De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Índios interditam rodovia
20/10/2004
Autor: Nilson Santos
Fonte: O Liberal-Belém-PA
BR-222 está bloqueada pela tribo dos Parakatêgê Gavião. O bloqueio é um protesto contra o assassinato de índia por assaltantes que agem no sul do Pará.
A morte da índia Kátia Kakau Gavião, 35 anos, da aldeia Mãe Maria, colocou os índios Parakatêgê Gavião em pé de guerra. No início da tarde de ontem, vários deles bloquearam a rodovia BR-222 no trecho entre Morada Nova (distrito de Marabá) e o limite da aldeia indígena já no município de Bom Jesus do Tocantins. Kátia foi assassinada por volta de 18h30 de anteontem durante tentativa de assalto, quando o carro em que ela e outros indígenas viajavam foi atacado sobre a ponte do rio Flexeira, a 15 quilômetros saindo de Marabá com destino a Rondon do Pará.
Até o final da tarde de ontem o clima era tenso no local onde houve a interdição, precisamente sobre a ponte onde Kátia Gavião morreu. Guerreiros armados de arco e flecha e tacape e com os corpos pintados para a guerra, se posicionaram de ambos os lados da ponte, para evitar a passagem de qualquer veículo. Obstáculos também foram colocados no meio da pista, para evitar o avanço de carros.
A morte da índia Kátia Gavião trouxe a tona uma antiga reivindicação dos índios Parakatêgê. Eles sempre lutaram para acabar com o balneário da "Flexeira" situado às margens do rio do mesmo nome. Só que o rio faz o limite entre Marabá e a reserva Mãe Maria. O local, segundo os líderes da aldeia, acabou com o sossego dos indígenas e estimulou o consumo de bebidas alcoólicas entre eles. Outro problema é a falta de segurança no local. E este foi o mote principal do protesto de ontem que não tinha hora para terminar.
O ataque contra a camionete Nissan da aldeia aconteceu justamente na ponte sobre o rio Flexeira, que é precedida de quebra-molas. No momento em que reduziu a velocidade para passar pela ponte o motorista da picape foi surpreendido por um grupo armado que passou a atirar contra os índios. Havia cerca de 15 pessoas na carroceria, entre homens e mulheres, além dos que viajavam na cabine. Kátia foi baleada e caiu na pista. Ela teve a cabeça esmagada pelos pneus de um veículo que os índios garantem ter sido a caminhonete, também Nissan, usada pelos assaltantes. Os índios inclusive protestaram contra a informação de que a cabeça de Kátia foi esmagada pelo carro da aldeia. "Foi o carro dos assaltantes que passou sobre ela", disse um dos guerreiros.
A principal exigência dos guerreiros Gavião que interditaram a rodovia BR-222 é para que as autoridades garantam segurança para aquele trecho que passa dentro da reserva. Os índios querem o fechamento do balneário e ameaçam incendiar o local caso a exigência não seja cumprida. O Flexeira é ponto de referência e sempre aos finais de semana recebe centenas de banhistas. Em outras oportunidades, já houve conflitos entre índios e brancos nesse local.
Ainda ontem um trator agrícola da reserva, por imposição dos índios, removeu os quebra-molas que existiam próximos à ponte. Os guerreiros alegaram que os obstáculos facilitaram a ação dos bandidos, pela necessidade de reduzir a velocidade do veículo para entrar na ponte.
A ação dos assaltantes seguida da morte da índia Kátia Gavião está sendo investigada pela Polícia Federal, tendo à frente o delegado Luís Eduardo, chefe da DPF regional de Marabá. Ainda ontem à tarde ele esteve reunido com o cacique Capitão, líder maior dos Gavião, na tentativa de encontrar uma saída pacífica para o impasse. A reportagem de O LIBERAL em Marabá não conseguiu chegar até o local do encontro, dentro da aldeia, pela impossibilidade de trafegar com o veículo pela área. Ate o final da tarde não foi informado o resultado da reunião e a interdição da rodovia permanecia. As filas de veículos de ambos os lados eram quilométricas.
Quem serviu como porta-voz da nação indígena foi Zeca Gavião, um dos líderes dos Parkatêgê. Ele ressaltou a falta de segurança na área ratificando a vontade dos índios de acabar com o balneário Flexeira. Sobre a morte de Kátia, Zeca Gavião refletiu uma situação que também angustia os homens brancos de bem. "Enquanto as autoridades desarmam o cidadão que geralmente só quer se defender, o bandido reforça o seu arsenal para atacar inocentes".
A morte da índia Kátia Kakau Gavião, 35 anos, da aldeia Mãe Maria, colocou os índios Parakatêgê Gavião em pé de guerra. No início da tarde de ontem, vários deles bloquearam a rodovia BR-222 no trecho entre Morada Nova (distrito de Marabá) e o limite da aldeia indígena já no município de Bom Jesus do Tocantins. Kátia foi assassinada por volta de 18h30 de anteontem durante tentativa de assalto, quando o carro em que ela e outros indígenas viajavam foi atacado sobre a ponte do rio Flexeira, a 15 quilômetros saindo de Marabá com destino a Rondon do Pará.
Até o final da tarde de ontem o clima era tenso no local onde houve a interdição, precisamente sobre a ponte onde Kátia Gavião morreu. Guerreiros armados de arco e flecha e tacape e com os corpos pintados para a guerra, se posicionaram de ambos os lados da ponte, para evitar a passagem de qualquer veículo. Obstáculos também foram colocados no meio da pista, para evitar o avanço de carros.
A morte da índia Kátia Gavião trouxe a tona uma antiga reivindicação dos índios Parakatêgê. Eles sempre lutaram para acabar com o balneário da "Flexeira" situado às margens do rio do mesmo nome. Só que o rio faz o limite entre Marabá e a reserva Mãe Maria. O local, segundo os líderes da aldeia, acabou com o sossego dos indígenas e estimulou o consumo de bebidas alcoólicas entre eles. Outro problema é a falta de segurança no local. E este foi o mote principal do protesto de ontem que não tinha hora para terminar.
O ataque contra a camionete Nissan da aldeia aconteceu justamente na ponte sobre o rio Flexeira, que é precedida de quebra-molas. No momento em que reduziu a velocidade para passar pela ponte o motorista da picape foi surpreendido por um grupo armado que passou a atirar contra os índios. Havia cerca de 15 pessoas na carroceria, entre homens e mulheres, além dos que viajavam na cabine. Kátia foi baleada e caiu na pista. Ela teve a cabeça esmagada pelos pneus de um veículo que os índios garantem ter sido a caminhonete, também Nissan, usada pelos assaltantes. Os índios inclusive protestaram contra a informação de que a cabeça de Kátia foi esmagada pelo carro da aldeia. "Foi o carro dos assaltantes que passou sobre ela", disse um dos guerreiros.
A principal exigência dos guerreiros Gavião que interditaram a rodovia BR-222 é para que as autoridades garantam segurança para aquele trecho que passa dentro da reserva. Os índios querem o fechamento do balneário e ameaçam incendiar o local caso a exigência não seja cumprida. O Flexeira é ponto de referência e sempre aos finais de semana recebe centenas de banhistas. Em outras oportunidades, já houve conflitos entre índios e brancos nesse local.
Ainda ontem um trator agrícola da reserva, por imposição dos índios, removeu os quebra-molas que existiam próximos à ponte. Os guerreiros alegaram que os obstáculos facilitaram a ação dos bandidos, pela necessidade de reduzir a velocidade do veículo para entrar na ponte.
A ação dos assaltantes seguida da morte da índia Kátia Gavião está sendo investigada pela Polícia Federal, tendo à frente o delegado Luís Eduardo, chefe da DPF regional de Marabá. Ainda ontem à tarde ele esteve reunido com o cacique Capitão, líder maior dos Gavião, na tentativa de encontrar uma saída pacífica para o impasse. A reportagem de O LIBERAL em Marabá não conseguiu chegar até o local do encontro, dentro da aldeia, pela impossibilidade de trafegar com o veículo pela área. Ate o final da tarde não foi informado o resultado da reunião e a interdição da rodovia permanecia. As filas de veículos de ambos os lados eram quilométricas.
Quem serviu como porta-voz da nação indígena foi Zeca Gavião, um dos líderes dos Parkatêgê. Ele ressaltou a falta de segurança na área ratificando a vontade dos índios de acabar com o balneário Flexeira. Sobre a morte de Kátia, Zeca Gavião refletiu uma situação que também angustia os homens brancos de bem. "Enquanto as autoridades desarmam o cidadão que geralmente só quer se defender, o bandido reforça o seu arsenal para atacar inocentes".
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