De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Polícia encontra corpo sem reserva indígena do AM
05/02/2014
Fonte: OESP, Política, p. A8
Documentos anexos
Polícia encontra corpo sem reserva indígena do AM
Com sinais de tiros na cabeça, os três desaparecidos de Humaitá foram localizados pela PF; cinco índios suspeitos já estão presos
José Maria Tomazela
SOROCABA
Chico Siqueira
Especial para o Estado
Três corpos encontrados na Terra Indígena Tenharim Marmelos, vizinha à cidade amazonense de Humaitá, foram ontem reconhecidos como dos três homens que desapareceram a 16 de dezembro na Rodovia Transamazônica. De acordo com a Polícia Federal, eles foram rendidos e mortos com tiros na cabeça, provavelmente de espingarda.
Os corpos foram encontrados por mateiros do Exército com a ajuda de cães farejadores da Polícia Militar. Após o crime, os três foram enterrados numa vala única, no meio da floresta, perto da aldeia Taboca. A cova foi coberta com palha para dificultar a localização das vítimas.
Cinco índios da etnia tenharim estão presos desde 30 de janeiro, acusados do crime. Entre eles, dois filhos do cacique Ivan Tenharim, cuja morte - em um acidente de moto, semanas antes - teria sido a motivação do ataque dos índios contra os três brancos. Os suspeitos, diz o delegado da PF em Porto Velho, Arcelino Damasceno, continuam negando o crime. "Ao contrário do que estão dizendo, não partiu deles nenhuma informação que ajudasse na localização dos corpos." Ele se referia ao secretário de Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, segundo o qual os depoimentos dos índios presos teriam levado aos cadáveres.
Damasceno também nega que os corpos tenham sido queimados ou decapitados. "Estavam inteiros, com as marcas dos tiros", disse.
Um dos três amigos ainda não foi reconhecido pelos familiares - que ainda não chegaram a Humaitá - mas já amigos e conhecidos já admitiram que se trata dos desaparecidos - o professor Stef Pinheiro, o técnico Aldeney Salvador e o representante comercial Luciano Freire.
O reconhecimento, feito no Instituto Médico Legal de Porto Velho terá de ser confirmado por exames de DNA. As famílias esperam a liberação dos corpos ainda hoje, para sepultamento.
Os laudos devem indicar a causa da morte, o tipo de arma e munição empregados, a trajetória dos projéteis e as lesões. Não está previsto velório conjunto.
O corpo de Aldeney será sepultado em Manaus, o de Stef em Apuí e o de Luciano em Humaitá, cidades em que residiam até serem assassinados.
Mais culpados. Terrinha acredita que as investigações devem continuar para chegar a outros suspeitos. "Não foram só os cinco índios (que mataram), há muitos outros, podem ser 20 ou mais. E preciso que se chegue a todos os culpados."
O delegado Damasceno informou que as provas apontam para a participação dos índios já presos. "Em princípio, no núcleo da ação, estão os cinco. Se conseguirmos comprovar a participação de outros, também serão presos", afirmou.
A localização dos corpos se deu na segunda tentativa de procura por cães farejadores. A PF tinha desistido das buscas e preparado familiares para a possibilidade de não achar os corpos, mas eles insistiram. Célia Leal, mulher de Aldeney, disse que a insistência deu resultado. "Insistimos com o delegado para que procurasse novamente. Ele acreditou na gente e levou os cães de volta, junto com especialistas em localizar gente perdida, e deu certo. Queremos agora que os culpados sejam punidos."
O desaparecimento dos três homens e a demora na investigação geraram revolta entre moradores de Humaitá, de Apuí e do distrito de Santo Antônio do Matupi. No dia 25 de dezembro, uma multidão incendiou carros, barcos e a sede da Funai em Humaitá. No dia seguinte, moradores de Matupi incendiaram postos de pedágio na Transamazônica. A situação só se acalmou com a chegada de uma força-tarefa que reunia Força Nacional de Segurança, PF, Polícia Rodoviária Federal e PMs locais.
OESP, 05/02/2014, Política, p. A8
Com sinais de tiros na cabeça, os três desaparecidos de Humaitá foram localizados pela PF; cinco índios suspeitos já estão presos
José Maria Tomazela
SOROCABA
Chico Siqueira
Especial para o Estado
Três corpos encontrados na Terra Indígena Tenharim Marmelos, vizinha à cidade amazonense de Humaitá, foram ontem reconhecidos como dos três homens que desapareceram a 16 de dezembro na Rodovia Transamazônica. De acordo com a Polícia Federal, eles foram rendidos e mortos com tiros na cabeça, provavelmente de espingarda.
Os corpos foram encontrados por mateiros do Exército com a ajuda de cães farejadores da Polícia Militar. Após o crime, os três foram enterrados numa vala única, no meio da floresta, perto da aldeia Taboca. A cova foi coberta com palha para dificultar a localização das vítimas.
Cinco índios da etnia tenharim estão presos desde 30 de janeiro, acusados do crime. Entre eles, dois filhos do cacique Ivan Tenharim, cuja morte - em um acidente de moto, semanas antes - teria sido a motivação do ataque dos índios contra os três brancos. Os suspeitos, diz o delegado da PF em Porto Velho, Arcelino Damasceno, continuam negando o crime. "Ao contrário do que estão dizendo, não partiu deles nenhuma informação que ajudasse na localização dos corpos." Ele se referia ao secretário de Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, segundo o qual os depoimentos dos índios presos teriam levado aos cadáveres.
Damasceno também nega que os corpos tenham sido queimados ou decapitados. "Estavam inteiros, com as marcas dos tiros", disse.
Um dos três amigos ainda não foi reconhecido pelos familiares - que ainda não chegaram a Humaitá - mas já amigos e conhecidos já admitiram que se trata dos desaparecidos - o professor Stef Pinheiro, o técnico Aldeney Salvador e o representante comercial Luciano Freire.
O reconhecimento, feito no Instituto Médico Legal de Porto Velho terá de ser confirmado por exames de DNA. As famílias esperam a liberação dos corpos ainda hoje, para sepultamento.
Os laudos devem indicar a causa da morte, o tipo de arma e munição empregados, a trajetória dos projéteis e as lesões. Não está previsto velório conjunto.
O corpo de Aldeney será sepultado em Manaus, o de Stef em Apuí e o de Luciano em Humaitá, cidades em que residiam até serem assassinados.
Mais culpados. Terrinha acredita que as investigações devem continuar para chegar a outros suspeitos. "Não foram só os cinco índios (que mataram), há muitos outros, podem ser 20 ou mais. E preciso que se chegue a todos os culpados."
O delegado Damasceno informou que as provas apontam para a participação dos índios já presos. "Em princípio, no núcleo da ação, estão os cinco. Se conseguirmos comprovar a participação de outros, também serão presos", afirmou.
A localização dos corpos se deu na segunda tentativa de procura por cães farejadores. A PF tinha desistido das buscas e preparado familiares para a possibilidade de não achar os corpos, mas eles insistiram. Célia Leal, mulher de Aldeney, disse que a insistência deu resultado. "Insistimos com o delegado para que procurasse novamente. Ele acreditou na gente e levou os cães de volta, junto com especialistas em localizar gente perdida, e deu certo. Queremos agora que os culpados sejam punidos."
O desaparecimento dos três homens e a demora na investigação geraram revolta entre moradores de Humaitá, de Apuí e do distrito de Santo Antônio do Matupi. No dia 25 de dezembro, uma multidão incendiou carros, barcos e a sede da Funai em Humaitá. No dia seguinte, moradores de Matupi incendiaram postos de pedágio na Transamazônica. A situação só se acalmou com a chegada de uma força-tarefa que reunia Força Nacional de Segurança, PF, Polícia Rodoviária Federal e PMs locais.
OESP, 05/02/2014, Política, p. A8
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