De Pueblos Indígenas en Brasil
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Cientistas indígenas criam corante de mandioca e blockchain de vestuário
31/03/2025
Autor: Eliane Silva
Fonte: Globo Rural - globorural.globo.com
Cientistas indígenas criam corante de mandioca e blockchain de vestuário
Eliane Silva
4-5 minutos
O cientista índigena Sioduhi Paulino de Lima criou uma tecnologia que transforma resíduos da mandioca em corante têxtil natural. Seu colega Joeliton Vargas Moraes usou blockchain para garantir a rastreabilidade e proteção cultural dos grafismos ancestrais de vestuários de grife indígenas. As duas iniciativas foram as vencedoras da quinta edição do edital Elos da Amazônia - Empreendedorismo Científico Indígena.
Leia também
O Elos da Amazônia, uma iniciativa do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), ONG amazonense com atuação na Amazônia Legal desde 2004, visa reconhecer empreendedores indígenas que desenvolvam tecnologias inovadoras e disruptivas a partir da biodiversidade amazônica para fomentar negócios competitivos, economicamente viáveis, ambientalmente equilibrados e socialmente inclusivos.
Segundo Paulo Simonetti, gestor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, a presença indígena nas universidades tem crescido, mas isso ainda não se reflete na absorção no mercado de trabalho e o edital é uma forma de mudar esse cenário, gerando renda e também fortalecendo as comunidades.
Os negócios selecionados vão receber um investimento de R$ 2 milhões da ONG para estruturação no mercado.
O ManioColor, projeto criado por Sioduhi, do Amazonas, transforma cascas de mandioca em corantes têxteis naturais, alinhando sustentabilidade e conhecimento tradicional. Produzido artesanalmente em São Gabriel da Cachoeira (AM), é extraído com fogo de lenha em casas de forno tradicionais. A tecnologia reforça a economia circular e fortalece a participação da Amazônia no mercado global de corantes.
Sioduhi disse que precisava de suporte para superar desafios como laudos científicos e a semi-industrialização do tingimento têxtil e, ao ver o edital voltado para empreendedores científicos indígenas, sentiu que era uma boa oportunidade.
"Queremos mostrar que nossas ciências e inovações podem beneficiar toda a sociedade. Fortalecer os povos originários é também fortalecer a cultura, a economia e o tecido social de muitas comunidades", disse o inventor em nota.
Usar a tecnologia blockchain na marca de moda indígena Ikaben foi a solução do criador Joelinton para proteger a propriedade intelectual dos grafismos indígenas, assegurando transparência e repasse financeiro direto às comunidades.
A cada venda (peças estão disponíveis no site Ikaben.com.br), 10% do lucro retorna às etnias detentoras dos direitos culturais. O projeto também permite rastrear peças e validar a autenticidade dos produtos.
"A Amazônia não precisa apenas ser explorada, ela precisa ser respeitada e reinventada. Quem vive aqui conhece as suas necessidades e potencialidades. Com a Ikaben estamos desenvolvendo uma tecnologia que valoriza a arte indígena como uma tecnologia ancestral, garantindo inovação com respeito e assegurando que essa essência resista e prospere pelo mundo", explicou o cientista.
Foram apresentadas 55 soluções tecnológicas inovadoras que unem sustentabilidade, cultura e negócios para aplicação em cinco Estados da Amazônia Legal. Os projetos foram avaliados conforme critérios de inovação, impacto socioambiental e viabilidade de implementação por especialistas do Idesam, do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) e dos Ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas.
https://globorural.globo.com/tecnologia-e-inovacao/noticia/2025/03/cientistas-indigenas-criam-corante-de-mandioca-e-blockchain-de-vestuario.ghtml
Eliane Silva
4-5 minutos
O cientista índigena Sioduhi Paulino de Lima criou uma tecnologia que transforma resíduos da mandioca em corante têxtil natural. Seu colega Joeliton Vargas Moraes usou blockchain para garantir a rastreabilidade e proteção cultural dos grafismos ancestrais de vestuários de grife indígenas. As duas iniciativas foram as vencedoras da quinta edição do edital Elos da Amazônia - Empreendedorismo Científico Indígena.
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O Elos da Amazônia, uma iniciativa do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), ONG amazonense com atuação na Amazônia Legal desde 2004, visa reconhecer empreendedores indígenas que desenvolvam tecnologias inovadoras e disruptivas a partir da biodiversidade amazônica para fomentar negócios competitivos, economicamente viáveis, ambientalmente equilibrados e socialmente inclusivos.
Segundo Paulo Simonetti, gestor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, a presença indígena nas universidades tem crescido, mas isso ainda não se reflete na absorção no mercado de trabalho e o edital é uma forma de mudar esse cenário, gerando renda e também fortalecendo as comunidades.
Os negócios selecionados vão receber um investimento de R$ 2 milhões da ONG para estruturação no mercado.
O ManioColor, projeto criado por Sioduhi, do Amazonas, transforma cascas de mandioca em corantes têxteis naturais, alinhando sustentabilidade e conhecimento tradicional. Produzido artesanalmente em São Gabriel da Cachoeira (AM), é extraído com fogo de lenha em casas de forno tradicionais. A tecnologia reforça a economia circular e fortalece a participação da Amazônia no mercado global de corantes.
Sioduhi disse que precisava de suporte para superar desafios como laudos científicos e a semi-industrialização do tingimento têxtil e, ao ver o edital voltado para empreendedores científicos indígenas, sentiu que era uma boa oportunidade.
"Queremos mostrar que nossas ciências e inovações podem beneficiar toda a sociedade. Fortalecer os povos originários é também fortalecer a cultura, a economia e o tecido social de muitas comunidades", disse o inventor em nota.
Usar a tecnologia blockchain na marca de moda indígena Ikaben foi a solução do criador Joelinton para proteger a propriedade intelectual dos grafismos indígenas, assegurando transparência e repasse financeiro direto às comunidades.
A cada venda (peças estão disponíveis no site Ikaben.com.br), 10% do lucro retorna às etnias detentoras dos direitos culturais. O projeto também permite rastrear peças e validar a autenticidade dos produtos.
"A Amazônia não precisa apenas ser explorada, ela precisa ser respeitada e reinventada. Quem vive aqui conhece as suas necessidades e potencialidades. Com a Ikaben estamos desenvolvendo uma tecnologia que valoriza a arte indígena como uma tecnologia ancestral, garantindo inovação com respeito e assegurando que essa essência resista e prospere pelo mundo", explicou o cientista.
Foram apresentadas 55 soluções tecnológicas inovadoras que unem sustentabilidade, cultura e negócios para aplicação em cinco Estados da Amazônia Legal. Os projetos foram avaliados conforme critérios de inovação, impacto socioambiental e viabilidade de implementação por especialistas do Idesam, do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) e dos Ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas.
https://globorural.globo.com/tecnologia-e-inovacao/noticia/2025/03/cientistas-indigenas-criam-corante-de-mandioca-e-blockchain-de-vestuario.ghtml
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