De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Brazil Potash abre negociações na bolsa de valores de Nova York
18/12/2024
Fonte: Amazonas Atual - amazonasatual.com.br
MANAUS - Representantes da Brazil Potash Corporation, controladora da Potássio do Brasil, tocaram o sino de abertura do pregão da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York) na manhã desta quarta-feira (18). O ato simboliza a abertura do mercado para investidores.
Desde o dia 27 de novembro, a companhia lista suas ações na bolsa americana sob o código GRO. No primeiro dia de negociações, a companhia levantou US$ 30 milhões com uma oferta pública inicial de ações (IPO), precificada em 15 dólares por ação.
A estreia, no entanto, não teve o resultado esperado. A ação fechou em queda de 7,8%, a US$ 13,82. Nos dias seguintes, caiu ainda mais, atingindo US$ 8,55.
Nesta quarta-feira, a equipe da empresa esteve presente na bolsa para poder fazer a abertura do pregão. O ato foi classificado pela Nyse como "boas-vindas" à companhia.
Matt Simpson, CEO, Mayo Schmidt, Presidente do Conselho Entrante, e Stan Bharti, Fundador, tocaram o Sino de Abertura. O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, também estava presente na cerimônia de Nova York.
A empresa, que pretende produzir fertilizantes de potássio no município de Autazes (a 112 quilômetros de Manaus), obteve em outubro deste ano as últimas licenças para construir o empreendimento.
Com as autorizações, a companhia informou que daria continuidade às obras de implantação do projeto, com as atividades necessárias para o funcionamento da mina de potássio e o beneficiamento da silvinita.
As licenças também autorizaram a abertura de uma estrada e a construção de um porto de embarque, na margem esquerda do Rio Madeira, para escoar a produção de potássio.
Desde 2015, a companhia tenta viabilizar a exploração do minério na jazida de Autazes, mas o plano esbarra em interesses indígenas e ambientais.
A Justiça Federal do Amazonas proferiu diversas decisões reforçando que a licença ambiental do empreendimento só pode ser concedida pelo Ibama após consulta aos povos indígenas e com autorização do Congresso Nacional. As mesmas decisões foram suspensas em segunda instância.
Contestação
Em maio deste ano, um grupo de indígenas da Aldeia Lago Soares, incluindo o tuxaua Filipe Gabriel Mura, de 26 anos, relatou que a tensão na região aumentou, com ameaças de morte a indígenas contrários ao empreendimento.
O grupo esteve na sede do MPF (Ministério Público Federal), em Manaus, e participou de entrevista concedida pelos procuradores da República Fernando Soave e Sofia Farias, que são responsáveis pelas ações judiciais contra a Potássio do Brasil.
Na entrevista, os procuradores fizeram um apelo aos defensores da exploração de potássio em Autazes. Sem mencionar o Ipaam e a Potássio do Brasil, Fernando Soave declarou: "Parem, por favor, essas violações, essas manipulações. Tomara que não, mas daqui a pouco [teremos] essas mortes, porque ameaça já tem. Essas ameaças estão nas mãos de quem está permitido que esse empreendimento avance. Parem com isso".
Os procuradores pedem que a Potássio do Brasil aguarde a conclusão da delimitação da área reivindicada pelo povo Mura para que, depois, verifique a viabilidade do empreendimento. Os estudos estão sendo conduzidos pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
"Os estudos para a demarcação já estão avançados. Daqui a alguns meses ou talvez um ano, [a gente] já vai ter uma noção de onde vai ser esse território, pelo menos do ponto de vista administrativo pela Funai", afirmou Soave.
Na entrevista, um dos indígenas relatou que recebeu ligação de número restrito e ouviu que os passos dele estavam contatos. Eles também relataram que drones têm sobrevoado as comunidades e assustado os indígenas.
Apoio parcial
O empreendimento tem apoio de parte dos indígenas. Em maio, o CIM (Conselho Indígena Mura), publicou nota de repúdio à Ufam (Universidade Federal do Amazonas) em razão da suspensão do termo de cooperação firmado entre a instituição e a empresa Potássio do Brasil para o Projeto Autazes Sustentável.
"Tal decisão demonstra não apenas uma postura parcial, mas também o desinteresse da instituição em fomentar o desenvolvimento sustentável, tão necessário para as comunidades da região e almejado pela maioria do povo indígena Mura", diz trecho da nota assinada pelo coordenador geral do CIM, Kléber de Almeida Prado.
O CIM afirmou que iria procurar nova instituição para tocar o projeto. "Diante desse cenário, [O CIM] buscará novos parceiros no meio acadêmico e científico, que compartilhem o compromisso com o desenvolvimento sustentável das nossas comunidades, sempre pautado no respeito à nossa cultura, à pluralidade e à verdade dos fatos", diz trecho da nota.
https://amazonasatual.com.br/potassio-do-brasil-abre-negociacoes-na-bolsa-de-valores-de-nova-york/
Desde o dia 27 de novembro, a companhia lista suas ações na bolsa americana sob o código GRO. No primeiro dia de negociações, a companhia levantou US$ 30 milhões com uma oferta pública inicial de ações (IPO), precificada em 15 dólares por ação.
A estreia, no entanto, não teve o resultado esperado. A ação fechou em queda de 7,8%, a US$ 13,82. Nos dias seguintes, caiu ainda mais, atingindo US$ 8,55.
Nesta quarta-feira, a equipe da empresa esteve presente na bolsa para poder fazer a abertura do pregão. O ato foi classificado pela Nyse como "boas-vindas" à companhia.
Matt Simpson, CEO, Mayo Schmidt, Presidente do Conselho Entrante, e Stan Bharti, Fundador, tocaram o Sino de Abertura. O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, também estava presente na cerimônia de Nova York.
A empresa, que pretende produzir fertilizantes de potássio no município de Autazes (a 112 quilômetros de Manaus), obteve em outubro deste ano as últimas licenças para construir o empreendimento.
Com as autorizações, a companhia informou que daria continuidade às obras de implantação do projeto, com as atividades necessárias para o funcionamento da mina de potássio e o beneficiamento da silvinita.
As licenças também autorizaram a abertura de uma estrada e a construção de um porto de embarque, na margem esquerda do Rio Madeira, para escoar a produção de potássio.
Desde 2015, a companhia tenta viabilizar a exploração do minério na jazida de Autazes, mas o plano esbarra em interesses indígenas e ambientais.
A Justiça Federal do Amazonas proferiu diversas decisões reforçando que a licença ambiental do empreendimento só pode ser concedida pelo Ibama após consulta aos povos indígenas e com autorização do Congresso Nacional. As mesmas decisões foram suspensas em segunda instância.
Contestação
Em maio deste ano, um grupo de indígenas da Aldeia Lago Soares, incluindo o tuxaua Filipe Gabriel Mura, de 26 anos, relatou que a tensão na região aumentou, com ameaças de morte a indígenas contrários ao empreendimento.
O grupo esteve na sede do MPF (Ministério Público Federal), em Manaus, e participou de entrevista concedida pelos procuradores da República Fernando Soave e Sofia Farias, que são responsáveis pelas ações judiciais contra a Potássio do Brasil.
Na entrevista, os procuradores fizeram um apelo aos defensores da exploração de potássio em Autazes. Sem mencionar o Ipaam e a Potássio do Brasil, Fernando Soave declarou: "Parem, por favor, essas violações, essas manipulações. Tomara que não, mas daqui a pouco [teremos] essas mortes, porque ameaça já tem. Essas ameaças estão nas mãos de quem está permitido que esse empreendimento avance. Parem com isso".
Os procuradores pedem que a Potássio do Brasil aguarde a conclusão da delimitação da área reivindicada pelo povo Mura para que, depois, verifique a viabilidade do empreendimento. Os estudos estão sendo conduzidos pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
"Os estudos para a demarcação já estão avançados. Daqui a alguns meses ou talvez um ano, [a gente] já vai ter uma noção de onde vai ser esse território, pelo menos do ponto de vista administrativo pela Funai", afirmou Soave.
Na entrevista, um dos indígenas relatou que recebeu ligação de número restrito e ouviu que os passos dele estavam contatos. Eles também relataram que drones têm sobrevoado as comunidades e assustado os indígenas.
Apoio parcial
O empreendimento tem apoio de parte dos indígenas. Em maio, o CIM (Conselho Indígena Mura), publicou nota de repúdio à Ufam (Universidade Federal do Amazonas) em razão da suspensão do termo de cooperação firmado entre a instituição e a empresa Potássio do Brasil para o Projeto Autazes Sustentável.
"Tal decisão demonstra não apenas uma postura parcial, mas também o desinteresse da instituição em fomentar o desenvolvimento sustentável, tão necessário para as comunidades da região e almejado pela maioria do povo indígena Mura", diz trecho da nota assinada pelo coordenador geral do CIM, Kléber de Almeida Prado.
O CIM afirmou que iria procurar nova instituição para tocar o projeto. "Diante desse cenário, [O CIM] buscará novos parceiros no meio acadêmico e científico, que compartilhem o compromisso com o desenvolvimento sustentável das nossas comunidades, sempre pautado no respeito à nossa cultura, à pluralidade e à verdade dos fatos", diz trecho da nota.
https://amazonasatual.com.br/potassio-do-brasil-abre-negociacoes-na-bolsa-de-valores-de-nova-york/
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