De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Um ritual Mamaindê contra a PEC 215 e pelos direitos indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais
11/08/2016
Fonte: Cimi- http://www.cimi.org.br
Os pajés e as pajés do povo Mamaindê se reuniram na aldeia Central, Mato Grosso, durante terça, 9, e quarta, 10, desta semana, para um ritual contra Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e em defesa dos direitos e da vida dos povos indígenas do Brasil. "Invocamos os espíritos de todos os guerreiros e guerreiras para formar uma grande corrente com os demais povos do país", explica a pajé Elizabete Mamaindê. Brasil afora mobilizações em defesa dos direitos indígenas ocorreram nos últimos dias em posição contrária à PEC 215.
As demarcações de terras indígenas e quilombolas, o respeito aos territórios dos pescadores e pescadoras artesanais, além de solidariedade especial ao povo Guarani e Kaiowá foram outras demandas presentes nos dois dias de rituais no terreiro da aldeia Central. "Nosso ritual é também para sensibilizar o Estado para garantir melhores condições de saúde e educação. Somos contra a municipalização delas", acrescenta a pajé.
"Nós, povo Mamaindê, somos os donos verdadeiros desta terra. Foi Deus mesmo que deixou pra nós, não comprada com dinheiro. A terra é nossa mãe e nós vamos defender a nossa mãe. Vocês governantes fazem um monte de leis e coloca no papel; não serve pra nada. Vocês não cumprem o que vocês mesmo fazem. Ninguém vai comer dinheiro, a gente precisa da terra pra poder alimentar nossos filhos", diz a pajé Elizabete.
Para a pajé, os brancos derrubam toda a floresta, matam a água e o rio. Por não pensar que a terra precisa de cuidados, a Mamaindê afirma que os brancos prejudicarão todo o mundo. E não é apenas a terra que os Mamaindê apontam que vem sendo destruída. Seus defensores também, por isso o ritual lembrou dos assassinatos de lideranças indígenas, camponesas e populares. Invasões de terras indígenas e as commodities exportadas pelo agronegócio violando direitos humanos e praticando violências também foram mencionadas durante o ritual.
"O descaso dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com os povos indígenas chegou num limite. Ano a ano temos nossos territórios sagrados violados e invadidos, sem que seja tomada alguma providência. Não vamos desistir da luta. Temos pajés fortes, que combatem conosco e se juntam com outros pajés em defesa da terra", declara a liderança Manoel Mamaindê. O indígena cita o Marco Temporal. A tese defendida por ruralistas foi anexada à PEC 215. Nela a demarcação de terras indígenas estaria submetida à promulgação da Constituição Federal 5 de outubro de 1988, ou seja, territórios só podem ser demarcados caso nessa data os povos que os reivindicam comprovem presença física nas áreas ou disputa judicial por elas.
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=8863&action=read
As demarcações de terras indígenas e quilombolas, o respeito aos territórios dos pescadores e pescadoras artesanais, além de solidariedade especial ao povo Guarani e Kaiowá foram outras demandas presentes nos dois dias de rituais no terreiro da aldeia Central. "Nosso ritual é também para sensibilizar o Estado para garantir melhores condições de saúde e educação. Somos contra a municipalização delas", acrescenta a pajé.
"Nós, povo Mamaindê, somos os donos verdadeiros desta terra. Foi Deus mesmo que deixou pra nós, não comprada com dinheiro. A terra é nossa mãe e nós vamos defender a nossa mãe. Vocês governantes fazem um monte de leis e coloca no papel; não serve pra nada. Vocês não cumprem o que vocês mesmo fazem. Ninguém vai comer dinheiro, a gente precisa da terra pra poder alimentar nossos filhos", diz a pajé Elizabete.
Para a pajé, os brancos derrubam toda a floresta, matam a água e o rio. Por não pensar que a terra precisa de cuidados, a Mamaindê afirma que os brancos prejudicarão todo o mundo. E não é apenas a terra que os Mamaindê apontam que vem sendo destruída. Seus defensores também, por isso o ritual lembrou dos assassinatos de lideranças indígenas, camponesas e populares. Invasões de terras indígenas e as commodities exportadas pelo agronegócio violando direitos humanos e praticando violências também foram mencionadas durante o ritual.
"O descaso dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com os povos indígenas chegou num limite. Ano a ano temos nossos territórios sagrados violados e invadidos, sem que seja tomada alguma providência. Não vamos desistir da luta. Temos pajés fortes, que combatem conosco e se juntam com outros pajés em defesa da terra", declara a liderança Manoel Mamaindê. O indígena cita o Marco Temporal. A tese defendida por ruralistas foi anexada à PEC 215. Nela a demarcação de terras indígenas estaria submetida à promulgação da Constituição Federal 5 de outubro de 1988, ou seja, territórios só podem ser demarcados caso nessa data os povos que os reivindicam comprovem presença física nas áreas ou disputa judicial por elas.
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=8863&action=read
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.