De Pueblos Indígenas en Brasil
Notícias
Entrevista: Krenak critica 'desprestígio' dos Povos Originários no governo e vê 'faca no pescoço' de Lula na área ambiental
03/07/2025
Autor: KRENAK, Ailton
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Entrevista: Krenak critica 'desprestígio' dos Povos Originários no governo e vê 'faca no pescoço' de Lula na área ambiental
Uma das principais lideranças indígenas do país, imortal da ABL avalia que gestão petista é incapaz de 'impor grandes mudanças' diante da postura do Congresso: 'Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior'
03/07/2025
Luis Felipe Azevedo
Ambientalista, escritor, poeta, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e uma das principais lideranças indígenas do país, Ailton Krenak critica, em entrevista ao GLOBO, o que classifica como um "desprestígio" da pasta dos Povos Originários dentro do governo Lula: "Se me dessem um ministério sem orçamento, eu iria agradecer, mas não tomaria posse", diz. Krenak também demonstra preocupação com a atuação do Congresso - que deixaria o presidente "com a faca no pescoço" - em pautas como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas: "Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior".
O líder indígena é cético sobre a realização no Brasil da COP30, a maior conferência climática do mundo, que irá ocorrer em Belém (PA) no fim do ano. Ele avalia que o encontro será um "balcão de negócios de corporações", sem espaço para uma participação efetiva de povos originários: "Aquele circo não é para iniciantes", afirma.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista.
Como o senhor vê a atuação do governo Lula na área ambiental?
Tem sido um trabalho exaustivo para restaurar a infraestrutura de governança ambiental desmantelada no governo anterior. Isso fazia parte do golpe do (ex-presidente Jair) Bolsonaro. O patrimônio natural do país foi depredado como se tivéssemos sido invadidos por uma força inimiga, estrangeira. Admiro a coragem do presidente Lula e a dedicação dele. O vejo desesperado para fazer algo na área, mas não consigo acreditar mais que ele possa reverter a situação porque temos um Congresso dominado por criminosos.
Falta uma cobrança maior da sociedade por proteção ambiental?
A gente não tem uma sociedade mobilizada. As pessoas ficam com o celular na mão, achando que fazer postagens nas redes sociais vai mudar a opinião dos presidentes das Casas.
Como o senhor avalia o trabalho do Ministério dos Povos Originários?
A ministra Sonia Guajajara recebeu uma pasta sem orçamento ou poder dentro do governo. Se me dessem um ministério sem orçamento, eu iria agradecer, mas não tomaria posse. A ministra está carregando o desafio de comandar uma pasta desprestigiada na gestão. Não existe uma forma de realizar o trabalho sem poder político. O problema não é só falta de verba. Não estou esperançoso de que esse governo consiga impor grandes mudanças.
Como o senhor enxerga a aprovação do Marco Temporal pelo Congresso?
É uma mentira jurídica forjada para que a queda de braço tenda sempre a favor do latifúndio, que agora é representado por parlamentares com cara de civilizados, que vão para Paris e Nova York. Os que comandam operações criminosas nas florestas, controlando o garimpo e a mineração, têm mandato de deputado e senador em Brasília. É aí que é decidido o jogo no Brasil, não é na legislação ou na Constituição. Não somos governados por Três Poderes. Somos governados pela grana, e são muito poucos os que a controlam.
Especialistas também criticam o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental e a possibilidade de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, por exemplo.
Vejo esse cenário com preocupação, pois parece que as ações para facilitar a governança de Lula atrapalham o meio ambiente. É como se o governo tivesse ficado refém desse discurso econômico. Eu vivo à margem do Rio Doce, que está destruído pela lama de Mariana. Somos afetados há dez anos pelo resíduo da mineração e não há a devida responsabilização aos causadores do rompimento da barragem.
O senhor acredita que o presidente Lula vetará o projeto caso seja aprovado pela Câmara?
Não acredito que o presidente irá vetar o PL do licenciamento. Acho que o Lula vai arrumar um jeito de acomodar os interesses de ambos os lados. Ele está com a faca no pescoço e vai precisar negociar se quer terminar o governo.
Ele iria contra o que vem defendendo a ministra Marina Silva...
Não acredito que ela fique até o fim do governo, a menos que decida permanecer fiel ao Lula, fazendo tudo o que ele quer. Mas não acredito que ela se tornou ministra para realizar vontades do presidente. Marina tomou posse para cumprir um mandato de ministra. Enquanto Lula quer ter governabilidade, Marina tem a proteção do meio ambiente como prioridade. Eles podem querer o mesmo a longo prazo, mas não têm os mesmos objetivos no curto prazo.
O senhor acredita que a esquerda tem capacidade de apresentar candidaturas viáveis para concorrer no lugar de Lula em 2026, caso o presidente não dispute a reeleição?
Nas últimas eleições, tivemos candidaturas de homens e mulheres que se mostraram capazes de enfrentar o debate com a direita. Mas eles não foram apoiados. Foram abandonados no meio do caminho, inclusive pelo PT. A disputa interna dentro do campo da esquerda impede a consolidação de novos nomes. Enquanto a direita sabe se organizar, a esquerda prefere dar canelada um no outro. Ainda assim, acredito ser possível que esse nome competitivo apareça até o ano que vem.
O que o senhor espera da COP30?
A COP30 pode revelar que as conferências do clima perderam a função de trabalhar globalmente para promover as mudanças necessárias para a preservação do meio ambiente. Elas se tornaram um novo mercado, seja do carbono ou de novas tecnologias, inclusive de big techs. Para bilionários, interessa mais ganhar dinheiro e aumentar sua força política do que cuidar da vida no planeta.
O senhor pretende participar da conferência?
Não. Eu não suportaria o cheiro dos bilionários. Se eu fosse seria apenas para passar vergonha ou raiva.
Com o alto preço das hospedagens, o senhor teme que os povos originários não consigam participar da COP?
Não tenho dúvidas de que haverá uma sub-representação da participação de setores mais vulneráveis economicamente na COP30. Aquele circo não é para iniciantes. Virou um balcão de negócios de corporações, que vão para lá fazer negócios, não interessadas em debates. Uma coalização mundial de povos indígenas está pleiteando junto à presidência da COP para assegurar uma espécie de relatoria para a representação destas comunidades. Essas pessoas acreditam que esse movimento pode trazer alguma mudança. Mas, também, muitos não vão participar porque não acreditam na relevância do documento que vai sair de lá.
A COP30 acontece em um momento em que crimes ambientais estão cada vez mais presentes nos noticiários...
A incidência da violência contra o meio ambiente se multiplicou de uma maneira totalmente desordenada. Por isso, há cada vez mais denúncias, que expressam o crescimento absurdo do desrespeito às normas ambientais globalmente.
Um levantamento do GLOBO mostrou que parlamentares da Amazônia Legal são menos alinhados à pauta ambiental do que a média nacional. Isso representa uma contradição?
Não há uma contradição, já que o comportamento por lá segue a mesma linha que orienta a relação dos países ricos com os pobres. As nações ricas querem impor regras de controle ambiental aos outros, mas não querem ser controladas. No caso da Amazônia, a classe política tem uma atuação que busca tirar proveito do meio ambiente com a destruição como consequência. O caso do senador Randolfe Rodrigues ilustra esse cenário. Ele, que era escudeiro de Lula e Marina, agora quer extrair petróleo no Amapá. Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior.
A situação na Amazônia preocupa o senhor?
A mitologia de que a Amazônia resolve hoje a questão do planeta precisa ser questionada. Se continuarmos estragando a Amazônia, vamos piorar muito a nossa sobrevivência no planeta. Mas o bioma atual já não consegue se comportar como um organismo do planeta que produz vida para todo mundo. A Amazônia mal está conseguindo produzir vida para si mesma. É um ecossistema que, segundo o cientista Carlos Nóbrega, está próximo de entrar em um ponto de não retorno. Esse é um lugar que, se continuarmos piorando, a sobrevivência fica mais difícil. Mas, ainda que a gente pare de destruir, a situação não vai melhorar e continuaremos perdendo qualidade de vida. Do ponto de vista climático, a gente não consegue mais reverter o prejuízo que causamos ao planeta. Costumo dizer que não temos mais o que conservar na diversidade da Terra. O que podemos fazer é um trabalho de mitigação para se lidar com o prejuízo.
Como mostrar para a sociedade que a ideia de desenvolvimento está entrelaçada com a proteção do meio ambiente?
Entendo que o termo desenvolvimento está sendo utilizado de maneira errônea. Prefiro a expressão envolvimento socioambiental, que cuida do humano e do que não é humano. Quando a ministra Marina fala de desenvolvimento sustentável ou responsável, ela está tentando alcançar uma expressão que agrade a todo mundo, mas ninguém consegue isso. Chamar a exploração de petróleo de sustentável, por exemplo, como fazem parlamentares, é um eufemismo, uma desculpa para não confrontar o problema real, que é a ganância, o consumismo.
https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/noticia/2025/07/03/entrevista-krenak-critica-desprestigio-dos-povos-originarios-no-governo-e-ve-faca-no-pescoco-de-lula-na-area-ambiental.ghtml
Uma das principais lideranças indígenas do país, imortal da ABL avalia que gestão petista é incapaz de 'impor grandes mudanças' diante da postura do Congresso: 'Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior'
03/07/2025
Luis Felipe Azevedo
Ambientalista, escritor, poeta, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e uma das principais lideranças indígenas do país, Ailton Krenak critica, em entrevista ao GLOBO, o que classifica como um "desprestígio" da pasta dos Povos Originários dentro do governo Lula: "Se me dessem um ministério sem orçamento, eu iria agradecer, mas não tomaria posse", diz. Krenak também demonstra preocupação com a atuação do Congresso - que deixaria o presidente "com a faca no pescoço" - em pautas como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas: "Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior".
O líder indígena é cético sobre a realização no Brasil da COP30, a maior conferência climática do mundo, que irá ocorrer em Belém (PA) no fim do ano. Ele avalia que o encontro será um "balcão de negócios de corporações", sem espaço para uma participação efetiva de povos originários: "Aquele circo não é para iniciantes", afirma.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista.
Como o senhor vê a atuação do governo Lula na área ambiental?
Tem sido um trabalho exaustivo para restaurar a infraestrutura de governança ambiental desmantelada no governo anterior. Isso fazia parte do golpe do (ex-presidente Jair) Bolsonaro. O patrimônio natural do país foi depredado como se tivéssemos sido invadidos por uma força inimiga, estrangeira. Admiro a coragem do presidente Lula e a dedicação dele. O vejo desesperado para fazer algo na área, mas não consigo acreditar mais que ele possa reverter a situação porque temos um Congresso dominado por criminosos.
Falta uma cobrança maior da sociedade por proteção ambiental?
A gente não tem uma sociedade mobilizada. As pessoas ficam com o celular na mão, achando que fazer postagens nas redes sociais vai mudar a opinião dos presidentes das Casas.
Como o senhor avalia o trabalho do Ministério dos Povos Originários?
A ministra Sonia Guajajara recebeu uma pasta sem orçamento ou poder dentro do governo. Se me dessem um ministério sem orçamento, eu iria agradecer, mas não tomaria posse. A ministra está carregando o desafio de comandar uma pasta desprestigiada na gestão. Não existe uma forma de realizar o trabalho sem poder político. O problema não é só falta de verba. Não estou esperançoso de que esse governo consiga impor grandes mudanças.
Como o senhor enxerga a aprovação do Marco Temporal pelo Congresso?
É uma mentira jurídica forjada para que a queda de braço tenda sempre a favor do latifúndio, que agora é representado por parlamentares com cara de civilizados, que vão para Paris e Nova York. Os que comandam operações criminosas nas florestas, controlando o garimpo e a mineração, têm mandato de deputado e senador em Brasília. É aí que é decidido o jogo no Brasil, não é na legislação ou na Constituição. Não somos governados por Três Poderes. Somos governados pela grana, e são muito poucos os que a controlam.
Especialistas também criticam o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental e a possibilidade de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, por exemplo.
Vejo esse cenário com preocupação, pois parece que as ações para facilitar a governança de Lula atrapalham o meio ambiente. É como se o governo tivesse ficado refém desse discurso econômico. Eu vivo à margem do Rio Doce, que está destruído pela lama de Mariana. Somos afetados há dez anos pelo resíduo da mineração e não há a devida responsabilização aos causadores do rompimento da barragem.
O senhor acredita que o presidente Lula vetará o projeto caso seja aprovado pela Câmara?
Não acredito que o presidente irá vetar o PL do licenciamento. Acho que o Lula vai arrumar um jeito de acomodar os interesses de ambos os lados. Ele está com a faca no pescoço e vai precisar negociar se quer terminar o governo.
Ele iria contra o que vem defendendo a ministra Marina Silva...
Não acredito que ela fique até o fim do governo, a menos que decida permanecer fiel ao Lula, fazendo tudo o que ele quer. Mas não acredito que ela se tornou ministra para realizar vontades do presidente. Marina tomou posse para cumprir um mandato de ministra. Enquanto Lula quer ter governabilidade, Marina tem a proteção do meio ambiente como prioridade. Eles podem querer o mesmo a longo prazo, mas não têm os mesmos objetivos no curto prazo.
O senhor acredita que a esquerda tem capacidade de apresentar candidaturas viáveis para concorrer no lugar de Lula em 2026, caso o presidente não dispute a reeleição?
Nas últimas eleições, tivemos candidaturas de homens e mulheres que se mostraram capazes de enfrentar o debate com a direita. Mas eles não foram apoiados. Foram abandonados no meio do caminho, inclusive pelo PT. A disputa interna dentro do campo da esquerda impede a consolidação de novos nomes. Enquanto a direita sabe se organizar, a esquerda prefere dar canelada um no outro. Ainda assim, acredito ser possível que esse nome competitivo apareça até o ano que vem.
O que o senhor espera da COP30?
A COP30 pode revelar que as conferências do clima perderam a função de trabalhar globalmente para promover as mudanças necessárias para a preservação do meio ambiente. Elas se tornaram um novo mercado, seja do carbono ou de novas tecnologias, inclusive de big techs. Para bilionários, interessa mais ganhar dinheiro e aumentar sua força política do que cuidar da vida no planeta.
O senhor pretende participar da conferência?
Não. Eu não suportaria o cheiro dos bilionários. Se eu fosse seria apenas para passar vergonha ou raiva.
Com o alto preço das hospedagens, o senhor teme que os povos originários não consigam participar da COP?
Não tenho dúvidas de que haverá uma sub-representação da participação de setores mais vulneráveis economicamente na COP30. Aquele circo não é para iniciantes. Virou um balcão de negócios de corporações, que vão para lá fazer negócios, não interessadas em debates. Uma coalização mundial de povos indígenas está pleiteando junto à presidência da COP para assegurar uma espécie de relatoria para a representação destas comunidades. Essas pessoas acreditam que esse movimento pode trazer alguma mudança. Mas, também, muitos não vão participar porque não acreditam na relevância do documento que vai sair de lá.
A COP30 acontece em um momento em que crimes ambientais estão cada vez mais presentes nos noticiários...
A incidência da violência contra o meio ambiente se multiplicou de uma maneira totalmente desordenada. Por isso, há cada vez mais denúncias, que expressam o crescimento absurdo do desrespeito às normas ambientais globalmente.
Um levantamento do GLOBO mostrou que parlamentares da Amazônia Legal são menos alinhados à pauta ambiental do que a média nacional. Isso representa uma contradição?
Não há uma contradição, já que o comportamento por lá segue a mesma linha que orienta a relação dos países ricos com os pobres. As nações ricas querem impor regras de controle ambiental aos outros, mas não querem ser controladas. No caso da Amazônia, a classe política tem uma atuação que busca tirar proveito do meio ambiente com a destruição como consequência. O caso do senador Randolfe Rodrigues ilustra esse cenário. Ele, que era escudeiro de Lula e Marina, agora quer extrair petróleo no Amapá. Se o melhorzinho dos parlamentares quer tomar petróleo no café da manhã, imagina o pior.
A situação na Amazônia preocupa o senhor?
A mitologia de que a Amazônia resolve hoje a questão do planeta precisa ser questionada. Se continuarmos estragando a Amazônia, vamos piorar muito a nossa sobrevivência no planeta. Mas o bioma atual já não consegue se comportar como um organismo do planeta que produz vida para todo mundo. A Amazônia mal está conseguindo produzir vida para si mesma. É um ecossistema que, segundo o cientista Carlos Nóbrega, está próximo de entrar em um ponto de não retorno. Esse é um lugar que, se continuarmos piorando, a sobrevivência fica mais difícil. Mas, ainda que a gente pare de destruir, a situação não vai melhorar e continuaremos perdendo qualidade de vida. Do ponto de vista climático, a gente não consegue mais reverter o prejuízo que causamos ao planeta. Costumo dizer que não temos mais o que conservar na diversidade da Terra. O que podemos fazer é um trabalho de mitigação para se lidar com o prejuízo.
Como mostrar para a sociedade que a ideia de desenvolvimento está entrelaçada com a proteção do meio ambiente?
Entendo que o termo desenvolvimento está sendo utilizado de maneira errônea. Prefiro a expressão envolvimento socioambiental, que cuida do humano e do que não é humano. Quando a ministra Marina fala de desenvolvimento sustentável ou responsável, ela está tentando alcançar uma expressão que agrade a todo mundo, mas ninguém consegue isso. Chamar a exploração de petróleo de sustentável, por exemplo, como fazem parlamentares, é um eufemismo, uma desculpa para não confrontar o problema real, que é a ganância, o consumismo.
https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/noticia/2025/07/03/entrevista-krenak-critica-desprestigio-dos-povos-originarios-no-governo-e-ve-faca-no-pescoco-de-lula-na-area-ambiental.ghtml
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.