De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Incra inicia avaliação de terras indígenas para demarcação no oeste do Paraná
23/06/2025
Autor: Mayala Fernandes
Fonte: G1 - https://g1.globo.com/
Incra inicia avaliação de terras indígenas para demarcação no oeste do Paraná
Trabalho atenderá 31 comunidades indígenas. Região vive conflitos fundiários e foi alvo de acordo homologado pelo STF.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) inicia nesta segunda-feira (23) a avaliação das terras que serão adquiridas pela Itaipu Binacional para demarcação de áreas destinadas a comunidades indígenas no oeste do Paraná.
Segundo o órgão, serão realizadas análises sobre cada propriedade, trabalhos cartográficos e avaliação de campo em 23 áreas previamente identificadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que totalizam aproximadamente 2.692 hectares.
Segundo a Itaipu, as terras atenderão 31 comunidades indígenas situadas nas Terras Indígenas (TIs) Tekoha Guasu Guavirá e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga. As comunidades estão distribuídas entre os municípios de Guaíra, Terra Roxa, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Missal, Itaipulândia e Santa Helena, e reúnem cerca de 6 mil pessoas.
Segundo Celso Japoty, coordenador da Funai em Guaíra, ainda não é possível divulgar quais áreas serão avaliadas, pois o processo inclui etapas como análise técnica e posterior negociação com os proprietários.
A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até o dia 30 de agosto.
Prioridade para áreas em conflito
De acordo com a Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná, ainda não está definido quais aldeias serão atendidas nesta primeira etapa. No entanto, a orientação é priorizar os territórios com maior histórico de tensão, como a aldeia Yvy Okaju, em Guaíra, palco de conflitos recentes.
Um levantamento da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) aponta que a TI Tekoha Guasu Guavirá abriga 14 aldeias, está sobreposta a 378 propriedades rurais e sofre forte pressão do agronegócio.
Atualmente, mais de 60% da área delimitada está ocupada por lavouras de soja e milho, enquanto as comunidades indígenas ocupam menos de 1% do território, segundo a CGY.
A área da TI Tekoha Guasu Guavirá é alvo de 30 ações judiciais, incluindo processos de reintegração de posse e interditos proibitórios, além de litígios movidos por prefeituras e pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Acordo histórico
O início da avaliação das terras é uma etapa prevista no acordo de conciliação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março deste ano.
O entendimento autoriza a Itaipu Binacional a comprar, em caráter emergencial, 3 mil hectares de terras para atender as comunidades indígenas afetadas pela construção da usina hidrelétrica.
O valor destinado para a compra das áreas é de até R$ 240 milhões, recurso disponibilizado pela própria Itaipu.
Em carta pública divulgada após a homologação, a comunidade Avá-Guarani classificou o acordo como um "misto de alívio e decepção". "Alívio porque durante todo o ano de 2024 e no início de 2025 nossas famílias sofreram ataques violentos com armas de fogo que deixaram pessoas feridas, pais e mães sem dormir e crianças traumatizadas", diz o documento.
https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/06/23/incra-avaliacao-terras-indigenas-demarcacao-oeste-do-parana.ghtml
Trabalho atenderá 31 comunidades indígenas. Região vive conflitos fundiários e foi alvo de acordo homologado pelo STF.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) inicia nesta segunda-feira (23) a avaliação das terras que serão adquiridas pela Itaipu Binacional para demarcação de áreas destinadas a comunidades indígenas no oeste do Paraná.
Segundo o órgão, serão realizadas análises sobre cada propriedade, trabalhos cartográficos e avaliação de campo em 23 áreas previamente identificadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que totalizam aproximadamente 2.692 hectares.
Segundo a Itaipu, as terras atenderão 31 comunidades indígenas situadas nas Terras Indígenas (TIs) Tekoha Guasu Guavirá e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga. As comunidades estão distribuídas entre os municípios de Guaíra, Terra Roxa, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Missal, Itaipulândia e Santa Helena, e reúnem cerca de 6 mil pessoas.
Segundo Celso Japoty, coordenador da Funai em Guaíra, ainda não é possível divulgar quais áreas serão avaliadas, pois o processo inclui etapas como análise técnica e posterior negociação com os proprietários.
A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até o dia 30 de agosto.
Prioridade para áreas em conflito
De acordo com a Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná, ainda não está definido quais aldeias serão atendidas nesta primeira etapa. No entanto, a orientação é priorizar os territórios com maior histórico de tensão, como a aldeia Yvy Okaju, em Guaíra, palco de conflitos recentes.
Um levantamento da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) aponta que a TI Tekoha Guasu Guavirá abriga 14 aldeias, está sobreposta a 378 propriedades rurais e sofre forte pressão do agronegócio.
Atualmente, mais de 60% da área delimitada está ocupada por lavouras de soja e milho, enquanto as comunidades indígenas ocupam menos de 1% do território, segundo a CGY.
A área da TI Tekoha Guasu Guavirá é alvo de 30 ações judiciais, incluindo processos de reintegração de posse e interditos proibitórios, além de litígios movidos por prefeituras e pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Acordo histórico
O início da avaliação das terras é uma etapa prevista no acordo de conciliação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março deste ano.
O entendimento autoriza a Itaipu Binacional a comprar, em caráter emergencial, 3 mil hectares de terras para atender as comunidades indígenas afetadas pela construção da usina hidrelétrica.
O valor destinado para a compra das áreas é de até R$ 240 milhões, recurso disponibilizado pela própria Itaipu.
Em carta pública divulgada após a homologação, a comunidade Avá-Guarani classificou o acordo como um "misto de alívio e decepção". "Alívio porque durante todo o ano de 2024 e no início de 2025 nossas famílias sofreram ataques violentos com armas de fogo que deixaram pessoas feridas, pais e mães sem dormir e crianças traumatizadas", diz o documento.
https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/06/23/incra-avaliacao-terras-indigenas-demarcacao-oeste-do-parana.ghtml
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.