De Pueblos Indígenas en Brasil
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Conectando passado e futuro: Museu Kuahí dos Povos Indígenas do Oiapoque digitaliza seu acervo
23/07/2025
Autor: Marcelo Domingues
Fonte: Iepé - https://institutoiepe.org.br
O Museu Kuahí dos Povos Indígenas do Oiapoque, por meio da secretaria de Cultura do Estado do Amapá, promoveu um importante avanço na preservação cultural ao investir na digitalização e organização do seu acervo. Por meio da plataforma Tainacan, parte de suas pesquisas está agora disponível para consulta, fortalecendo a valorização e difusão cultural dos povos indígenas do baixo Oiapoque.
O Tainacan é uma ferramenta voltada para a criação e gestão de repositórios digitais, especialmente para instituições culturais, museus e arquivos. Diversos museus utilizam o Tainacan para disponibilizar seus acervos online, como o Museu Histórico Nacional e o Museu Nacional dos Povos Indígenas, no Rio de Janeiro.
Acesse o site do Museu Kuahí e conheça sua coleção digitalizada
Como uma das etapas prévias à reinauguração do Museu Kuahí, seus servidores passaram por uma formação museológica em duas etapas. A segunda etapa, voltada à digitalização do acervo, foi coordenada pela museóloga Ione Couto, pelo antropólogo José Carlos Levinho, por Gelsama Mara Santos, coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá (Unifap), e por Marcelo Domingues, do Instituto Iepé.
A formação abordou temas como gerenciamento e armazenamento de dados digitais, técnicas museológicas e práticas relacionadas à gestão e preservação de acervos culturais e etnográficos.
Para Glinaldo dos Santos, coordenador da equipe técnica e membro do povo Galibi-Marworno, o domínio dessas novas ferramentas é essencial. "Estamos aprendendo a forma correta de lidar com nosso acervo, desde a limpeza de materiais danificados até a organização da reserva técnica, biblioteca e acervos documentais", destacou.
Construção do acervo do museu
O Museu Kuahí tem se consolidado como um espaço de fortalecimento da pesquisa indígena, apoiando investigações realizadas nas aldeias que resultaram na construção do acervo, no desenvolvimento das exposições e na geração de diversas publicações.
As atividades têm como base fichas museológicas elaboradas pela primeira equipe de servidores em 2007, que documentam detalhadamente os artefatos, as matérias-primas e as técnicas tradicionais associadas à produção de farinha, à pesca e objetos ritualísticos dos povos indígenas. Esses registros foram enriquecidos por meio de pesquisas bibliográficas e audiovisuais realizadas nas oficinas promovidas pelo Instituto Iepé em parceria com pesquisadores indígenas, consolidando um material fundamental para a construção da base de dados digital.
Durante a etapa de mapeamento e digitalização de seu acervo, o antropólogo José Carlos Levinho informou que também foram modeladas bases de dados específicas para os registros linguísticos e a documentação fotográfica, que estarão integradas às demais coleções, especialmente àquela que sistematiza o acervo etnográfico.
Digitalização e democratização do acervo do Museu Kuahí
A formação na plataforma Tainacan permitiu aos pesquisadores tornar pública na internet parte do acervo do Museu Kuahí, possibilitando que pessoas em qualquer lugar do mundo tenham acesso ao patrimônio cultural da região. "Esse processo promove a apropriação do conhecimento tradicional pelas próprias comunidades indígenas, fortalecendo a autonomia e a visibilidade das culturas locais", ressalta Kassia Lod, diretora do museu e indígena do povo Galibi Kali'na.
A plataforma Tainacan está sendo utilizada para organizar e gerir os acervos digitais por meio de metadados detalhados. Esses metadados são essenciais para a catalogação, pois descrevem aspectos específicos de cada item, ampliando o acesso às informações e permitindo conexões dinâmicas entre vídeos, biografias, matérias-primas e outros elementos associados às peças.
Durante as atividades práticas da formação, a equipe elaborou formulários específicos no Tainacan, definindo metadados e taxonomias que contemplam a tipologia, numeração, descrição, estado de conservação e condições de acondicionamento dos objetos etnográficos, sempre tomando como referência as fichas originais do museu.
Segundo Ione Couto, o principal objetivo dessas ações é garantir uma base de dados padronizada e de qualidade. "Isso vai favorecer uma gestão eficiente e segura do acervo".
Já a professora Mara dos Santos, da Unifap, responsável pela oficina sobre gestão de dados digitais, destacou a importância dessas atividades para o fortalecimento da equipe e para a conscientização sobre a preservação segura das informações.
Saiba mais sobre o Museu Kuahí
Desde sua inauguração em 2007, o Museu Kuahí tem desempenhado um papel pioneiro no Brasil ao promover iniciativas voltadas à preservação da história e da memória dos povos indígenas do Oiapoque.
O museu foi reaberto ao público em julho de 2025. Com a digitalização e inserção na plataforma, a instituição reafirma seu compromisso com a preservação cultural, valorizando e legitimando as narrativas locais.
Esta atividade faz parte do Termo de Fomento estabelecido entre a Secretaria Estadual de Cultura do Amapá (Secult) e o Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena, com o objetivo de fortalecer culturalmente as comunidades, contribuir com as práticas museológicas e inspirar avanços futuros.
*O texto contou com apoio de entrevistas realizadas por Moisés Sedô, integrante da equipe do Museu Kuahí.
https://institutoiepe.org.br/2025/07/conectando-passado-e-futuro-museu-kuahi-dos-povos-indigenas-do-oiapoque-digitaliza-seu-acervo/
O Tainacan é uma ferramenta voltada para a criação e gestão de repositórios digitais, especialmente para instituições culturais, museus e arquivos. Diversos museus utilizam o Tainacan para disponibilizar seus acervos online, como o Museu Histórico Nacional e o Museu Nacional dos Povos Indígenas, no Rio de Janeiro.
Acesse o site do Museu Kuahí e conheça sua coleção digitalizada
Como uma das etapas prévias à reinauguração do Museu Kuahí, seus servidores passaram por uma formação museológica em duas etapas. A segunda etapa, voltada à digitalização do acervo, foi coordenada pela museóloga Ione Couto, pelo antropólogo José Carlos Levinho, por Gelsama Mara Santos, coordenadora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá (Unifap), e por Marcelo Domingues, do Instituto Iepé.
A formação abordou temas como gerenciamento e armazenamento de dados digitais, técnicas museológicas e práticas relacionadas à gestão e preservação de acervos culturais e etnográficos.
Para Glinaldo dos Santos, coordenador da equipe técnica e membro do povo Galibi-Marworno, o domínio dessas novas ferramentas é essencial. "Estamos aprendendo a forma correta de lidar com nosso acervo, desde a limpeza de materiais danificados até a organização da reserva técnica, biblioteca e acervos documentais", destacou.
Construção do acervo do museu
O Museu Kuahí tem se consolidado como um espaço de fortalecimento da pesquisa indígena, apoiando investigações realizadas nas aldeias que resultaram na construção do acervo, no desenvolvimento das exposições e na geração de diversas publicações.
As atividades têm como base fichas museológicas elaboradas pela primeira equipe de servidores em 2007, que documentam detalhadamente os artefatos, as matérias-primas e as técnicas tradicionais associadas à produção de farinha, à pesca e objetos ritualísticos dos povos indígenas. Esses registros foram enriquecidos por meio de pesquisas bibliográficas e audiovisuais realizadas nas oficinas promovidas pelo Instituto Iepé em parceria com pesquisadores indígenas, consolidando um material fundamental para a construção da base de dados digital.
Durante a etapa de mapeamento e digitalização de seu acervo, o antropólogo José Carlos Levinho informou que também foram modeladas bases de dados específicas para os registros linguísticos e a documentação fotográfica, que estarão integradas às demais coleções, especialmente àquela que sistematiza o acervo etnográfico.
Digitalização e democratização do acervo do Museu Kuahí
A formação na plataforma Tainacan permitiu aos pesquisadores tornar pública na internet parte do acervo do Museu Kuahí, possibilitando que pessoas em qualquer lugar do mundo tenham acesso ao patrimônio cultural da região. "Esse processo promove a apropriação do conhecimento tradicional pelas próprias comunidades indígenas, fortalecendo a autonomia e a visibilidade das culturas locais", ressalta Kassia Lod, diretora do museu e indígena do povo Galibi Kali'na.
A plataforma Tainacan está sendo utilizada para organizar e gerir os acervos digitais por meio de metadados detalhados. Esses metadados são essenciais para a catalogação, pois descrevem aspectos específicos de cada item, ampliando o acesso às informações e permitindo conexões dinâmicas entre vídeos, biografias, matérias-primas e outros elementos associados às peças.
Durante as atividades práticas da formação, a equipe elaborou formulários específicos no Tainacan, definindo metadados e taxonomias que contemplam a tipologia, numeração, descrição, estado de conservação e condições de acondicionamento dos objetos etnográficos, sempre tomando como referência as fichas originais do museu.
Segundo Ione Couto, o principal objetivo dessas ações é garantir uma base de dados padronizada e de qualidade. "Isso vai favorecer uma gestão eficiente e segura do acervo".
Já a professora Mara dos Santos, da Unifap, responsável pela oficina sobre gestão de dados digitais, destacou a importância dessas atividades para o fortalecimento da equipe e para a conscientização sobre a preservação segura das informações.
Saiba mais sobre o Museu Kuahí
Desde sua inauguração em 2007, o Museu Kuahí tem desempenhado um papel pioneiro no Brasil ao promover iniciativas voltadas à preservação da história e da memória dos povos indígenas do Oiapoque.
O museu foi reaberto ao público em julho de 2025. Com a digitalização e inserção na plataforma, a instituição reafirma seu compromisso com a preservação cultural, valorizando e legitimando as narrativas locais.
Esta atividade faz parte do Termo de Fomento estabelecido entre a Secretaria Estadual de Cultura do Amapá (Secult) e o Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena, com o objetivo de fortalecer culturalmente as comunidades, contribuir com as práticas museológicas e inspirar avanços futuros.
*O texto contou com apoio de entrevistas realizadas por Moisés Sedô, integrante da equipe do Museu Kuahí.
https://institutoiepe.org.br/2025/07/conectando-passado-e-futuro-museu-kuahi-dos-povos-indigenas-do-oiapoque-digitaliza-seu-acervo/
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