De Pueblos Indígenas en Brasil
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Notícias
Professor da Ufopa abre debate em capítulo de livro sobre perspectiva de indígenas sobre plantas
10/02/2021
Fonte: G1 Santarém e Região - g1.globo.com/pa/santarem-regiao
Texto 'Contradomesticação na Amazônia indígena: a botânica da precaução' é resultado do projeto de pesquisa realizado por Miguel Aparício desde 2019.
Por G1 Santarém - PA
10/02/2021 15h14 Atualizado há 2 anos
Com o resultado do projeto de pesquisa realizado desde 2019, um professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, publicou um texto no livro "Vozes vegetais: diversidade, resistências e histórias da floresta" que abre debate sobre perspectiva de indígenas sobre plantas.
O projeto de pesquisa de Miguel Aparício, vinculado ao Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) da Ufopa, foi denominado "Relações interespecíficas na Amazônia: domesticação, mutualismos e contradomesticações". No texto publicado no livro, ele contrapõe a ideia de controle dos seres humanos sobre as plantas.
O autor abre o debate sobre a perspectiva da ecologia de "domesticação da floresta amazônica", que destaca a gestão das paisagens por meio da adaptação das plantas aos usos e necessidades humanas. Nesse contexto, apresenta a concepção indígena, sobretudo dos Banawá e Suruwahá, que vivem na região do rio Purus, no Amazonas (AM), que demonstram uma visão mais complexa sobre a relação com a floresta.
Para Miguel, as concepções indígenas insistem na sociabilidade entre humanos e plantas: por um lado, as plantas também são capazes de domesticar os humanos e de estabelecer relações sociais com eles. E, por outro, os povos indígenas resistem à ideia de domínio humano sobre as plantas, e mostram que o excesso de controle pode provocar a vingança vegetal sobre os humanos.
"Trata-se de uma 'botânica da precaução' em que os conhecimentos indígenas abrem perspectivas inovadoras para avançarmos no campo da crise climática, do colapso ambiental e das ameaças derivadas da perda de biodiversidade", explica Aparício.
Sobre o livro
A publicação internacional reúne 17 textos de profissionais de diversas áreas sobre as recentes discussões a respeito da relação entre seres humanos e plantas no Brasil, construída de forma coletiva pelo Centro de Estudos Ameríndios e pelo Instituto de Estudos Brasileiros, ambos da Universidade de São Paulo (USP), pelo Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Programa Patrimoines Locaux et Gouvernance (PALOC) do Institute de Recherche pour le Développement (IRD).
https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2021/02/10/professor-da-ufopa-abre-debate-em-capitulo-de-livro-sobre-perspectiva-de-indigenas-sobre-plantas.ghtml
Por G1 Santarém - PA
10/02/2021 15h14 Atualizado há 2 anos
Com o resultado do projeto de pesquisa realizado desde 2019, um professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, publicou um texto no livro "Vozes vegetais: diversidade, resistências e histórias da floresta" que abre debate sobre perspectiva de indígenas sobre plantas.
O projeto de pesquisa de Miguel Aparício, vinculado ao Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) da Ufopa, foi denominado "Relações interespecíficas na Amazônia: domesticação, mutualismos e contradomesticações". No texto publicado no livro, ele contrapõe a ideia de controle dos seres humanos sobre as plantas.
O autor abre o debate sobre a perspectiva da ecologia de "domesticação da floresta amazônica", que destaca a gestão das paisagens por meio da adaptação das plantas aos usos e necessidades humanas. Nesse contexto, apresenta a concepção indígena, sobretudo dos Banawá e Suruwahá, que vivem na região do rio Purus, no Amazonas (AM), que demonstram uma visão mais complexa sobre a relação com a floresta.
Para Miguel, as concepções indígenas insistem na sociabilidade entre humanos e plantas: por um lado, as plantas também são capazes de domesticar os humanos e de estabelecer relações sociais com eles. E, por outro, os povos indígenas resistem à ideia de domínio humano sobre as plantas, e mostram que o excesso de controle pode provocar a vingança vegetal sobre os humanos.
"Trata-se de uma 'botânica da precaução' em que os conhecimentos indígenas abrem perspectivas inovadoras para avançarmos no campo da crise climática, do colapso ambiental e das ameaças derivadas da perda de biodiversidade", explica Aparício.
Sobre o livro
A publicação internacional reúne 17 textos de profissionais de diversas áreas sobre as recentes discussões a respeito da relação entre seres humanos e plantas no Brasil, construída de forma coletiva pelo Centro de Estudos Ameríndios e pelo Instituto de Estudos Brasileiros, ambos da Universidade de São Paulo (USP), pelo Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Programa Patrimoines Locaux et Gouvernance (PALOC) do Institute de Recherche pour le Développement (IRD).
https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2021/02/10/professor-da-ufopa-abre-debate-em-capitulo-de-livro-sobre-perspectiva-de-indigenas-sobre-plantas.ghtml
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