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Noticias
COP30: Setor dos Transportes faz plano de redução em 70% das emissões até 2050
12/05/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
COP30: Setor dos Transportes faz plano de redução em 70% das emissões até 2050
Coalizão formada por mais de 50 entidades pretende atrair investimentos da ordem de R$ 600 bilhões em veículos elétricos, ferrovias e biocombustíveis
12/05/2025
Yago Godoy
A Coalizão para a Descarbonização dos Transportes apresentou ao governo federal, nesta segunda-feira, um plano que propõe reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo setor até 2050. As principais ações previstas para alcançar a meta são a ampliação da frota de veículos elétricos e híbridos, o aumento do transporte de cargas por ferrovias e hidrovias e a utilização de biocombustíveis nos diferentes modais. Essas medidas são capazes de reduzir, somadas, cerca de 60% do almejado. O documento foi entregue no evento "Brasil Rumo à COP 30", apresentado pela Motiva (novo nome do Grupo CCR), em parceria com a Editora Globo.
O grupo, formado por mais de 50 associações, entidades e empresas, é liderado pela Motiva, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Ao todo, o projeto propõe 90 medidas para fazer do país um "protagonista global em mobilidade sustentável".
"Esta união de esforços permite a criação de soluções mais robustas, integradas e alinhadas com a realidade brasileira, respeitando aspectos técnicos, operacionais e econômicos", informou a coalizão em nota enviada ao GLOBO.
No Brasil, o setor de transportes é responsável por 11% das emissões. O percentual representa a emissão de 260 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (MtCO₂e) por ano - número que, com a implementação da proposta, cairia para 137 MtCO₂e em 2050. Sem as medidas previstas, o cenário poderá saltar para 424 MtCO₂e até o mesmo ano.
A coalizão foi formada por meio de um pedido do presidente da COP 30, o embaixador André Corrêa do Lago, para que o setor se mobilizasse. A partir disso, o grupo decidiu criar o projeto para oferecer ao governo federal um conjunto de propostas capazes de subsidiar a formulação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que será ser apresentado na COP 30, em Belém, no mês de novembro.
"Essa cooperação mostra como a iniciativa privada brasileira pode agir de forma coordenada para influenciar positivamente os rumos da agenda global do clima. Estamos na década da implementação, e unir forças é essencial para que os projetos e ações sejam viabilizadas e tenham impacto concreto na vida das pessoas", diz outro trecho da nota.
Entenda os principais pontos da proposta
Segundo a coalizão, os investimentos previstos, que somam mais de R$ 600 bilhões até 2050, não serão absorvidos somente pelas entidades que a compõem. Eles representam, na verdade, uma "combinação estratégica de esforços públicos e privados", já que muitas das ações propostas dependem de políticas públicas que atraiam e viabilizem a participação do capital privado.
"O plano de ação serve como um norte técnico e econômico para orientar a formulação de políticas que mobilizem os recursos necessários, com foco em impacto, escala e viabilidade", ressalta o grupo.
Frota de veículos elétricos e híbridos:
Para alcançar o objetivo de reduzir o número de veículos movidos somente à combustão, a coalizão promete eletrificar 50% dos carros de passeio e de 300 mil ônibus ligados ao setor. No entanto, conforme apontado no estudo, a modificação exige a implantação de até 1,9 milhão de postos com infraestrutura para recarga de veículos, um investimento estimado de cerca de R$ 40 bilhões.
Mudanças no transporte de cargas:
A proposta tem o objetivo de aumentar de 31% para 55% a participação dos modais ferroviário e hidroviário no transporte de cargas pelo país. Mesmo assim, a coalizão projeta um crescimento de 18% no volume de movimentações do tipo no setor rodoviário. Para cumprir a meta, são necessários investimentos de mais de R$ 270 bilhões no setor de ferrovias, voltados para a expansão da malha e implementação de tecnologias sustentáveis - hibridização de locomotivas, uso de diesel verde e adoção de sistemas inteligentes de operação ferroviária, por exemplo.
Uso de biocombustíveis:
Somente a utilização de biocombustíveis - etanol, biodiesel, diesel verde, biometano, SAF (Combustível de Aviação Sustentável) e combustíveis sintéticos - já evitaria a emissão de 45 MtCO₂e até 2050. Para isso, a demanda deverá praticamente dobrar, saindo de 30 bilhões de litros para 55 bilhões de litros, uma ação capaz de atrair, segundo o estudo, até R$ 225 bilhões em investimentos.
Descarbonização da mobilidade urbana:
Conforme o plano, as emissões pelo setor de transportes representam 45% das emissões no total das cidades. Para mudar o cenário, as ações necessárias para a descarbonização da mobilidade urbana envolvem otimização de rotas para evitar grandes deslocamentos; estimular o uso de transporte coletivo, bicicletas e metrô; e melhorar a eficiência energética dos serviços, com eletrificação da frota, integração tarifária e criação de zonas de baixa emissão.
https://oglobo.globo.com/brasil/cop-30-amazonia/noticia/2025/05/12/cop30-setor-dos-transportes-faz-plano-de-reducao-em-70percent-das-emissoes-ate-2050.ghtml
Coalizão formada por mais de 50 entidades pretende atrair investimentos da ordem de R$ 600 bilhões em veículos elétricos, ferrovias e biocombustíveis
12/05/2025
Yago Godoy
A Coalizão para a Descarbonização dos Transportes apresentou ao governo federal, nesta segunda-feira, um plano que propõe reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo setor até 2050. As principais ações previstas para alcançar a meta são a ampliação da frota de veículos elétricos e híbridos, o aumento do transporte de cargas por ferrovias e hidrovias e a utilização de biocombustíveis nos diferentes modais. Essas medidas são capazes de reduzir, somadas, cerca de 60% do almejado. O documento foi entregue no evento "Brasil Rumo à COP 30", apresentado pela Motiva (novo nome do Grupo CCR), em parceria com a Editora Globo.
O grupo, formado por mais de 50 associações, entidades e empresas, é liderado pela Motiva, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Ao todo, o projeto propõe 90 medidas para fazer do país um "protagonista global em mobilidade sustentável".
"Esta união de esforços permite a criação de soluções mais robustas, integradas e alinhadas com a realidade brasileira, respeitando aspectos técnicos, operacionais e econômicos", informou a coalizão em nota enviada ao GLOBO.
No Brasil, o setor de transportes é responsável por 11% das emissões. O percentual representa a emissão de 260 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (MtCO₂e) por ano - número que, com a implementação da proposta, cairia para 137 MtCO₂e em 2050. Sem as medidas previstas, o cenário poderá saltar para 424 MtCO₂e até o mesmo ano.
A coalizão foi formada por meio de um pedido do presidente da COP 30, o embaixador André Corrêa do Lago, para que o setor se mobilizasse. A partir disso, o grupo decidiu criar o projeto para oferecer ao governo federal um conjunto de propostas capazes de subsidiar a formulação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que será ser apresentado na COP 30, em Belém, no mês de novembro.
"Essa cooperação mostra como a iniciativa privada brasileira pode agir de forma coordenada para influenciar positivamente os rumos da agenda global do clima. Estamos na década da implementação, e unir forças é essencial para que os projetos e ações sejam viabilizadas e tenham impacto concreto na vida das pessoas", diz outro trecho da nota.
Entenda os principais pontos da proposta
Segundo a coalizão, os investimentos previstos, que somam mais de R$ 600 bilhões até 2050, não serão absorvidos somente pelas entidades que a compõem. Eles representam, na verdade, uma "combinação estratégica de esforços públicos e privados", já que muitas das ações propostas dependem de políticas públicas que atraiam e viabilizem a participação do capital privado.
"O plano de ação serve como um norte técnico e econômico para orientar a formulação de políticas que mobilizem os recursos necessários, com foco em impacto, escala e viabilidade", ressalta o grupo.
Frota de veículos elétricos e híbridos:
Para alcançar o objetivo de reduzir o número de veículos movidos somente à combustão, a coalizão promete eletrificar 50% dos carros de passeio e de 300 mil ônibus ligados ao setor. No entanto, conforme apontado no estudo, a modificação exige a implantação de até 1,9 milhão de postos com infraestrutura para recarga de veículos, um investimento estimado de cerca de R$ 40 bilhões.
Mudanças no transporte de cargas:
A proposta tem o objetivo de aumentar de 31% para 55% a participação dos modais ferroviário e hidroviário no transporte de cargas pelo país. Mesmo assim, a coalizão projeta um crescimento de 18% no volume de movimentações do tipo no setor rodoviário. Para cumprir a meta, são necessários investimentos de mais de R$ 270 bilhões no setor de ferrovias, voltados para a expansão da malha e implementação de tecnologias sustentáveis - hibridização de locomotivas, uso de diesel verde e adoção de sistemas inteligentes de operação ferroviária, por exemplo.
Uso de biocombustíveis:
Somente a utilização de biocombustíveis - etanol, biodiesel, diesel verde, biometano, SAF (Combustível de Aviação Sustentável) e combustíveis sintéticos - já evitaria a emissão de 45 MtCO₂e até 2050. Para isso, a demanda deverá praticamente dobrar, saindo de 30 bilhões de litros para 55 bilhões de litros, uma ação capaz de atrair, segundo o estudo, até R$ 225 bilhões em investimentos.
Descarbonização da mobilidade urbana:
Conforme o plano, as emissões pelo setor de transportes representam 45% das emissões no total das cidades. Para mudar o cenário, as ações necessárias para a descarbonização da mobilidade urbana envolvem otimização de rotas para evitar grandes deslocamentos; estimular o uso de transporte coletivo, bicicletas e metrô; e melhorar a eficiência energética dos serviços, com eletrificação da frota, integração tarifária e criação de zonas de baixa emissão.
https://oglobo.globo.com/brasil/cop-30-amazonia/noticia/2025/05/12/cop30-setor-dos-transportes-faz-plano-de-reducao-em-70percent-das-emissoes-ate-2050.ghtml
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