De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Indígenas são retirados da rodoviária de Florianópolis por decisão judicial

21/01/2017

Fonte: G1- http://g1.globo.com



As famílias indígenas alojadas no Terminal Rita Maria, em Florianópolis, foram retiradas do local, por decisão judicial divulgada na sexta-feira (20). Elas foram para o terminal de ônibus desativado do Saco dos Limões na manhã deste sábado (21).

Conforme a Secretaria de Assistência Social, a Casa José Boiteux, que receberia os índios, foi descartada por não oferecer estrutura adequada.

Cerca de 70 indígenas vindos do Paraná e do Rio Grande do Sul foram levados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Saco dos Limões. O órgão deve oferecer também cestas básicas. A prefeitura de Florianópolis colocou à disposição das famílias marmitas, além do transporte, todos os dias, para o Centro da capital.

No terminal do Saco dos Limões foram colocados ao menos 15 colchões para acomodar os índios pelos próximos dias, até que União, Funai, Estado e Prefeitura providenciem outro local mais próximo ao centro. De acordo com a decisão judicial, as famílias indígenas devem ficar na cidade até o fim de março.


Cem índios na capital


São ao menos 100 índios da tribo Kaingang, entre adultos e crianças que estão em Florianópolis desde o início de dezembro. Parte do grupo mora de favor na casa de conhecidos, mas muitos estavam embaixo de viadutos, sem higiene e segurança.

Nesta condição, estavam pelo menos 30 pessoas que foram transferidas para o abrigo provisório.

As crianças ficam junto das mães, expostas a situações como a relatada por Vanda. "A gente não dorme à noite, a gente cuida das crianças", contou Roseli dos Santos, que é indígena.

Os pais se arriscam para vender cestos, chapéus e outras peças, por valores que vão de R$ 5 a R$ 50. A maioria passa o dia nas calçadas da cidade e quando escurece não tem para onde voltar.


MPF intervém


O Ministério Público Federal havia requisitado providências urgentes para evitar incidentes com os índios na capital. Em 16 de dezembro, deu 48 horas para a Funai, para a prefeitura e para a secretaria do patrimônio da União acomodarem os índios no Terminal Integrado do Saco dos Limões, que tem banheiros com duchas, cozinhas e é cercado.


Cultura indígena


Na região da Grande Florianópolis, a Funai tem uma sede, em São José, mas não se manifesta sobre o caso. Em Chapecó, a Funai diz que, depois da morte do menino Vítor Pinto, assassinado em Imbituba em dezembro de 2015, passou a orientar os indígenas que vão vender artesanato no Litoral.

"Vender artesanato, fazer artesanato faz parte da cultura Kaingang. A gente dialogou muito com eles nesse sentido, para tomarem muito cuidado com as crianças. Dialogamos também com as prefeituras. A gente sempre dá um documento para eles levarem dizendo quem e de que povo eles são", comentou a coordenadora social da Funai Azelene Inácio.


Solução imediata


Na prática, as medidas não se mostram suficientes para garantir a segurança e o respeito aos direitos dos indígenas. "A gente sabe que eles são responsáveis por nós, mas eles não chegam para nos visitar ou mesmo conversar, porque a gente está pedindo uma ajuda", comentou a indígena Roseli dos Santos.



http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2017/01/indigenas-sao-retirados-da-rodoviaria-de-florianopolis-por-decisao-judicial.html
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.