De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Polícia prende fazendeiros envolvidos em ataque a indígenas com 1 morto
18/08/2016
Autor: Graziela Rezende
Fonte: G1- http://g1.globo.com
A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira (18), em Caarapó, a 264 km de Campo Grande. A força-tarefa, denominada Avá Guarani, foi em busca de fazendeiros envolvidos na retirada violenta de indígenas da Fazenda Yvu, que resultou na morte de um índio e na lesão de outros nove por arma de fogo, em junho deste ano.
Além de Caarapó, os policiais estiveram em Campo Grande, Dourados e Laguna Carapã. Ao G1 a assessoria de imprensa da PF ressaltou que agentes da superintendência também atuaram na operação, desde a madrugada. Os presos prestam depoimento neste momento no município de Dourados. Ainda conforme a assessoria, as investigações foram conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal acatou os pedidos. Além de prisões, houve buscas e apreensões.
A investigação aponta que os proprietários rurais teriam envolvimento direto com o ataque e podem responder pelos crimes de homicídio e dano qualificado, constrangimento ilegal, lesão corporal e formação de milícia privada.
De acordo com o MPF, as prisões preventivas são uma "garantia da ordem pública e objetiva evitar novos casos de violência às comunidades indígenas da região - que já sofreram novo ataque, em 11 de julho, o qual deixou outros três índios feridos, dois deles, adolescentes".
As apurações tiveram início, segundo o MPF, logo após a morte de Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, atingido a tiros no abdômen e outro no peito.
As prisões então foram decretadas no dia 5 de julho, pela Justiça Federal de Dourados.
Os responsáveis aguardaram 44 dias para cumprir os mandados.
Entenda o caso
O último confronto aconteceu em junho de 2016, na fazenda Ivu, em Caarapó, no sudoeste do estado, onde um índio morreu e outros seis ficaram feridos. Os indígenas tentaram retomar a área, que está dentro da terra indígena Dourados Amambaipeguá I, e os fazendeiros tentaram impedir a ação. Um acusa o outro de ter iniciado o embate.
No dia seguinte, agentes da Polícia Federal foram notificados da ocupação por fazendeiros que os levaram até o local. Os policiais não encontraram reféns e foram informados pelos indígenas de que o proprietário poderia, em 24h, retirar o gado e seus pertences do local. Sem mandado de reintegração de posse, os PFs retornaram a Dourados.
Sem expectativa de retirada dos indígenas, os fazendeiros teriam se organizados para expulsar estas pessoas, no dia 14 de junho. Com armas de fogo e rojões, houve o ataque, tendo mais de 40 caminhonetes cercando os índios, além de centenas de pessoas. De um grupo de 40 a 50 índios, oito ficaram feridos e um morreu. Dos indígenas lesionados, um deles continua internado.
A área consta no Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação aprovado pela aprovação pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no dia 12 de maio de 2016, que considerou a área terra indígena. O procedimento de identificação e delimitação da terra foi realizado no âmbito do Compromisso de Ajustamento de Conduta(CAC), firmado em novembro de 2007, entre Funai e Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a assessoria da Funai, o próximo passo é a demarcação e homologação da terra. A área está localizada nos municípios de Caarapó, Laguna Carapã e Amambai e tem 55.590 hectares. A Dourados Amambaipeguá I é tradicionalmente ocupada pelo povo guarani-kaiowá.
Dourados Amambaipeguá I
A Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I abriga quatro comunidades (tekoha) denominadas Javorai Kue, Pindo Roky, Km 20/ Urukuty e Laguna Joha, com população aproximada de 5.800 pessoas, de acordo com a Funai.
Devido ao processo de expropriação dos territórios indígenas, que ali teve início em 1882 com o início da atividade de produção de erva-mate e a chegada de colonos gaúchos após a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), os guarani-kaiowá passaram a viver dispersos pela região, conforme a fundação.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/08/policia-prende-fazendeiros-envolvidos-em-ataque-indigenas-com-1-morto.html
Além de Caarapó, os policiais estiveram em Campo Grande, Dourados e Laguna Carapã. Ao G1 a assessoria de imprensa da PF ressaltou que agentes da superintendência também atuaram na operação, desde a madrugada. Os presos prestam depoimento neste momento no município de Dourados. Ainda conforme a assessoria, as investigações foram conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal acatou os pedidos. Além de prisões, houve buscas e apreensões.
A investigação aponta que os proprietários rurais teriam envolvimento direto com o ataque e podem responder pelos crimes de homicídio e dano qualificado, constrangimento ilegal, lesão corporal e formação de milícia privada.
De acordo com o MPF, as prisões preventivas são uma "garantia da ordem pública e objetiva evitar novos casos de violência às comunidades indígenas da região - que já sofreram novo ataque, em 11 de julho, o qual deixou outros três índios feridos, dois deles, adolescentes".
As apurações tiveram início, segundo o MPF, logo após a morte de Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, atingido a tiros no abdômen e outro no peito.
As prisões então foram decretadas no dia 5 de julho, pela Justiça Federal de Dourados.
Os responsáveis aguardaram 44 dias para cumprir os mandados.
Entenda o caso
O último confronto aconteceu em junho de 2016, na fazenda Ivu, em Caarapó, no sudoeste do estado, onde um índio morreu e outros seis ficaram feridos. Os indígenas tentaram retomar a área, que está dentro da terra indígena Dourados Amambaipeguá I, e os fazendeiros tentaram impedir a ação. Um acusa o outro de ter iniciado o embate.
No dia seguinte, agentes da Polícia Federal foram notificados da ocupação por fazendeiros que os levaram até o local. Os policiais não encontraram reféns e foram informados pelos indígenas de que o proprietário poderia, em 24h, retirar o gado e seus pertences do local. Sem mandado de reintegração de posse, os PFs retornaram a Dourados.
Sem expectativa de retirada dos indígenas, os fazendeiros teriam se organizados para expulsar estas pessoas, no dia 14 de junho. Com armas de fogo e rojões, houve o ataque, tendo mais de 40 caminhonetes cercando os índios, além de centenas de pessoas. De um grupo de 40 a 50 índios, oito ficaram feridos e um morreu. Dos indígenas lesionados, um deles continua internado.
A área consta no Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação aprovado pela aprovação pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no dia 12 de maio de 2016, que considerou a área terra indígena. O procedimento de identificação e delimitação da terra foi realizado no âmbito do Compromisso de Ajustamento de Conduta(CAC), firmado em novembro de 2007, entre Funai e Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a assessoria da Funai, o próximo passo é a demarcação e homologação da terra. A área está localizada nos municípios de Caarapó, Laguna Carapã e Amambai e tem 55.590 hectares. A Dourados Amambaipeguá I é tradicionalmente ocupada pelo povo guarani-kaiowá.
Dourados Amambaipeguá I
A Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I abriga quatro comunidades (tekoha) denominadas Javorai Kue, Pindo Roky, Km 20/ Urukuty e Laguna Joha, com população aproximada de 5.800 pessoas, de acordo com a Funai.
Devido ao processo de expropriação dos territórios indígenas, que ali teve início em 1882 com o início da atividade de produção de erva-mate e a chegada de colonos gaúchos após a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), os guarani-kaiowá passaram a viver dispersos pela região, conforme a fundação.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/08/policia-prende-fazendeiros-envolvidos-em-ataque-indigenas-com-1-morto.html
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