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Terras Indígenas fora da Amazônia são mais preservadas que áreas ao seu redor
02/04/2025
Fonte: ClimaInfo - https://climainfo.org.br/artigos/terras-indigenas-fora-da-amazonia-sao-mais-preservadas-
Terras Indígenas fora da Amazônia são mais preservadas que áreas ao seu redor
Apesar de sua importância na preservação florestal, TIs não demarcadas são as mais vulneráveis na Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
povos indígenas guardiões da floresta
2 de abril de 2025
Não é novidade que os Povos Indígenas são os maiores guardiões das florestas, mas os estudos costumam focar na Amazônia. Por isso, o Instituto Socioambiental (ISA) fez um levantamento inédito sobre o papel das Terras Indígenas (TIs) em outros biomas do país. E comprovou a importância dos territórios originários na preservação.
A pesquisa do ISA mostra que as TIs na Caatinga, na Mata Atlântica, nos Pampa e Pantanal continuam 32% mais preservadas do que as áreas em seu entorno. Os territórios nesses biomas perderam, em média, 37% de sua vegetação nativa, mas o desmate ocorreu principalmente antes de sua regularização. Após a demarcação, houve um aumento significativo na regeneração vegetal, evidenciando não apenas a eficácia das estratégias indígenas de manejo como a importância - e a urgência - da demarcação para a recuperação ambiental.
Na Caatinga, por exemplo, cerca de 85% das TIs só foram delimitadas a partir de 1990, informam O Globo, Brasil de Fato e 18horas. Até 2023, elas perderam 29% de sua vegetação original. Embora seja uma perda significativa, as áreas fora das terras demarcadas estão, em média, 51% mais degradadas.
Na Mata Atlântica, onde o processo de demarcação é ainda mais atrasado, 90% do desmatamento aconteceu antes de 2000. Contudo, a partir de 1991, quando mais de um quarto das TIs foram homologadas, 50% das áreas tiveram ganho positivo na regeneração da vegetação, aponta o estudo.
No Pampa, 92% do desmatamento nas TIs ocorreu antes de 2000, quando as terras ainda estavam em processo de regularização. A recuperação de vegetação nessas áreas foi 41% maior do que a perda nos últimos 29 anos, comprovando a resiliência das Áreas Protegidas (APs) e a eficácia das estratégias indígenas de manejo do território.
Já no Pantanal, as TIs se mostram 4,5 vezes mais preservadas que as áreas fora delas. O desmatamento em TIs foi de apenas 5% da vegetação original. No entanto, a TI Kadiwéu, no Mato Grosso do Sul, foi responsável por 67% do total desmatado dentro das TIs do bioma, refletindo a necessidade urgente de desintrusão, monitoramento e proteção efetiva desse território, destaca o ISA.
Em sua conclusão, o estudo reforça que a posse efetiva das Terras Indígenas é essencial para garantir sua integridade socioambiental. Os pesquisadores destacam que as políticas de demarcação, proteção e gestão devem ser integradas, considerando aspectos sociais, culturais e ambientais, já que a degradação ambiental, os conflitos e as invasões ameaçam os Direitos e a segurança física dos Povos Indígenas.
https://climainfo.org.br/artigos/terras-indigenas-fora-da-amazonia-sao-mais-preservadas-que-areas-ao-seu-redor/
Apesar de sua importância na preservação florestal, TIs não demarcadas são as mais vulneráveis na Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
povos indígenas guardiões da floresta
2 de abril de 2025
Não é novidade que os Povos Indígenas são os maiores guardiões das florestas, mas os estudos costumam focar na Amazônia. Por isso, o Instituto Socioambiental (ISA) fez um levantamento inédito sobre o papel das Terras Indígenas (TIs) em outros biomas do país. E comprovou a importância dos territórios originários na preservação.
A pesquisa do ISA mostra que as TIs na Caatinga, na Mata Atlântica, nos Pampa e Pantanal continuam 32% mais preservadas do que as áreas em seu entorno. Os territórios nesses biomas perderam, em média, 37% de sua vegetação nativa, mas o desmate ocorreu principalmente antes de sua regularização. Após a demarcação, houve um aumento significativo na regeneração vegetal, evidenciando não apenas a eficácia das estratégias indígenas de manejo como a importância - e a urgência - da demarcação para a recuperação ambiental.
Na Caatinga, por exemplo, cerca de 85% das TIs só foram delimitadas a partir de 1990, informam O Globo, Brasil de Fato e 18horas. Até 2023, elas perderam 29% de sua vegetação original. Embora seja uma perda significativa, as áreas fora das terras demarcadas estão, em média, 51% mais degradadas.
Na Mata Atlântica, onde o processo de demarcação é ainda mais atrasado, 90% do desmatamento aconteceu antes de 2000. Contudo, a partir de 1991, quando mais de um quarto das TIs foram homologadas, 50% das áreas tiveram ganho positivo na regeneração da vegetação, aponta o estudo.
No Pampa, 92% do desmatamento nas TIs ocorreu antes de 2000, quando as terras ainda estavam em processo de regularização. A recuperação de vegetação nessas áreas foi 41% maior do que a perda nos últimos 29 anos, comprovando a resiliência das Áreas Protegidas (APs) e a eficácia das estratégias indígenas de manejo do território.
Já no Pantanal, as TIs se mostram 4,5 vezes mais preservadas que as áreas fora delas. O desmatamento em TIs foi de apenas 5% da vegetação original. No entanto, a TI Kadiwéu, no Mato Grosso do Sul, foi responsável por 67% do total desmatado dentro das TIs do bioma, refletindo a necessidade urgente de desintrusão, monitoramento e proteção efetiva desse território, destaca o ISA.
Em sua conclusão, o estudo reforça que a posse efetiva das Terras Indígenas é essencial para garantir sua integridade socioambiental. Os pesquisadores destacam que as políticas de demarcação, proteção e gestão devem ser integradas, considerando aspectos sociais, culturais e ambientais, já que a degradação ambiental, os conflitos e as invasões ameaçam os Direitos e a segurança física dos Povos Indígenas.
https://climainfo.org.br/artigos/terras-indigenas-fora-da-amazonia-sao-mais-preservadas-que-areas-ao-seu-redor/
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