De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Secas e estiagens respondem por 44% dos desastres ambientais do país
30/01/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Secas e estiagens respondem por 44% dos desastres ambientais do país
No outro extremo, o estudo reforça as previsões de que o aumento do nível do mar irá afetar cidades como Vitória, Rio de Janeiro e Santos
Alice Cravo
30/01/2025
Anuário divulgado nesta quinta-feira pelo Centro Brasil no Clima e pelo Instituto Clima Sociedade mostra que as estiagens e secas são os desastres naturais mais comuns no país desde 2000 e já provocaram mudanças em diversas áreas do Brasil. Pela primeira vez, em 2023, foi registrada a existência de uma região de "clima árido" no Centro-Norte da Bahia. No outro extremo, o estudo reforça as previsões de que o aumento do nível do mar irá afetar cidades como Vitória, Rio de Janeiro e Santos.
De acordo com o documento, as secas e estiagens, como as sofridas pelo Brasil no ano passado, são 44,2% de todos os desastres ambientais registrados no país até 2023. Enxurradas, chuvas intensas, inundações e alagamentos, como os registrados no Rio Grande do Sul, representam 36,8% de todos os desastres no mesmo período.
Além da região árida descoberta no Sertão do São Francisco, na Bahia, o relatório aponta ainda que outras áreas do território brasileiro estão propensas à desertificação, como o Seridó, Gilbués, Irauçuba, Inhamuns, Médio Jaguaribe, Cariris Velhos e Sertão Central.
Apesar do cenário, apenas o Ceará possui um plano efetivo de combate à seca.
Sudeste também é vulnerável
Enquanto o Nordeste está vulnerável à seca, a região Sudeste do país está fragilizada pelas chuvas e pelo aumento da temperatura. Os dados apresentados indicam que áreas metropolitanas do Rio de Janeiro, Santos, Serra Fluminense, Costa Verde e interior do Espírito Santo estão com um aumento de risco de deslizamentos pela quantidade de chuvas.
Com isso, tragédias como a vista em fevereiro de 2023 no Litoral Norte de São Paulo podem ser mais frequentes. Á época, 36 pessoas morrer em São Sebastião.
O estudo aponta ainda que as ondas de calor que atingem o Sudeste intensificam secas e incêndios florestais especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Além disso, o estudo já afirma que o aumento do nível do mar vai afetar as grandes cidades, como Vitória, Rio de Janeiro e Santos.
Apesar do cenário, apenas sete dos 26 estados brasileiros possuem fundos específicos criados pra o enfrentamento às mudanças climáticas. São eles: Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Gases do efeito estufa
O Brasil é apontado como um entre os dez países que mais são emissores de gases do efeito estufa do mundo. O estudo aponta que o aumento de rebanhos bovinos tem contribuído cada vez mais para essas emissões.
Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui o Sistema Brasileiro de de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa para criar um mercado regulado de carbono no país e estabelece limites para a emissão dos gases de efeito estufa, em uma tentativa de reverter esse cenário.
O setor agropecuário do Centro-Oeste foi responsável por 31,9% de todas as emissões agropecuárias nacionais em 2023. Mato Grosso é o maior emissor tanto na pecuária quanto na agricultura, representando 14,6% das emissões agropecuárias nacionais.
No caminho contrário, o Sul é apontado como a região em processo de descarbonização, fruto do aumento da remoção dos gases do efeito estufa através do manejo integrado do solo no setor agropecuário e diminuição do ritmo do desmatamento.
Desmatamento
O relatório aponta uma mudança no perfil de desmatamento, com melhora. No período 2022 e 2023, 18 estados tiveram aumento no desmatamento, enquanto de 2023 a 2024, apenas dois estados seguiram essa tendência: Ceará e Tocantins.
Cerrado: foram desmatados 781.492 hectares - redução de 21% em relação ao período anterior.
Amazônia: foram desmatados 380.038 hectares - redução de 57% em relação ao período anterior.
Caatinga: foram desmatados 181.621 hectares - redução de 9% em relação ao período anterior.
Mata Atlântica: foram desmatados 10.263 hectares - redução de 53% em relação ao período anterior.
Pampa: foram desmatados 1.336 hectares - redução de 56% em relação ao período anterior.
Maranhão, hoje, é o estado que mais desmata no Brasil. Além disso, o Cerrado possui, além do Maranhão, sete dos dez estados que lideram esse indicador.
Houve também redução do desmatamento em território especiais.
Amazônia Legal: foram desmatados 776.551 hectares - redução de 41% em relação ao período anterior.
MATOPIBA: foram desmatados 613.597 hectares - redução de 23% em relação ao período anterior. De 2022 para 2023 o desmatamento havia aumentado em 55% na região.
AMACRO: foram desmatados 42.652 hectares - redução de 69% em relação ao período anterior.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/01/30/secas-e-estiagens-respondem-por-44percent-dos-desastres-ambientais-do-pais.ghtml
No outro extremo, o estudo reforça as previsões de que o aumento do nível do mar irá afetar cidades como Vitória, Rio de Janeiro e Santos
Alice Cravo
30/01/2025
Anuário divulgado nesta quinta-feira pelo Centro Brasil no Clima e pelo Instituto Clima Sociedade mostra que as estiagens e secas são os desastres naturais mais comuns no país desde 2000 e já provocaram mudanças em diversas áreas do Brasil. Pela primeira vez, em 2023, foi registrada a existência de uma região de "clima árido" no Centro-Norte da Bahia. No outro extremo, o estudo reforça as previsões de que o aumento do nível do mar irá afetar cidades como Vitória, Rio de Janeiro e Santos.
De acordo com o documento, as secas e estiagens, como as sofridas pelo Brasil no ano passado, são 44,2% de todos os desastres ambientais registrados no país até 2023. Enxurradas, chuvas intensas, inundações e alagamentos, como os registrados no Rio Grande do Sul, representam 36,8% de todos os desastres no mesmo período.
Além da região árida descoberta no Sertão do São Francisco, na Bahia, o relatório aponta ainda que outras áreas do território brasileiro estão propensas à desertificação, como o Seridó, Gilbués, Irauçuba, Inhamuns, Médio Jaguaribe, Cariris Velhos e Sertão Central.
Apesar do cenário, apenas o Ceará possui um plano efetivo de combate à seca.
Sudeste também é vulnerável
Enquanto o Nordeste está vulnerável à seca, a região Sudeste do país está fragilizada pelas chuvas e pelo aumento da temperatura. Os dados apresentados indicam que áreas metropolitanas do Rio de Janeiro, Santos, Serra Fluminense, Costa Verde e interior do Espírito Santo estão com um aumento de risco de deslizamentos pela quantidade de chuvas.
Com isso, tragédias como a vista em fevereiro de 2023 no Litoral Norte de São Paulo podem ser mais frequentes. Á época, 36 pessoas morrer em São Sebastião.
O estudo aponta ainda que as ondas de calor que atingem o Sudeste intensificam secas e incêndios florestais especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Além disso, o estudo já afirma que o aumento do nível do mar vai afetar as grandes cidades, como Vitória, Rio de Janeiro e Santos.
Apesar do cenário, apenas sete dos 26 estados brasileiros possuem fundos específicos criados pra o enfrentamento às mudanças climáticas. São eles: Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Gases do efeito estufa
O Brasil é apontado como um entre os dez países que mais são emissores de gases do efeito estufa do mundo. O estudo aponta que o aumento de rebanhos bovinos tem contribuído cada vez mais para essas emissões.
Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui o Sistema Brasileiro de de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa para criar um mercado regulado de carbono no país e estabelece limites para a emissão dos gases de efeito estufa, em uma tentativa de reverter esse cenário.
O setor agropecuário do Centro-Oeste foi responsável por 31,9% de todas as emissões agropecuárias nacionais em 2023. Mato Grosso é o maior emissor tanto na pecuária quanto na agricultura, representando 14,6% das emissões agropecuárias nacionais.
No caminho contrário, o Sul é apontado como a região em processo de descarbonização, fruto do aumento da remoção dos gases do efeito estufa através do manejo integrado do solo no setor agropecuário e diminuição do ritmo do desmatamento.
Desmatamento
O relatório aponta uma mudança no perfil de desmatamento, com melhora. No período 2022 e 2023, 18 estados tiveram aumento no desmatamento, enquanto de 2023 a 2024, apenas dois estados seguiram essa tendência: Ceará e Tocantins.
Cerrado: foram desmatados 781.492 hectares - redução de 21% em relação ao período anterior.
Amazônia: foram desmatados 380.038 hectares - redução de 57% em relação ao período anterior.
Caatinga: foram desmatados 181.621 hectares - redução de 9% em relação ao período anterior.
Mata Atlântica: foram desmatados 10.263 hectares - redução de 53% em relação ao período anterior.
Pampa: foram desmatados 1.336 hectares - redução de 56% em relação ao período anterior.
Maranhão, hoje, é o estado que mais desmata no Brasil. Além disso, o Cerrado possui, além do Maranhão, sete dos dez estados que lideram esse indicador.
Houve também redução do desmatamento em território especiais.
Amazônia Legal: foram desmatados 776.551 hectares - redução de 41% em relação ao período anterior.
MATOPIBA: foram desmatados 613.597 hectares - redução de 23% em relação ao período anterior. De 2022 para 2023 o desmatamento havia aumentado em 55% na região.
AMACRO: foram desmatados 42.652 hectares - redução de 69% em relação ao período anterior.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/01/30/secas-e-estiagens-respondem-por-44percent-dos-desastres-ambientais-do-pais.ghtml
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