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Funai pede para PF investigar suspeita de ameaças a índios no Vale
25/10/2013
Autor: Janara Nicoletti
Fonte: G1 - http://g1.globo.com
Há quatro dias, indígenas fecham rodovia reivindicando terras tradicionais. Na quarta, grupo desocupou áreas que haviam sido invadidas em protesto.
A Coordenadoria do Litoral Sul da Fundação Nacional do Índio (Funai) solicitou ao delegado da Polícia Federal de Joinville que sejam investigadas suspeitas de ameaças aos índios xokleng da reserva Duque de Caxias, localizada em Santa Catarina. Nesta sexta-feira (25), completa quatro dias que os índios fecharam a SC-477 em protesto contra a demora no julgamento do processo de devolução de 23 mil hectares de área que são reivindicadas pelo grupo.
Quarta-feira (23), eles desocuparam o terreno de uma madeireira, em Itaiópolis, e a sede da Reserva Biológica do Sassafrás, em Doutor Pedrinho, onde invadiram por cerca de uma semana. A área foi deixada na quarta-feira (23), após um pedido de reintegração de posse ter sido entregue ao cacique da Aldeia do Bugio. Porém, o bloqueio da rodovia foi mantido. Segundo a Funai, não há previsão de quando os indígenas desbloquearão a rodovia estadual.
De acordo com o coordenador da instituição, João Maurício Farias, por causa destas ações, a população indígena vem sendo ameaçada por pessoas que vivem na região. "Não sabemos se são funcionários da empresa que tinha sido ocupada ou agricultores, mas recebemos reclamações de tiros disparados em direção aos índios e, hoje [sexta] pela manhã, três homens encapuzados e armados saíram de um carro em frente à barreira e ameaçaram os índios que estavam ali acampados", explica Farias.
Conforme o coordenador da Funai, a placa do veículo foi anotada e o caso encaminhado à Polícia Federal. O delegado responsável por investigar as denúncias afirmou que só irá se pronunciar após decisão judicial.
Entenda o caso
A Reserva Indígena Duque de Caxias possui hoje 14 mil hectares de área e compreende os municípios de José Boiteux, Vitor Meireles, Itaiópolis, Doutor Pedrinho e Rio Negrinho. Cerca de 2,4 mil pessoas vivem no local.
Um estudo antropológico realizado pela Funai em 2003 indica que os 23 mil hectares reivindicados pelos índios compreendem uma área tradicional da comunidade xokleng e deveriam ser somados à área já pertencente à Reserva Duque de Caxias. Empresários e agricultores que compraram terrenos na região questionam o estudo, enquanto a Funai reivindica a área que é ocupada por agricultores e empresas.
"A população xokleng passou por um processo histórico de perda do território original e o estudo da Funai provou que esta área pertence originalmente à esta população. Pouco a pouco, eles foram sendo empurrados para o fundo do Vale", argumenta Farias. O caso já motivou outros conflitos na área e se arrasta há vários anos. Atualmente, o caso está em tramitação no Supremo Tribunal Federal.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/10/funai-pede-para-pf-investigar-suspeita-de-ameacas-indios-no-vale.html
A Coordenadoria do Litoral Sul da Fundação Nacional do Índio (Funai) solicitou ao delegado da Polícia Federal de Joinville que sejam investigadas suspeitas de ameaças aos índios xokleng da reserva Duque de Caxias, localizada em Santa Catarina. Nesta sexta-feira (25), completa quatro dias que os índios fecharam a SC-477 em protesto contra a demora no julgamento do processo de devolução de 23 mil hectares de área que são reivindicadas pelo grupo.
Quarta-feira (23), eles desocuparam o terreno de uma madeireira, em Itaiópolis, e a sede da Reserva Biológica do Sassafrás, em Doutor Pedrinho, onde invadiram por cerca de uma semana. A área foi deixada na quarta-feira (23), após um pedido de reintegração de posse ter sido entregue ao cacique da Aldeia do Bugio. Porém, o bloqueio da rodovia foi mantido. Segundo a Funai, não há previsão de quando os indígenas desbloquearão a rodovia estadual.
De acordo com o coordenador da instituição, João Maurício Farias, por causa destas ações, a população indígena vem sendo ameaçada por pessoas que vivem na região. "Não sabemos se são funcionários da empresa que tinha sido ocupada ou agricultores, mas recebemos reclamações de tiros disparados em direção aos índios e, hoje [sexta] pela manhã, três homens encapuzados e armados saíram de um carro em frente à barreira e ameaçaram os índios que estavam ali acampados", explica Farias.
Conforme o coordenador da Funai, a placa do veículo foi anotada e o caso encaminhado à Polícia Federal. O delegado responsável por investigar as denúncias afirmou que só irá se pronunciar após decisão judicial.
Entenda o caso
A Reserva Indígena Duque de Caxias possui hoje 14 mil hectares de área e compreende os municípios de José Boiteux, Vitor Meireles, Itaiópolis, Doutor Pedrinho e Rio Negrinho. Cerca de 2,4 mil pessoas vivem no local.
Um estudo antropológico realizado pela Funai em 2003 indica que os 23 mil hectares reivindicados pelos índios compreendem uma área tradicional da comunidade xokleng e deveriam ser somados à área já pertencente à Reserva Duque de Caxias. Empresários e agricultores que compraram terrenos na região questionam o estudo, enquanto a Funai reivindica a área que é ocupada por agricultores e empresas.
"A população xokleng passou por um processo histórico de perda do território original e o estudo da Funai provou que esta área pertence originalmente à esta população. Pouco a pouco, eles foram sendo empurrados para o fundo do Vale", argumenta Farias. O caso já motivou outros conflitos na área e se arrasta há vários anos. Atualmente, o caso está em tramitação no Supremo Tribunal Federal.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/10/funai-pede-para-pf-investigar-suspeita-de-ameacas-indios-no-vale.html
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