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Rios em Defesa da Vida: a luta contra as hidrelétricas no Teles Pires e Juruena
21/03/2025
Autor: Lucas Duarte
Fonte: Amazônia Latitude - https://www.amazonialatitude.com
Fontes de vida. É o que são as águas dos rios Teles Pires e Juruena que, ao se encontrarem, formam o Rio Tapajós. Elas também são testemunhas da luta incansável de povos indígenas e comunidades locais contra a ameaça das barragens.
São as anciãs de seus povos. Guardiãs de sua memória e história. Ao fornecer água, alimento e transporte, os rios são indispensáveis para a sobrevivência de comunidades ribeirinhas, para uma rica diversidade de espécies e para a manutenção de uma forma de viver, que é única.
Do ponto de vista ecológico, os rios são tão essenciais quanto as florestas que os cercam. Mas um rio saudável precisa ter liberdade para permitir o ir e vir dos peixes e de outros animais e, assim, manter o equilíbrio dos ecossistemas.
Quando algo se impõe em seu caminho, o rio perde parte de sua vitalidade, comprometendo ciclos naturais importantes como a migração de peixes e o fluxo de tartarugas que deixam de poder navegar de volta às origens para desovar em locais apropriados.
É por isso que as barragens param mais do que as águas de um rio. Elas ameaçam pôr fim à vida em sua plenitude.
O rio Teles Pires, que banha o estado do Mato Grosso e o Pará, hoje é o mais atingido por hidrelétricas na Amazônia. Apenas para a construção da (UHE) Usina Hidrelétrica Sinop foram mais de 16 mil hectares alagados, tendo sido realizados apenas 30% da supressão vegetal necessária para a operacionalização do empreendimento. Mesmo assim, ele segue funcionando e gerando bilhões em lucros para empresas privadas, enquanto os atingidos e atingidas seguem desassistidos".
"Águas para a vida e não para a morte" é um dos lemas do Movimento dos Atingidos por Barragens. Foto: Acervo MAB Mato Grosso.
Este é o relato de Jefferson Nascimento, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens no Mato Grosso (MAB-MT).
Ele explica que o rio é a essência da vida e que, com a chegada de grandes empreendimentos hidrelétricos, como o Complexo Teles Pires, as águas desses rios são alteradas, mudando a forma de (sobre)viver de várias comunidades e reduzindo a variedade de espécies.
Esse modelo energético que é vendido como energia limpa e renovável, na verdade, é uma fachada de um mercado bilionário que visa o lucro ao invés da vida das pessoas e dos animais".
As barragens inundam locais sagrados para vários povos e aceleram a emissão de gases, como o metano, ao afogar parte da floresta que não é removida antes da inundação programada.
Planos para afogar o rio
Desde a criação do Fórum Teles Pires, em 2010, movimentos locais têm se articulado, organizando protestos, denunciando violações de direitos e pressionando por maior transparência nos processos de licenciamento.
Em 2024, uma importante conquista foi alcançada: o projeto da Usina Hidrelétrica Castanheira, prevista para ser construída no Rio Arinos, afluente do Juruena, foi retirado do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2025-2034. A vitória é resultado de quase uma década de resistência e mobilização.
A retirada do projeto é fruto da luta das comunidades e das organizações [socioambientais]. Caso contrário, essa hidrelétrica já estaria operando".
Silvio Roberto, também coordenador do MAB-MT, lembra que estes projetos, ou seja, a construção de barragens e de hidrelétricas, muitas vezes funcionam com capital estrangeiro levando os lucros, enquanto deixam os impactos negativos para quem vive nas áreas afetadas.
O MAB trabalha para garantir que esses empreendimentos não sejam construídos, pois sabemos que não resolvem os problemas das comunidades. Muitas vezes, são feitos para beneficiar [apenas os] grandes investidores".
É preciso lembrar que a UHE Castanheira ainda é uma sombra que ameaça a Amazônia e que, mesmo sem ter a Usina Hidrelétrica Castanheira num futuro próximo, o Rio Juruena continua em risco. Isso porque ele é alvo de mais de 180 projetos hidrelétricos. A maioria são pequenas centrais que, somadas, causam grandes impactos.
União para proteger a vida
Atualmente, o Teles Pires é o rio amazônico com o maior número de grandes hidrelétricas em operação: Sinop, Colíder, Teles Pires e São Manoel. A construção dessas usinas resultou na perda de territórios, alteração dos modos de vida das populações locais e graves impactos socioambientais.
Além disso, a implantação da Hidrovia Teles Pires-Tapajós, que busca facilitar o escoamento de grãos do agronegócio, segue impulsionando a demanda por novos empreendimentos hidrelétricos na região.
Iniciativas que são tsunamis buscando inundar a área sem pensar em quem vive nas margens dos rios ou dependem dele para viver.
Povos originários, como os Kayabi, Apiaká e Munduruku não poderiam imaginar que o processo que começou com a invasão portuguesa em seus territórios teria um capítulo tão doloroso.
São séculos de luta contra as sucessivas violações de direitos, intensificadas a partir da década de 1950, quando políticas governamentais incentivaram a exploração agropecuária, mineral e florestal na Amazônia.
Foi durante a Ditadura Militar nos anos de 1980 que começaram os estudos para a construção do complexo hidrelétrico na região, gerando preocupação entre comunidades tradicionais e especialistas ambientais. Um processo que ganhou força no final dos anos 2000.
Do lado de cá, a resistência percebeu que sozinhos não havia como derrotar (ou retardar) esse Golias. Dessa união, nasceu o Fórum Teles Pires em 2010. Instituição que nasce a partir de um "unir forças" contra o inimigo comum, como explica João Andrade, membro do Fórum:
Tudo começou com o Fórum Teles Pires, que reunia universidades, movimentos sociais e comunidades locais para entender os impactos das hidrelétricas e denunciar as violações de direitos das populações atingidas e os impactos ambientais dos empreendimentos".
O movimento teve que enfrentar um cenário de usinas já em fases avançadas de planejamento, dificultando a resistência. "Foi um movimento de trincheira, com grupos defendendo seus territórios sem um diálogo real antes das decisões do governo", narra Andrade.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) teve papel fundamental, capacitando as comunidades sobre os processos de licenciamento e mitigação de impactos. A luta, embora difícil, fortaleceu organizações locais, conectando movimentos e criando redes de apoio que persistem até hoje.
As mobilizações continuam ativas. Desde 2015, o Fórum Teles Pires tem monitorado os impactos das hidrelétricas, produzido dossiês e realizado encontros para fortalecer as comunidades afetadas.
Em 2022, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a associações indígenas intensificaram as ações para exigir responsabilização das empresas e medidas reparatórias.
O que a COP30 tem a ver com isso?
A resistência contra as hidrelétricas que ameaçam os territórios tradicionais da Amazônia e outras regiões do Brasil é fortalecida por apoios financeiros estratégicos.
Sim! Dinheiro é fundamental para que as comunidades impactadas por barragens e hidrelétricas possam lutar por seus direitos. Neste cenário, o apoio contínuo de financiadores comprometidos com a justiça socioambiental é importante.
Este é um dos temas que serão foco da COP30, agendada para novembro de 2025, em Belém, na Amazônia.
O financiamento climático - que será pauta do evento - é central para fortalecer movimentos e garantir que comunidades vulneráveis tenham acesso aos recursos necessários para enfrentar ameaças ambientais e isso quer dizer enfrentar os impactos das hidrelétricas e apoiar iniciativas de resiliência e de regeneração ambiental.
Maíra Krenak, gestora de programas do Fundo Casa Socioambiental, detalha esse desafio:
É maravilhoso quando uma comunidade consegue impedir a construção de um empreendimento desse porte em seu território. Porém, para as comunidades já impactadas, o desafio é ainda maior."
Ela se refere ao fato de que os impactos das hidrelétricas vão além da obra, uma vez que estes empreendimentos causam uma reação em cadeia que mudam dinâmicas sociais, culturais e ambientais na região, atropelando os humanos e sufocando a vida ao seu redor.
Depois que as hidrelétricas são implantadas, desestabilizam todo o território, demanda intervenções mais complexas. Antes de planejar qualquer barragem, é essencial que as comunidades afetadas sejam ouvidas, pois são elas que têm o conhecimento profundo e a conexão com o território. A escuta ativa dessas populações é fundamental para que respeitem os direitos dessas comunidades. Nenhum grande projeto pode interferir nas relações que essas comunidades têm com seu território".
Maíra Krenak reafirma que o financiamento climático, ou seja, garantir que os recursos disponíveis em fundos internacionais contra as mudanças climáticas chegue às comunidades, é uma etapa imprescindível para dar suporte aos povos tradicionais e demais agentes comprometidos com a preservação ambiental.
Para que indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados, extrativistas e os demais guardiões das florestas e dos rios tenham reais chances de buscar formas de retomar seu equilíbrio, reativar sistemas tradicionais de cura e regenerar seus territórios.
Um processo que exemplifica para todos o planeta como viver na medida em que evidencia como mais que uma coisa, o planeta é parte de quem somos, é nosso lar.
Sabemos da importância de considerar as realidades locais e as vozes das comunidades quando se trata de projetos como a construção de barragens. Esses empreendimentos impactam a terra e as comunidades onde são implantados, especialmente aquelas que têm outras relações com o mundo para além de vê-lo como um conjunto de recursos para sobrevivência, mas como espaço de vida, de espiritualidade, de relações com outras essencialidades".
Além disso, o financiamento climático é indispensável para ajudar nas ações jurídicas e monitoramento ambiental. Maíra Krenak destaca: "É essencial acionar a justiça e monitorar os impactos ambientais, reunindo provas das violações de direitos." Isso assegura que as comunidades tenham as ferramentas necessárias para resistir e reverter danos.
Segundo os coordenadores do Movimento Atingidos por Barragens, os apoios financeiros como os do Fundo Casa Socioambiental, têm sido essenciais para fortalecer as mobilizações.
https://www.amazonialatitude.com/2025/03/21/rios-defesa-vida-luta-contra-hidreletricas-teles-pires-juruena/
São as anciãs de seus povos. Guardiãs de sua memória e história. Ao fornecer água, alimento e transporte, os rios são indispensáveis para a sobrevivência de comunidades ribeirinhas, para uma rica diversidade de espécies e para a manutenção de uma forma de viver, que é única.
Do ponto de vista ecológico, os rios são tão essenciais quanto as florestas que os cercam. Mas um rio saudável precisa ter liberdade para permitir o ir e vir dos peixes e de outros animais e, assim, manter o equilíbrio dos ecossistemas.
Quando algo se impõe em seu caminho, o rio perde parte de sua vitalidade, comprometendo ciclos naturais importantes como a migração de peixes e o fluxo de tartarugas que deixam de poder navegar de volta às origens para desovar em locais apropriados.
É por isso que as barragens param mais do que as águas de um rio. Elas ameaçam pôr fim à vida em sua plenitude.
O rio Teles Pires, que banha o estado do Mato Grosso e o Pará, hoje é o mais atingido por hidrelétricas na Amazônia. Apenas para a construção da (UHE) Usina Hidrelétrica Sinop foram mais de 16 mil hectares alagados, tendo sido realizados apenas 30% da supressão vegetal necessária para a operacionalização do empreendimento. Mesmo assim, ele segue funcionando e gerando bilhões em lucros para empresas privadas, enquanto os atingidos e atingidas seguem desassistidos".
"Águas para a vida e não para a morte" é um dos lemas do Movimento dos Atingidos por Barragens. Foto: Acervo MAB Mato Grosso.
Este é o relato de Jefferson Nascimento, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens no Mato Grosso (MAB-MT).
Ele explica que o rio é a essência da vida e que, com a chegada de grandes empreendimentos hidrelétricos, como o Complexo Teles Pires, as águas desses rios são alteradas, mudando a forma de (sobre)viver de várias comunidades e reduzindo a variedade de espécies.
Esse modelo energético que é vendido como energia limpa e renovável, na verdade, é uma fachada de um mercado bilionário que visa o lucro ao invés da vida das pessoas e dos animais".
As barragens inundam locais sagrados para vários povos e aceleram a emissão de gases, como o metano, ao afogar parte da floresta que não é removida antes da inundação programada.
Planos para afogar o rio
Desde a criação do Fórum Teles Pires, em 2010, movimentos locais têm se articulado, organizando protestos, denunciando violações de direitos e pressionando por maior transparência nos processos de licenciamento.
Em 2024, uma importante conquista foi alcançada: o projeto da Usina Hidrelétrica Castanheira, prevista para ser construída no Rio Arinos, afluente do Juruena, foi retirado do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2025-2034. A vitória é resultado de quase uma década de resistência e mobilização.
A retirada do projeto é fruto da luta das comunidades e das organizações [socioambientais]. Caso contrário, essa hidrelétrica já estaria operando".
Silvio Roberto, também coordenador do MAB-MT, lembra que estes projetos, ou seja, a construção de barragens e de hidrelétricas, muitas vezes funcionam com capital estrangeiro levando os lucros, enquanto deixam os impactos negativos para quem vive nas áreas afetadas.
O MAB trabalha para garantir que esses empreendimentos não sejam construídos, pois sabemos que não resolvem os problemas das comunidades. Muitas vezes, são feitos para beneficiar [apenas os] grandes investidores".
É preciso lembrar que a UHE Castanheira ainda é uma sombra que ameaça a Amazônia e que, mesmo sem ter a Usina Hidrelétrica Castanheira num futuro próximo, o Rio Juruena continua em risco. Isso porque ele é alvo de mais de 180 projetos hidrelétricos. A maioria são pequenas centrais que, somadas, causam grandes impactos.
União para proteger a vida
Atualmente, o Teles Pires é o rio amazônico com o maior número de grandes hidrelétricas em operação: Sinop, Colíder, Teles Pires e São Manoel. A construção dessas usinas resultou na perda de territórios, alteração dos modos de vida das populações locais e graves impactos socioambientais.
Além disso, a implantação da Hidrovia Teles Pires-Tapajós, que busca facilitar o escoamento de grãos do agronegócio, segue impulsionando a demanda por novos empreendimentos hidrelétricos na região.
Iniciativas que são tsunamis buscando inundar a área sem pensar em quem vive nas margens dos rios ou dependem dele para viver.
Povos originários, como os Kayabi, Apiaká e Munduruku não poderiam imaginar que o processo que começou com a invasão portuguesa em seus territórios teria um capítulo tão doloroso.
São séculos de luta contra as sucessivas violações de direitos, intensificadas a partir da década de 1950, quando políticas governamentais incentivaram a exploração agropecuária, mineral e florestal na Amazônia.
Foi durante a Ditadura Militar nos anos de 1980 que começaram os estudos para a construção do complexo hidrelétrico na região, gerando preocupação entre comunidades tradicionais e especialistas ambientais. Um processo que ganhou força no final dos anos 2000.
Do lado de cá, a resistência percebeu que sozinhos não havia como derrotar (ou retardar) esse Golias. Dessa união, nasceu o Fórum Teles Pires em 2010. Instituição que nasce a partir de um "unir forças" contra o inimigo comum, como explica João Andrade, membro do Fórum:
Tudo começou com o Fórum Teles Pires, que reunia universidades, movimentos sociais e comunidades locais para entender os impactos das hidrelétricas e denunciar as violações de direitos das populações atingidas e os impactos ambientais dos empreendimentos".
O movimento teve que enfrentar um cenário de usinas já em fases avançadas de planejamento, dificultando a resistência. "Foi um movimento de trincheira, com grupos defendendo seus territórios sem um diálogo real antes das decisões do governo", narra Andrade.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) teve papel fundamental, capacitando as comunidades sobre os processos de licenciamento e mitigação de impactos. A luta, embora difícil, fortaleceu organizações locais, conectando movimentos e criando redes de apoio que persistem até hoje.
As mobilizações continuam ativas. Desde 2015, o Fórum Teles Pires tem monitorado os impactos das hidrelétricas, produzido dossiês e realizado encontros para fortalecer as comunidades afetadas.
Em 2022, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a associações indígenas intensificaram as ações para exigir responsabilização das empresas e medidas reparatórias.
O que a COP30 tem a ver com isso?
A resistência contra as hidrelétricas que ameaçam os territórios tradicionais da Amazônia e outras regiões do Brasil é fortalecida por apoios financeiros estratégicos.
Sim! Dinheiro é fundamental para que as comunidades impactadas por barragens e hidrelétricas possam lutar por seus direitos. Neste cenário, o apoio contínuo de financiadores comprometidos com a justiça socioambiental é importante.
Este é um dos temas que serão foco da COP30, agendada para novembro de 2025, em Belém, na Amazônia.
O financiamento climático - que será pauta do evento - é central para fortalecer movimentos e garantir que comunidades vulneráveis tenham acesso aos recursos necessários para enfrentar ameaças ambientais e isso quer dizer enfrentar os impactos das hidrelétricas e apoiar iniciativas de resiliência e de regeneração ambiental.
Maíra Krenak, gestora de programas do Fundo Casa Socioambiental, detalha esse desafio:
É maravilhoso quando uma comunidade consegue impedir a construção de um empreendimento desse porte em seu território. Porém, para as comunidades já impactadas, o desafio é ainda maior."
Ela se refere ao fato de que os impactos das hidrelétricas vão além da obra, uma vez que estes empreendimentos causam uma reação em cadeia que mudam dinâmicas sociais, culturais e ambientais na região, atropelando os humanos e sufocando a vida ao seu redor.
Depois que as hidrelétricas são implantadas, desestabilizam todo o território, demanda intervenções mais complexas. Antes de planejar qualquer barragem, é essencial que as comunidades afetadas sejam ouvidas, pois são elas que têm o conhecimento profundo e a conexão com o território. A escuta ativa dessas populações é fundamental para que respeitem os direitos dessas comunidades. Nenhum grande projeto pode interferir nas relações que essas comunidades têm com seu território".
Maíra Krenak reafirma que o financiamento climático, ou seja, garantir que os recursos disponíveis em fundos internacionais contra as mudanças climáticas chegue às comunidades, é uma etapa imprescindível para dar suporte aos povos tradicionais e demais agentes comprometidos com a preservação ambiental.
Para que indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados, extrativistas e os demais guardiões das florestas e dos rios tenham reais chances de buscar formas de retomar seu equilíbrio, reativar sistemas tradicionais de cura e regenerar seus territórios.
Um processo que exemplifica para todos o planeta como viver na medida em que evidencia como mais que uma coisa, o planeta é parte de quem somos, é nosso lar.
Sabemos da importância de considerar as realidades locais e as vozes das comunidades quando se trata de projetos como a construção de barragens. Esses empreendimentos impactam a terra e as comunidades onde são implantados, especialmente aquelas que têm outras relações com o mundo para além de vê-lo como um conjunto de recursos para sobrevivência, mas como espaço de vida, de espiritualidade, de relações com outras essencialidades".
Além disso, o financiamento climático é indispensável para ajudar nas ações jurídicas e monitoramento ambiental. Maíra Krenak destaca: "É essencial acionar a justiça e monitorar os impactos ambientais, reunindo provas das violações de direitos." Isso assegura que as comunidades tenham as ferramentas necessárias para resistir e reverter danos.
Segundo os coordenadores do Movimento Atingidos por Barragens, os apoios financeiros como os do Fundo Casa Socioambiental, têm sido essenciais para fortalecer as mobilizações.
https://www.amazonialatitude.com/2025/03/21/rios-defesa-vida-luta-contra-hidreletricas-teles-pires-juruena/
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