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Coalizão brasileira compromete US$ 2,6 bilhões com florestas e projetos indígenas antes da COP30

25/07/2025

Fonte: Um só Planeta- https://umsoplaneta.globo.com/



Coalizão brasileira compromete US$ 2,6 bilhões com florestas e projetos indígenas antes da COP30
Com o comprometimento da BRB Finance Coalition, 26% da meta de US$ 10 bilhões para impulsionar a bioeconomia e restaurar florestas em todos os biomas do país está garantida

A poucos meses da COP30, que colocará o Brasil no centro das negociações climáticas globais, uma articulação inédita de lideranças públicas e privadas começa a ganhar tração: a Coalizão Brasileira de Finanças para Restauração e Bioeconomia (BRB Finance Coalition) já comprometeu US$ 2,6 bilhões com projetos de restauração florestal e bioeconomia comunitária, com foco especial na Amazônia. É o que traz notícia do ESG Now nesta semana.

O montante representa 26% da meta de US$ 10 bilhões até 2030. Criada durante a Cúpula do G20, realizada no Brasil em novembro de 2024, a coalizão reúne 23 instituições dos setores público e privado com o objetivo de viabilizar uma economia de baixo carbono e positiva para a natureza em larga escala no país.

egundo a organização, esses recursos já estão sendo aplicados em ações de restauração ou proteção de 2 milhões de hectares de florestas, cobrindo todos os biomas brasileiros.
"A BRB Finance Coalition é uma demonstração poderosa do potencial do Brasil para liderar uma nova era de financiamento climático e restauração florestal", afirmou Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservation International no Brasil, uma das entidades articuladoras do grupo, de acordo com a reportagem.

Potencial inexplorado
A coalizão aproveitou o anúncio do avanço financeiro para lançar um estudo inédito, com o objetivo de conectar capital com projetos de alto impacto liderados por comunidades indígenas e tradicionais. O levantamento mapeou 37 organizações, majoritariamente na Amazônia, com demandas de investimento que variam entre R$ 100 mil e R$ 300 milhões.

Muitos desses projetos são liderados por povos indígenas e mostram potencial de capturar até 2 toneladas de dióxido de carbono (CO₂) por hectare por ano - um indicador relevante em um momento em que grandes empresas e fundos buscam soluções baseadas na natureza para cumprir metas climáticas.

Apesar do potencial climático e social, essas iniciativas ainda enfrentam grandes obstáculos de financiamento. Por isso, o relatório traz recomendações concretas aos investidores, como:

Fortalecimento de fundos comunitários;
Criação de linhas de financiamento de longo prazo;
Integração das empresas comunitárias às estratégias formais de finanças climáticas.

Metas ambiciosas
Os compromissos da coalizão vão além do volume já anunciado. As metas incluem:

Restaurar e conservar 5 milhões de hectares de florestas;
Lançar soluções baseadas na natureza capazes de capturar 1 gigatonelada de CO₂ até 2050;
Direcionar ao menos US$ 500 milhões para projetos de comunidades indígenas e locais.
A estratégia é tratada como um pilar da transição ecológica brasileira, e pode se tornar vitrine na COP30, que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025. A localização da conferência no coração da Amazônia aumenta a pressão por resultados concretos e protagonismo das comunidades locais.

"Esse é um movimento concreto, com recursos mobilizados, que mostra como o Brasil pode alinhar clima, floresta, justiça social e desenvolvimento econômico", afirmou um dos articuladores do estudo, que destaca ainda a importância de "colocar os povos da floresta no centro das decisões sobre o uso sustentável do território".

Oportunidade estratégica
A crescente atenção de investidores internacionais para o Brasil, especialmente após o retorno do país à centralidade diplomática nas pautas ambientais, é vista como oportunidade para consolidar modelos de negócios sustentáveis e inclusivos, baseados em ativos naturais e saberes tradicionais.

"Não faltam projetos bons. Falta fazer o dinheiro chegar onde ele precisa chegar. É isso que essa coalizão está tentando mudar", reforçou Bianco.
A coalizão continuará atualizando os dados e o mapeamento de oportunidades com vistas a influenciar compromissos mais ambiciosos na COP30. A expectativa é que os projetos apoiados sirvam de modelo replicável para outros países com florestas tropicais e populações tradicionais.

https://umsoplaneta.globo.com/financas/noticia/2025/07/25/coalizao-brasileira-compromete-us-26-bilhoes-com-florestas-e-projetos-indigenas-antes-da-cop30.ghtml
 

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