De Pueblos Indígenas en Brasil
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Notícias
"O meu primeiro filho eu perdi. Era um menino, mas nasceu morto"
05/11/2015
Fonte: Revista CRESCER (São Paulo - SP) - www.revistacrescer.globo.com
Confira o depoimento da xavante Eliadina Pedzadarutu'o, que trabalha como professora na aldeia onde vive, no Mato Grosso
"Eu moro na Aldeia Darcy Bethania desde 2006 e sou professora. O cacique daqui me convidou para eu vir trabalhar com as crianças, e eu vim. A aula começa às 13h e vai até 17h. Tenho 16 alunos, de todas as idades. Dou aula para crianças do pré ao 5o ano. É puxado. Preparo a aula e divido a turma em grupos. Dou uma atividade para cada grupo, de acordo com a idade. Eles são alfabetizados em xavante e em português. Também tem aula de matemática, geografia e história.
Tenho uma filha de 2 anos, a Giselli. Quando ela nasceu, eu fiquei emocionada, muito feliz. Pensei: 'quando ela crescer, vai me chamar de mãe'. O meu primeiro filho eu perdi. Era um menino, mas nasceu morto. Não deu tempo de chegar ao hospital. Foi uma luta muito grande para nós. Foi muito difícil sair da aldeia e ir para o hospital na cidade.
Eu estava com nove meses. Chegou a hora do parto e eu não consegui parir sozinha na aldeia. Estava muito difícil. Fui com um carro emprestado até a cidade mais próxima, Paranatinga (MT), em uma viagem de quase 2 horas por estrada de terra.
Com minha segunda filha, eu preferi já estar na cidade antes do trabalho de parto. Deu tudo certo, ela nasceu de parto normal. Hoje ela está caidinha por causa de uma gripe, por isso stou carregando no bakité.
O bakité é uma cesta tradicional xavante, feita de palha de buriti, e nós usamos como berço e para carregar os bebês. Cada etnia indígena tem sua forma de carregar as crianças. A nossa é com a cesta."
Eliadina Pedzadarutu'o, 29 anos é professora da aldeia Darcy Bethania (MT). Ela é mãe de Giselli, 2 anos, e de um menino que hoje teria 5, mas nasceu morto.
http://revistacrescer.globo.com/A-mortalidade-das-criancas-indigenas/noticia/2015/11/o-meu-primeiro-filho-eu-perdi-era-um-menino-mas-nasceu-morto.html
"Eu moro na Aldeia Darcy Bethania desde 2006 e sou professora. O cacique daqui me convidou para eu vir trabalhar com as crianças, e eu vim. A aula começa às 13h e vai até 17h. Tenho 16 alunos, de todas as idades. Dou aula para crianças do pré ao 5o ano. É puxado. Preparo a aula e divido a turma em grupos. Dou uma atividade para cada grupo, de acordo com a idade. Eles são alfabetizados em xavante e em português. Também tem aula de matemática, geografia e história.
Tenho uma filha de 2 anos, a Giselli. Quando ela nasceu, eu fiquei emocionada, muito feliz. Pensei: 'quando ela crescer, vai me chamar de mãe'. O meu primeiro filho eu perdi. Era um menino, mas nasceu morto. Não deu tempo de chegar ao hospital. Foi uma luta muito grande para nós. Foi muito difícil sair da aldeia e ir para o hospital na cidade.
Eu estava com nove meses. Chegou a hora do parto e eu não consegui parir sozinha na aldeia. Estava muito difícil. Fui com um carro emprestado até a cidade mais próxima, Paranatinga (MT), em uma viagem de quase 2 horas por estrada de terra.
Com minha segunda filha, eu preferi já estar na cidade antes do trabalho de parto. Deu tudo certo, ela nasceu de parto normal. Hoje ela está caidinha por causa de uma gripe, por isso stou carregando no bakité.
O bakité é uma cesta tradicional xavante, feita de palha de buriti, e nós usamos como berço e para carregar os bebês. Cada etnia indígena tem sua forma de carregar as crianças. A nossa é com a cesta."
Eliadina Pedzadarutu'o, 29 anos é professora da aldeia Darcy Bethania (MT). Ela é mãe de Giselli, 2 anos, e de um menino que hoje teria 5, mas nasceu morto.
http://revistacrescer.globo.com/A-mortalidade-das-criancas-indigenas/noticia/2015/11/o-meu-primeiro-filho-eu-perdi-era-um-menino-mas-nasceu-morto.html
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