De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
A Síndrome de Payakan
05/02/2014
Autor: Tereza Amaral com Joeser Alvarez
Fonte: Amazônia Legal em Foco/Blog - http://odescortinardaamazonia.blogspot.com.br
O que os indígenas suspeitos de terem assassinado Stef Pinheiro, Luciano Freire e Aldeney Ribeiro têm a ver com o cacique Payakan? Tudo. Mais de duas décadas depois do caso envolvendo a liderança Kayapó e sua mulher em um estupro, o tratamento dado, sobretudo por portais sensacionalistas, é semelhante: barbarização.
Em junho de 1992, a revista Veja, à época ainda bastante conceituada, acusou logo na capa o cacique Paulinho Payakan com 'O Selvagem', em plena Eco 92. Na matéria com manchete de página 'A Explosão do Instinto Selvagem', acompanhada do subtítulo 'Payakan, o cacique símbolo da pureza ecológica, estupra e tortura uma adolescente', a revista condena a segunda maior liderança Kayapó depois de Raoni.
Todos os prêmios - Global da ONU, Diploma da Sociedade por um Mundo Melhor -, dentre outros, foram desmerecidos nas palavras duras e acusatórias da Veja que, em momento algum, escreveu uma única frase do cacique. Ler AQUI!
No caso Tenharim, e em época digital, os indígenas estão sendo igualmente massacrados. Antes mesmo da Polícia Federal informar sobre a identificação dos corpos dos três desaparecidos, ontem, primeiro foram massacrados e queimados vivos junto com o carro (pelos portais, Alexandre Garcia e "furo" do Questão Indígena), depois foram degolados, cortados com motoserra, jogados no rio e, por último, executados a tiros.
O que realmente houve, desde o momento em que supostamente os indígenas e os três rapazes teriam se encontrado, até que os índios o digam, ninguém sabe, nem a própria polícia. Mas a Casa do Índio (Funai), um barco e vários carros em Humaitá foram depredados e incendiados, uma aldeia também foi alvo de ataques e incêndios enquanto que, nas redes sociais, páginas, como a do Portal Apuí, permitiam a publicação de manifestações racistas que incitavam a população à violência. O dono do Portal? Um jornalista correspondente da TV Globo no Amazonas.
Na esteira dessa música, orquestrada pelo ouvido, juntou-se o Estadão, declarando que as aldeias estavam em guerra, sem ouvir nenhuma liderança, deixando os indígenas espantados, pois ficaram sabendo que estavam em guerra, pasmem: pelo jornal!
É de se esperar que, no desenrolar desse caso, a mídia em sua competição desenfreada pela audiência, carregue ainda mais nas tintas da violência sensacionalista, inclusive a Veja, que não causará espanto se for publicada com algumas gotas de sangue na capa...a conferir.
http://odescortinardaamazonia.blogspot.com.br/2014/02/a-sindrome-de-payakan.html
Em junho de 1992, a revista Veja, à época ainda bastante conceituada, acusou logo na capa o cacique Paulinho Payakan com 'O Selvagem', em plena Eco 92. Na matéria com manchete de página 'A Explosão do Instinto Selvagem', acompanhada do subtítulo 'Payakan, o cacique símbolo da pureza ecológica, estupra e tortura uma adolescente', a revista condena a segunda maior liderança Kayapó depois de Raoni.
Todos os prêmios - Global da ONU, Diploma da Sociedade por um Mundo Melhor -, dentre outros, foram desmerecidos nas palavras duras e acusatórias da Veja que, em momento algum, escreveu uma única frase do cacique. Ler AQUI!
No caso Tenharim, e em época digital, os indígenas estão sendo igualmente massacrados. Antes mesmo da Polícia Federal informar sobre a identificação dos corpos dos três desaparecidos, ontem, primeiro foram massacrados e queimados vivos junto com o carro (pelos portais, Alexandre Garcia e "furo" do Questão Indígena), depois foram degolados, cortados com motoserra, jogados no rio e, por último, executados a tiros.
O que realmente houve, desde o momento em que supostamente os indígenas e os três rapazes teriam se encontrado, até que os índios o digam, ninguém sabe, nem a própria polícia. Mas a Casa do Índio (Funai), um barco e vários carros em Humaitá foram depredados e incendiados, uma aldeia também foi alvo de ataques e incêndios enquanto que, nas redes sociais, páginas, como a do Portal Apuí, permitiam a publicação de manifestações racistas que incitavam a população à violência. O dono do Portal? Um jornalista correspondente da TV Globo no Amazonas.
Na esteira dessa música, orquestrada pelo ouvido, juntou-se o Estadão, declarando que as aldeias estavam em guerra, sem ouvir nenhuma liderança, deixando os indígenas espantados, pois ficaram sabendo que estavam em guerra, pasmem: pelo jornal!
É de se esperar que, no desenrolar desse caso, a mídia em sua competição desenfreada pela audiência, carregue ainda mais nas tintas da violência sensacionalista, inclusive a Veja, que não causará espanto se for publicada com algumas gotas de sangue na capa...a conferir.
http://odescortinardaamazonia.blogspot.com.br/2014/02/a-sindrome-de-payakan.html
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.