De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
"Mba'Apo - Trabalhadores Indígenas"
16/01/2017
Fonte: O Progresso- http://www.progresso.com.br
Para desmitificar o preconceito ao qual se vive os indígenas douradenses, os diretores Diego Capilé e Bruno Dias estão produzindo nas aldeias indígenas de Dourados, o documentário "Mba'Apo - Trabalhadores Indígenas".
Segundo Diego, a intenção é trazer uma reflexão a respeito do preconceito em relação à vida profissional das etnias guarani nhandeva, kaiowá e terena, da região de Dourados. Eles desempenham funções nas usinas de cana-de-açúcar, limpeza das ruas, construção civil, agricultura familiar, dentre outras.
"O documentário tem o intuito de mostrar o cotidiano profissional da comunidade indígena, desfazendo aquela ideia do mito do índio preguiçoso", diz Diego.
A produção intitulada "Mba Apo", palavra guarani que significa trabalhador - , traz entrevistas, onde os indígenas expõem sobre o seu cotidiano, as relações trabalhistas, as ambições profissionais e o processo discriminatório histórico. "O grupo dominante, que está na elite luta para que as coisas não mudem, e nós lutamos pelo contrário" declara um trabalhador indígena em um vídeo institucional do documentário postado no Facebook.
Ele relata que os desafios da equipe de produção foi a dificuldade de logística quanto a situação das estradas e a timidez dos indígenas ao serem filmados. "Mas vem sendo gratificante vencer todos estes obstáculos e poder compartilhar a realidade das comunidades indígenas de Dourados", pondera. Diego conta que durante as gravações, a equipe presenciou situações de opressão em que os indígenas são submetidos. Ele chegou a gravar quando um avião fez um despejamento de agrotóxico químico sobre a comunidade nativa. Capilé afirma que o contato com os indígenas durante o período de gravações tem sido um aprendizado. "Muitas situações de opressão, preconceito, que as comunidades indígenas se deparam, teriam mais impacto se fossem sentidas na pele de não-indígenas. Hoje em dia esta realidade está mudando já que nossos irmãos nativos estão reivindicando mais seus direitos", constata.
As filmagens do documentário tiveram início em 2012 e está previsto para ser lançado no primeiro semestre deste ano. Um "teaser" (vídeo de divulgação), está disponível na página do Facebook: Mba'Apo - Trabalhadores Indígenas.
Contextos
Os habitantes originários do Mato Grosso do Sul, os guarani nhandeva e guarani kaiowá, passam desde o final do século XIX um processo de dominação e espoliação, que predomina até hoje. Seja através da extração da erva mate, na derrubada de suas matas para abertura de pastos, seja nos canaviais e plantações de soja que roubam suas terras. A mão de obra indígena é uma constante em cada um dos ciclos econômicos atravessados pela região, antes e depois do surgimento do Estado do Mato Grosso do Sul. Surgiu aqui o mito do índio sem ocupação profissional.
http://www.progresso.com.br/caderno-b/mba-apo-trabalhadores-indigenas
Segundo Diego, a intenção é trazer uma reflexão a respeito do preconceito em relação à vida profissional das etnias guarani nhandeva, kaiowá e terena, da região de Dourados. Eles desempenham funções nas usinas de cana-de-açúcar, limpeza das ruas, construção civil, agricultura familiar, dentre outras.
"O documentário tem o intuito de mostrar o cotidiano profissional da comunidade indígena, desfazendo aquela ideia do mito do índio preguiçoso", diz Diego.
A produção intitulada "Mba Apo", palavra guarani que significa trabalhador - , traz entrevistas, onde os indígenas expõem sobre o seu cotidiano, as relações trabalhistas, as ambições profissionais e o processo discriminatório histórico. "O grupo dominante, que está na elite luta para que as coisas não mudem, e nós lutamos pelo contrário" declara um trabalhador indígena em um vídeo institucional do documentário postado no Facebook.
Ele relata que os desafios da equipe de produção foi a dificuldade de logística quanto a situação das estradas e a timidez dos indígenas ao serem filmados. "Mas vem sendo gratificante vencer todos estes obstáculos e poder compartilhar a realidade das comunidades indígenas de Dourados", pondera. Diego conta que durante as gravações, a equipe presenciou situações de opressão em que os indígenas são submetidos. Ele chegou a gravar quando um avião fez um despejamento de agrotóxico químico sobre a comunidade nativa. Capilé afirma que o contato com os indígenas durante o período de gravações tem sido um aprendizado. "Muitas situações de opressão, preconceito, que as comunidades indígenas se deparam, teriam mais impacto se fossem sentidas na pele de não-indígenas. Hoje em dia esta realidade está mudando já que nossos irmãos nativos estão reivindicando mais seus direitos", constata.
As filmagens do documentário tiveram início em 2012 e está previsto para ser lançado no primeiro semestre deste ano. Um "teaser" (vídeo de divulgação), está disponível na página do Facebook: Mba'Apo - Trabalhadores Indígenas.
Contextos
Os habitantes originários do Mato Grosso do Sul, os guarani nhandeva e guarani kaiowá, passam desde o final do século XIX um processo de dominação e espoliação, que predomina até hoje. Seja através da extração da erva mate, na derrubada de suas matas para abertura de pastos, seja nos canaviais e plantações de soja que roubam suas terras. A mão de obra indígena é uma constante em cada um dos ciclos econômicos atravessados pela região, antes e depois do surgimento do Estado do Mato Grosso do Sul. Surgiu aqui o mito do índio sem ocupação profissional.
http://www.progresso.com.br/caderno-b/mba-apo-trabalhadores-indigenas
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