De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Com promessa de exoneração de gestores, indígenas desocupam prédio do MS em Curitiba
07/12/2016
Autor: Daniel Giovanaz
Fonte: Brasil de Fato- https://www.brasildefato.com.br
Os 150 indígenas que ocupavam há treze dias o prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Litoral Sul, no Centro de Curitiba, decidiram deixar o local na manhã desta quarta-feira (7). A decisão foi motivada por um acordo entre os ocupantes e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que prometeu exonerar amanhã ao menos seis funcionários responsáveis pela gestão da unidade, a pedido dos manifestantes. O nome dos profissionais que devem deixar o cargo não foi confirmado pela pasta.
Os caciques apostam que as mudanças na coordenação do Distrito podem ajudar a resolver, por exemplo, problemas de saneamento básico nas comunidades, muitas delas localizadas ao lado de esgotos a céu aberto e rios com água contaminada. "Queremos uma saúde indígena de qualidade e que possa chegar a todos sem discriminação (...), mas a gestão está colocando seus interesses pessoais à frente da causa coletiva", resumiu em nota oficial o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Litoral Sul, Zico da Silva. "Somos a favor da exoneração imediata".
As mobilizações que começaram no dia 24 de novembro foram articuladas por lideranças de comunidades indígenas ligadas à Comissão Ywyrupa e à Articulação dos Povos Indígenas (Arpin) Sudeste. Segundo o cacique Aridju Xondaro, que se reuniu hoje com o ministro Ricardo Barros em Brasília, a exoneração dos gestores será publicada em Diário Oficial na manhã desta quinta-feira (8). A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (MS) não confirma essa informação, justamente porque ela terá caráter oficial somente a partir de amanhã - a exemplo do que foi sinalizado pelo cacique. "Agora, se ele [Ricardo Barros] não exonerar, amanhã faremos uma ocupação em massa", garante Xondaro.
Seis anos de insatisfação
Em entrevista ao Brasil de Fato na semana passada, a liderança indígena Tupã Rendy disse que a precariedade do atual cenário se deve em grande medida à transferência da gerência da atenção à saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a chamada Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em outubro de 2010. "Desde o tempo que a Sesai assumiu, não fizeram nada nas comunidades. É um descaso", desabafou.
Além dos problemas de saneamento, os indígenas questionam a retirada de dezenas de automóveis que, até 2010, serviam para levar pacientes para consultas e emergências médicas. Nos poucos veículos que continuam disponíveis para uso da comunidade, falta combustível.
Responsabilidade do Ministério
A ocupação do DSEI Litoral Sul terminou pacificamente após treze dias de mobilizações que envolveram centenas de indígenas de aldeias de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A unidade faz parte dos 34 Distritos ligados à Sesai, subordinada ao Ministério da Saúde.
Embora admita certa expectativa sobre o perfil dos novos gestores, o cacique Aridju Xondaro disse que as comunidades não indicaram nenhum nome nem vão participar do processo de nomeação. "Nós somos indígenas, não temos que indicar ninguém. A responsabilidade é toda do gabinete do ministro", completa.
https://www.brasildefato.com.br/2016/12/07/com-promessa-de-exoneracao-de-gestores-indigenas-desocupam-predio-do-ms-em-curitiba/
Os caciques apostam que as mudanças na coordenação do Distrito podem ajudar a resolver, por exemplo, problemas de saneamento básico nas comunidades, muitas delas localizadas ao lado de esgotos a céu aberto e rios com água contaminada. "Queremos uma saúde indígena de qualidade e que possa chegar a todos sem discriminação (...), mas a gestão está colocando seus interesses pessoais à frente da causa coletiva", resumiu em nota oficial o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Litoral Sul, Zico da Silva. "Somos a favor da exoneração imediata".
As mobilizações que começaram no dia 24 de novembro foram articuladas por lideranças de comunidades indígenas ligadas à Comissão Ywyrupa e à Articulação dos Povos Indígenas (Arpin) Sudeste. Segundo o cacique Aridju Xondaro, que se reuniu hoje com o ministro Ricardo Barros em Brasília, a exoneração dos gestores será publicada em Diário Oficial na manhã desta quinta-feira (8). A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (MS) não confirma essa informação, justamente porque ela terá caráter oficial somente a partir de amanhã - a exemplo do que foi sinalizado pelo cacique. "Agora, se ele [Ricardo Barros] não exonerar, amanhã faremos uma ocupação em massa", garante Xondaro.
Seis anos de insatisfação
Em entrevista ao Brasil de Fato na semana passada, a liderança indígena Tupã Rendy disse que a precariedade do atual cenário se deve em grande medida à transferência da gerência da atenção à saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a chamada Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em outubro de 2010. "Desde o tempo que a Sesai assumiu, não fizeram nada nas comunidades. É um descaso", desabafou.
Além dos problemas de saneamento, os indígenas questionam a retirada de dezenas de automóveis que, até 2010, serviam para levar pacientes para consultas e emergências médicas. Nos poucos veículos que continuam disponíveis para uso da comunidade, falta combustível.
Responsabilidade do Ministério
A ocupação do DSEI Litoral Sul terminou pacificamente após treze dias de mobilizações que envolveram centenas de indígenas de aldeias de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A unidade faz parte dos 34 Distritos ligados à Sesai, subordinada ao Ministério da Saúde.
Embora admita certa expectativa sobre o perfil dos novos gestores, o cacique Aridju Xondaro disse que as comunidades não indicaram nenhum nome nem vão participar do processo de nomeação. "Nós somos indígenas, não temos que indicar ninguém. A responsabilidade é toda do gabinete do ministro", completa.
https://www.brasildefato.com.br/2016/12/07/com-promessa-de-exoneracao-de-gestores-indigenas-desocupam-predio-do-ms-em-curitiba/
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