca pensou em sair da comunidade. Todo o conhecimento que acumula é pensando em voltar e contribuir na formação dos jovens. "E a gente percebe sim que a nossa comunidade tem avançado. Hoje temos ex-alunos daqui [Taba Lascada] cursando faculdade, tanto nas privadas quanto na federal. E é isso que faz valer a pena. Significa que conseguimos repassar, um pouco que seja, do nosso conhecimento para os alunos", comentou orgulhoso.
Na sala de aula ministrando disciplina de matemática, Severino ressaltou que um dos atuais desafios do professor é acompanhar as mudanças da sociedade. "Saber trabalhar com as transformações sociais não é fácil. Pela proximidade e contato que temos com a cidade, temos que saber preservar nossa cultura sem ficar alheio aos avanços tecnológicos", enfatizou.
Neste Dia dos Professores (15), Severino deixa um recado. "Professor que é professor se sente responsável pela transformação da sociedade e assim a gente tenta, apesar das dificuldades, fazer um trabalho que atenda os anseios da nossa comunidade", considerou.
Roraima tem carreira específica para professores indígenas
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Educação (Seed), Roraima é o único estado brasileiro a ter carreira específica para professores indígenas e o primeiro estado do Brasil em que a matriz curricular indígena tem a mesma carga horária da Língua Materna e Língua Portuguesa (oficial do Brasil).
http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2013/10/para-ajudar-comunidade-indigena-diz-que-escolheu-ser-professor-em-rr.html
Indígena da etnia Wapichana, Severino Cruz, de 38 anos, é professor desde 1997, sempre atuando na maloca Taba Lascada, onde nasceu e vive com toda sua família. Para ele, estar na sala de aula não é só um prazer, mas uma obrigação com a comunidade.
"Escolhi ser professor primeiro pela necessidade das comunidades", contou, lembrando do tempo em que estudava e havia precariedade de professores. "Minha vida foi estudar nas escolas indígenas. Comecei aqui [Taba Lascada] e não tinha o ensino fundamental completo. Fui para Malacacheta [comunidade próxima], onde terminei o ensino básico". Em seguida, o professor foi para Boa Vista, mas acabou concluindo o ensino médio no município de Cantá, a 38 quilômetros da capital.
Escolhi ser professor pela necessidade das comunidades. Minha vida foi estudar nas escolas indígenas"
Severino Cruz, professor indígena
Pela necessidade da comunidade, Severino ingressou na carreira de professor, quando começou a cursar o magistério indígena, um antigo programa do governo de Roraima para a capacitação dos professores indígenas. "Naquele tempo, estudávamos no período das férias. A gente dava aula e nas férias estudava", explicou.
Severino se formou na primeira turma do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no ano de 2008, em Ciências Naturais (que o habilita para dar aula de ciências exatas).
O professor nunca pensou em sair da comunidade. Todo o conhecimento que acumula é pensando em voltar e contribuir na formação dos jovens. "E a gente percebe sim que a nossa comunidade tem avançado. Hoje temos ex-alunos daqui [Taba Lascada] cursando faculdade, tanto nas privadas quanto na federal. E é isso que faz valer a pena. Significa que conseguimos repassar, um pouco que seja, do nosso conhecimento para os alunos", comentou orgulhoso.
Na sala de aula ministrando disciplina de matemática, Severino ressaltou que um dos atuais desafios do professor é acompanhar as mudanças da sociedade. "Saber trabalhar com as transformações sociais não é fácil. Pela proximidade e contato que temos com a cidade, temos que saber preservar nossa cultura sem ficar alheio aos avanços tecnológicos", enfatizou.
Neste Dia dos Professores (15), Severino deixa um recado. "Professor que é professor se sente responsável pela transformação da sociedade e assim a gente tenta, apesar das dificuldades, fazer um trabalho que atenda os anseios da nossa comunidade", considerou.
Roraima tem carreira específica para professores indígenas
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Educação (Seed), Roraima é o único estado brasileiro a ter carreira específica para professores indígenas e o primeiro estado do Brasil em que a matriz curricular indígena tem a mesma carga horária da Língua Materna e Língua Portuguesa (oficial do Brasil).
http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2013/10/para-ajudar-comunidade-indigena-diz-que-escolheu-ser-professor-em-rr.html
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