De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Tembés retornam à aldeira de mãos vazias
02/07/2005
Fonte: O Liberal-Belém-PA
A liminar federal que pretendia promover a desocupação do prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Belém chegou com dois dias de atraso. Os índios tembé, que tomaram conta do prédio para exigir medidas contra a presença de madeireiros na região do Alto Rio Guamá, desistiram do protesto e desmontaram acampamento na quarta-feira, retornando à reserva.
O prédio estava ocupado desde o dia 16 de junho. Os cerca de 70 índios tentaram pressionar o órgão a cumprir promessas feitas anteriormente. Uma delas é a de que pediria ajuda à Polícia Federal para retirar madeireiros clandestinos da região. Outra é a de que instalaria pelo menos dois postos de vigilância na localidade de Santa Luzia.
Os índios encontraram a sede do órgão esvaziada pela greve dos servidores federais e retornaram às suas aldeias sem respostas às reivindicações. No dia em que deixaram o prédio, lideranças indígenas ainda foram até o Palácio dos Despachos. À tarde, todos partiram em um ônibus, acompanhados de dois policiais militares.
Segundo o vigilante Renato Carlos, as lideranças comentaram que voltarão para tentar uma reunião com o governador, mas desta vez não virão todos. A volta para casa, contou, já estava sendo planejado pelos índios desde o final de semana. Sem perspectivas quanto às reivindicações, eles demonstraram preocupação com a situação da aldeia.
Os funcionários que conviveram com os índios durante a ocupação contaram que eles eram pacíficos e deixaram o prédio de forma ordenada. Ontem, após a limpeza feita pelos funcionários, já não havia mais indícios da passagem dos índio nas dependências da Funai.
A desocupação do prédio foi solicitada pela Procuradoria da Funai e determinada pelo juiz Airton Portela. Na liminar, o juiz determinou que, caso fosse necessária, a força policial ajudaria na retirada, o que não foi preciso diante da saída voluntária antes mesmo do despacho judicial.
Administradora garante que índios não
foram abandonados em Belém
A administradora da Funai em Belém, Célia Valois, rebateu ontem informações segundo as quais os índios da tribo tembé teriam sido abandonados durante o período em que ocuparam a sede do órgão, de 16 a 29 deste mês, para reivindicar a desocupação de parte de suas terras, a Reserva Alto Rio Guamá, por posseiros e madeireiros, e a implantação de pelo menos três postos de vigilância na área, com o objetivo de evitar novas invasões e retirada de madeira.
"Em momento algum os índios (tembé) foram abandonados. O que aconteceu, na realidade, é que os servidores decidiram não suspender a greve, mas, mesmo assim, eu e mais dois técnicos ficamos em contato com os índios para atender suas reivindicações na medida do possível, já que, em função da greve, o funcionamento do órgão ficou muito comprometido", justifica a administradora da Funai. Ela acrescenta que a Funai também comprou alimentação para os índios.
Célia Valois diz que os tembé estão cobertos de razão em cobrar providências do poder público para preservar suas terras, mas que o momento escolhido para a manifestação não foi o mais adequado, em função dos acontecimentos políticos em Brasília e da greve dos funcionários da Funai, anterior à ocupação.
Ela acrescenta que a Funai não está de braços cruzados: "Todo o plano para a desocupação da parte da Reserva Alto Rio Guamá invadida foi elaborado há pelo menos cinco anos, tanto que algumas famílias invasoras já deixaram a área, mas o prosseguimento das ações não depende apenas da administração da Funai em Belém. Inclui a liberação de recursos por parte da unidade central do órgão, em Brasília, e da ação conjunta de outras instituições, entre as quais Ministério Público Federal, Incra, Ibama e Polícia Federal".
Na próxima reunião que os índios tembé terão com o governador do Estado, Simão Jatene, e representantes da presidência da Funai de Brasília, Incra, Ibama, Ministério Público Federal e Polícia Federal -, de acordo com Célia Valois, é provável que soluções mais objetivas sejam definidas para que o processo de desocupação da Reserva Alto Rio Guamá seja acelerado.
Uma das reivindicações dos tembé para a desocupação do prédio era a presença do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, que não negociava com a sede do órgão ocupada. Das principais aldeias da Reserva Alto Rio Guamá, apenas os índios das aldeias sede e Frasqueira participaram da invasão. Os índios que habitam as aldeias São Pedro, também próxima de Capitão Poço, não participaram da ocupação do prédio da Funai, assim como os índios das aldeias Tekohaw, Cajueiro, Sítio Novo, Faveira, Canindé e Sussuarana, localizadas no Gurupi, na fronteira com o Maranhão.
O prédio estava ocupado desde o dia 16 de junho. Os cerca de 70 índios tentaram pressionar o órgão a cumprir promessas feitas anteriormente. Uma delas é a de que pediria ajuda à Polícia Federal para retirar madeireiros clandestinos da região. Outra é a de que instalaria pelo menos dois postos de vigilância na localidade de Santa Luzia.
Os índios encontraram a sede do órgão esvaziada pela greve dos servidores federais e retornaram às suas aldeias sem respostas às reivindicações. No dia em que deixaram o prédio, lideranças indígenas ainda foram até o Palácio dos Despachos. À tarde, todos partiram em um ônibus, acompanhados de dois policiais militares.
Segundo o vigilante Renato Carlos, as lideranças comentaram que voltarão para tentar uma reunião com o governador, mas desta vez não virão todos. A volta para casa, contou, já estava sendo planejado pelos índios desde o final de semana. Sem perspectivas quanto às reivindicações, eles demonstraram preocupação com a situação da aldeia.
Os funcionários que conviveram com os índios durante a ocupação contaram que eles eram pacíficos e deixaram o prédio de forma ordenada. Ontem, após a limpeza feita pelos funcionários, já não havia mais indícios da passagem dos índio nas dependências da Funai.
A desocupação do prédio foi solicitada pela Procuradoria da Funai e determinada pelo juiz Airton Portela. Na liminar, o juiz determinou que, caso fosse necessária, a força policial ajudaria na retirada, o que não foi preciso diante da saída voluntária antes mesmo do despacho judicial.
Administradora garante que índios não
foram abandonados em Belém
A administradora da Funai em Belém, Célia Valois, rebateu ontem informações segundo as quais os índios da tribo tembé teriam sido abandonados durante o período em que ocuparam a sede do órgão, de 16 a 29 deste mês, para reivindicar a desocupação de parte de suas terras, a Reserva Alto Rio Guamá, por posseiros e madeireiros, e a implantação de pelo menos três postos de vigilância na área, com o objetivo de evitar novas invasões e retirada de madeira.
"Em momento algum os índios (tembé) foram abandonados. O que aconteceu, na realidade, é que os servidores decidiram não suspender a greve, mas, mesmo assim, eu e mais dois técnicos ficamos em contato com os índios para atender suas reivindicações na medida do possível, já que, em função da greve, o funcionamento do órgão ficou muito comprometido", justifica a administradora da Funai. Ela acrescenta que a Funai também comprou alimentação para os índios.
Célia Valois diz que os tembé estão cobertos de razão em cobrar providências do poder público para preservar suas terras, mas que o momento escolhido para a manifestação não foi o mais adequado, em função dos acontecimentos políticos em Brasília e da greve dos funcionários da Funai, anterior à ocupação.
Ela acrescenta que a Funai não está de braços cruzados: "Todo o plano para a desocupação da parte da Reserva Alto Rio Guamá invadida foi elaborado há pelo menos cinco anos, tanto que algumas famílias invasoras já deixaram a área, mas o prosseguimento das ações não depende apenas da administração da Funai em Belém. Inclui a liberação de recursos por parte da unidade central do órgão, em Brasília, e da ação conjunta de outras instituições, entre as quais Ministério Público Federal, Incra, Ibama e Polícia Federal".
Na próxima reunião que os índios tembé terão com o governador do Estado, Simão Jatene, e representantes da presidência da Funai de Brasília, Incra, Ibama, Ministério Público Federal e Polícia Federal -, de acordo com Célia Valois, é provável que soluções mais objetivas sejam definidas para que o processo de desocupação da Reserva Alto Rio Guamá seja acelerado.
Uma das reivindicações dos tembé para a desocupação do prédio era a presença do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, que não negociava com a sede do órgão ocupada. Das principais aldeias da Reserva Alto Rio Guamá, apenas os índios das aldeias sede e Frasqueira participaram da invasão. Os índios que habitam as aldeias São Pedro, também próxima de Capitão Poço, não participaram da ocupação do prédio da Funai, assim como os índios das aldeias Tekohaw, Cajueiro, Sítio Novo, Faveira, Canindé e Sussuarana, localizadas no Gurupi, na fronteira com o Maranhão.
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