De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Índio é enterrado em área de conflito, diante de protestos por demarcações
16/06/2016
Autor: Mariana Castelar e Helio de Freitas
Fonte: Campo Grande News- http://www.campograndenews.com.br
Diante de 300 irmãos de tribo, o corpo do indígena Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos, 26 anos, foi enterrado nesta quinta-feira (16) na Fazenda Yvu, local onde ocorreu confronto entre fazendeiros e indígenas, em Caarapó, a 280 km de Campo Grande. O velório aconteceu na quadra de esporte de uma das escolas da aldeia.
Durante o sepultamento, várias lideranças indígenas afirmam que serão capazes de matar por sua terra. "Vai enterrar o filho onde ele morreu. Vamos morrer aqui e ser sepultado aqui. Se matar mais um de nós vamos matar ou morrer".
Emocionados e revoltados, os índios leram documento cobrando demarcação das terras no Estado. Disseram que a Constituição garante a demarcação das terras e que eles não irão se render porque estão defendendo a garantia de seus direitos e sua identidade.
"Os fazendeiros vieram para nos matar, a partir de hoje vamos retomar e também vamos matar. Se precisar também vamos matar, estamos nos armando", reforça uma das lideranças.
Durante o velório, eles contaram ao Campo Grande News que a própria polícia estaria atacando mulheres e crianças. "Queremos segurança, mas não queremos civil e PM. Apenas queremos a terra que é nossa. Em nome das crianças, das mulheres e idosos. Não queremos mais morrer".
Os indígenas relatam que são aproximadamente dois mil índios sem alimentação e atendimento médico envolvidos na luta pelo que chamam de retomada das terras, e dizem que a disputa só acabará quando houver demarcação. "Queremos que os fazendeiros sejam desarmados e deixem nosso tekoha (terra) para para vivermos em paz", pronunciam.
A atuação da Força Nacional também foi criticada pelos índios, que alegam não haver desarmamento dos fazendeiros, responsáveis por matar índios. "Não temos esperança que o governo brasileiro vai demarcar nossas terras. Nós vamos fazer por conta e se for preciso até morrer o último guerreiro.
Prestando solidariedade aos indígenas e afirmando que a perda de um guerreiro não pode ser em vão, o deputado federal e presidente da CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Padre João (PT/MG), afirmou que as lágrimas são um combustível. "Vamos lutar por vocês, vocês daqui e nós de lá para acelerar o processo de demarcação".
O deputado repudiou o uso de arma pelos fazendeiros e disse que exigirá por parte do governo o cumprimento dos prazos até a homologação e a retirada dos produtores.
"Os intrusos não podiam contestar a demarcação com armas, tem que contestar dentro da lei e com documentos. Não podiam nem usar armas quanto menos contra quem luta pela mãe terra e tem pela mãe terra o maior respeito e não a trata com veneno", disse.
Já o o vice-presidente da CDDH, deputado federal Paulo pimenta (PT/RS), lembrou aos indígenas que eles não estão sozinhos. "Vamos pedir audiência com ministro da Justiça e exigir todas as medidas para garantir a segurança de vocês. Vamos encaminhar relatório sobre as providências"
O deputado Zeca do PT também compareceu ao velório e falou aos indígenas que a luta será ecoada no congresso. "Vocês não estão sós. Representamos uma bancada de deputados de esquerda que vão ser somar à nossa luta para a demarcação das terras".
Também foi apresentado um documento pelos índios para os deputados, mas o com conteúdo é sigiloso e não foi revelado.
http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/indio-e-enterrado-em-area-de-conflito-diante-de-protestos-por-demarcacoes
Durante o sepultamento, várias lideranças indígenas afirmam que serão capazes de matar por sua terra. "Vai enterrar o filho onde ele morreu. Vamos morrer aqui e ser sepultado aqui. Se matar mais um de nós vamos matar ou morrer".
Emocionados e revoltados, os índios leram documento cobrando demarcação das terras no Estado. Disseram que a Constituição garante a demarcação das terras e que eles não irão se render porque estão defendendo a garantia de seus direitos e sua identidade.
"Os fazendeiros vieram para nos matar, a partir de hoje vamos retomar e também vamos matar. Se precisar também vamos matar, estamos nos armando", reforça uma das lideranças.
Durante o velório, eles contaram ao Campo Grande News que a própria polícia estaria atacando mulheres e crianças. "Queremos segurança, mas não queremos civil e PM. Apenas queremos a terra que é nossa. Em nome das crianças, das mulheres e idosos. Não queremos mais morrer".
Os indígenas relatam que são aproximadamente dois mil índios sem alimentação e atendimento médico envolvidos na luta pelo que chamam de retomada das terras, e dizem que a disputa só acabará quando houver demarcação. "Queremos que os fazendeiros sejam desarmados e deixem nosso tekoha (terra) para para vivermos em paz", pronunciam.
A atuação da Força Nacional também foi criticada pelos índios, que alegam não haver desarmamento dos fazendeiros, responsáveis por matar índios. "Não temos esperança que o governo brasileiro vai demarcar nossas terras. Nós vamos fazer por conta e se for preciso até morrer o último guerreiro.
Prestando solidariedade aos indígenas e afirmando que a perda de um guerreiro não pode ser em vão, o deputado federal e presidente da CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Padre João (PT/MG), afirmou que as lágrimas são um combustível. "Vamos lutar por vocês, vocês daqui e nós de lá para acelerar o processo de demarcação".
O deputado repudiou o uso de arma pelos fazendeiros e disse que exigirá por parte do governo o cumprimento dos prazos até a homologação e a retirada dos produtores.
"Os intrusos não podiam contestar a demarcação com armas, tem que contestar dentro da lei e com documentos. Não podiam nem usar armas quanto menos contra quem luta pela mãe terra e tem pela mãe terra o maior respeito e não a trata com veneno", disse.
Já o o vice-presidente da CDDH, deputado federal Paulo pimenta (PT/RS), lembrou aos indígenas que eles não estão sozinhos. "Vamos pedir audiência com ministro da Justiça e exigir todas as medidas para garantir a segurança de vocês. Vamos encaminhar relatório sobre as providências"
O deputado Zeca do PT também compareceu ao velório e falou aos indígenas que a luta será ecoada no congresso. "Vocês não estão sós. Representamos uma bancada de deputados de esquerda que vão ser somar à nossa luta para a demarcação das terras".
Também foi apresentado um documento pelos índios para os deputados, mas o com conteúdo é sigiloso e não foi revelado.
http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/indio-e-enterrado-em-area-de-conflito-diante-de-protestos-por-demarcacoes
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.