De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Povo Warao repudia duplo homicídio em ocupação no Pintolândia
09/01/2025
Autor: Camilla Salustiano e Mariana Assunção
Fonte: Folha BV - https://www.folhabv.com.br
O povo Warao veio a público para manifestar repúdio pelo homicídio de Miguela Perez Cardonaz, de 35 anos, e de seu cônjuge, Jeferson Montia, de 44 anos, ambos migrantes venezuelanos. O casal foi assassinado a tiros em uma ocupação no bairro Pintolândia, na noite dessa quarta-feira (8). A filha deles, uma bebê de cerca de quatro meses, ficou ferida.
Conforme a nota, o casal deixou sete crianças, que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema. O grupo pediu justiça e agilidade na investigação do crime, cujos responsáveis ainda não foram localizados.
"É inaceitável que nosso povo, já marcado por tantas dificuldades e injustiças, tenha que enfrentar tal atrocidade. [...] É alarmante que, em um espaço que deveria ser seguro, um ato tão violento tenha ocorrido. As circunstâncias que levaram a essa tragédia são desconhecidas, mas nós, como comunidade, não podemos ficar em silêncio diante da dor e do sofrimento causado por essa violência", afirmou.
O coordenador executivo do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima (Fórum DCA/RR), Paulo Thadeu, relatou que o local coloca em vulnerabilidade as 167 crianças e adolescentes que moram no local, conforme relatório apresentado pela organização.
"Tudo ali é propenso a prostituição e tráfico. Até quando será preciso morrer mais crianças por desnutrição, sarampo, problemas respiratórios, e agora por tiro?", disse Paulo.
O espaço está localizada no ginásio poliesportivo do Pintolândia, onde funcionava um abrigo exclusivo para migrantes indígenas. Em dezembro de 2024, a FolhaBV visitou a ocupação e constatou a situação de vulnerabilidade em que vivem quase 300 indígenas Warao.
Indígenas Warao relatam medo depois do crime
Após o homicídio, a reportagem foi até a ocupação e conversou com um dos integrantes da comunidade Yakera Ine, que preferiu não ser identificado. Ele afirmou que se sente amedrontado por não saber o que esperar depois do ocorrido.
"Agora estamos muito preocupados. Temos medo pelos parentes, irmãos, maridos e mulheres. Eles podem morrer ou serem mortos. Precisamos de segurança para a comunidade e ajuda das autoridades. Ontem à noite eu não consegui dormir nada. E agora, já não sei como vai ser amanhã", disse.
https://www.folhabv.com.br/policia/povo-warao-repudia-duplo-homicidio-em-ocupacao-no-pintolandia/
Conforme a nota, o casal deixou sete crianças, que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema. O grupo pediu justiça e agilidade na investigação do crime, cujos responsáveis ainda não foram localizados.
"É inaceitável que nosso povo, já marcado por tantas dificuldades e injustiças, tenha que enfrentar tal atrocidade. [...] É alarmante que, em um espaço que deveria ser seguro, um ato tão violento tenha ocorrido. As circunstâncias que levaram a essa tragédia são desconhecidas, mas nós, como comunidade, não podemos ficar em silêncio diante da dor e do sofrimento causado por essa violência", afirmou.
O coordenador executivo do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima (Fórum DCA/RR), Paulo Thadeu, relatou que o local coloca em vulnerabilidade as 167 crianças e adolescentes que moram no local, conforme relatório apresentado pela organização.
"Tudo ali é propenso a prostituição e tráfico. Até quando será preciso morrer mais crianças por desnutrição, sarampo, problemas respiratórios, e agora por tiro?", disse Paulo.
O espaço está localizada no ginásio poliesportivo do Pintolândia, onde funcionava um abrigo exclusivo para migrantes indígenas. Em dezembro de 2024, a FolhaBV visitou a ocupação e constatou a situação de vulnerabilidade em que vivem quase 300 indígenas Warao.
Indígenas Warao relatam medo depois do crime
Após o homicídio, a reportagem foi até a ocupação e conversou com um dos integrantes da comunidade Yakera Ine, que preferiu não ser identificado. Ele afirmou que se sente amedrontado por não saber o que esperar depois do ocorrido.
"Agora estamos muito preocupados. Temos medo pelos parentes, irmãos, maridos e mulheres. Eles podem morrer ou serem mortos. Precisamos de segurança para a comunidade e ajuda das autoridades. Ontem à noite eu não consegui dormir nada. E agora, já não sei como vai ser amanhã", disse.
https://www.folhabv.com.br/policia/povo-warao-repudia-duplo-homicidio-em-ocupacao-no-pintolandia/
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