De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Madeireiros atacam o povo Gavião na TI Governador (MA) durante a madrugada desta sexta (08)
08/08/2025
Autor: Andressa Algave, da Assessoria de Comunicação do Cimi Regional Maranhão
Fonte: Cimi - https://cimi.org.br
Na madrugada desta sexta-feira (08), o povo Pyhcop Catiji Gavião, da Terra Indígena (TI) Governador, em Amarante do Maranhão (MA), foi rodeado por madeireiros armados na aldeia Governador. As lideranças relatam que os madeireiros tentaram invadir a aldeia com o objetivo de assassinar um indígena. Na ocasião houve um conflito que terminou com a morte de um dos madeireiros, e desde então, os madeireiros aliados do que foi morto estão ameaçando toda a aldeia. Segundo os indígenas, além da invasão, os agressores utilizam drones à noite para intimidar a comunidade. Os ataques vêm acontecendo desde que lideranças encontraram madeireiros retirando estacas dentro da terra indígena, no mês de julho.
Na última terça-feira (05), um indígena foi brutalmente atacado enquanto dormia por três homens não identificados, que o agrediram com socos e chutes e despejaram água quente sobre seu corpo. Ele está internado com queimaduras de segundo e terceiro grau no Hospital São José de Ribamar, em Amarante (MA). Na quarta-feira (06), o povo registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Federal (DPF), em Imperatriz (MA), e o Cimi Regional Maranhão tem oferecido apoio diante da situação. Denúncias referentes às invasões na região do Feijão, local da terra indígena onde ocorreu o conflito, e em outras regiões, são levadas pelos indígenas de forma recorrente aos órgãos responsáveis pela proteção do território.
As lideranças contam que, antes do ataque, equipes da Força Nacional e da Polícia Militar chegaram a fazer rondas pelo território, mas os madeireiros se esconderam na mata e, depois que os guardas foram embora, atacaram
Segundo o indígena hospitalizado, o responsável pelas ameaças e pelos ataques é justamente o irmão do madeireiro morto no confronto desta sexta-feira, que também é dono de uma roça próxima à aldeia Governador. As lideranças contam que, antes do ataque, equipes da Força Nacional e da Polícia Militar chegaram a fazer rondas pelo território, mas os madeireiros se esconderam na mata e, depois que os guardas foram embora, atacaram.
Ainda na manhã desta sexta-feira, por volta das 4h, caminhões ilegais carregando madeira passaram pelo território. Já durante a tarde, os indígenas também receberam informações de que os madeireiros iriam invadir o território novamente ainda nesta sexta.
Uma das lideranças relatou o clima de tensão permanente vivido pela comunidade, e contou que os próprios indígenas estão organizando equipes para fazer a vigilância do território: "O pessoal não dormiu, eu mesmo não dormi. Primeiro os PMs vieram, fizeram a ronda e voltaram. Espantaram com sirene do carro e voltaram para a rua. O pessoal da Força Nacional veio, fez uma ronda e foi embora, e os caras ficaram dentro da mata, escondidos. Mas o pessoal aqui mesmo já estava preparado, esperando eles. Deu uma acalmada no momento, mas o nosso pessoal está na guarita".
Gilderlan Rodrigues, da coordenação do Cimi Maranhão, destacou que a equipe tem apoiado o povo Gavião no acionamento de órgãos públicos e no acompanhamento dos depoimentos das lideranças na Polícia Federal e na Funai. "Temos dado e vamos continuar dando esse suporte para que eles não venham a sofrer ataques, como sofreram agora na última noite na aldeia Governador, uma das mais antigas do território. É importantíssimo que toda a sociedade não-indígena apoie a luta do povo Gavião", afirmou.
https://cimi.org.br/2025/08/ataque-madeireiros-gaviao-ma/
Na última terça-feira (05), um indígena foi brutalmente atacado enquanto dormia por três homens não identificados, que o agrediram com socos e chutes e despejaram água quente sobre seu corpo. Ele está internado com queimaduras de segundo e terceiro grau no Hospital São José de Ribamar, em Amarante (MA). Na quarta-feira (06), o povo registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Federal (DPF), em Imperatriz (MA), e o Cimi Regional Maranhão tem oferecido apoio diante da situação. Denúncias referentes às invasões na região do Feijão, local da terra indígena onde ocorreu o conflito, e em outras regiões, são levadas pelos indígenas de forma recorrente aos órgãos responsáveis pela proteção do território.
As lideranças contam que, antes do ataque, equipes da Força Nacional e da Polícia Militar chegaram a fazer rondas pelo território, mas os madeireiros se esconderam na mata e, depois que os guardas foram embora, atacaram
Segundo o indígena hospitalizado, o responsável pelas ameaças e pelos ataques é justamente o irmão do madeireiro morto no confronto desta sexta-feira, que também é dono de uma roça próxima à aldeia Governador. As lideranças contam que, antes do ataque, equipes da Força Nacional e da Polícia Militar chegaram a fazer rondas pelo território, mas os madeireiros se esconderam na mata e, depois que os guardas foram embora, atacaram.
Ainda na manhã desta sexta-feira, por volta das 4h, caminhões ilegais carregando madeira passaram pelo território. Já durante a tarde, os indígenas também receberam informações de que os madeireiros iriam invadir o território novamente ainda nesta sexta.
Uma das lideranças relatou o clima de tensão permanente vivido pela comunidade, e contou que os próprios indígenas estão organizando equipes para fazer a vigilância do território: "O pessoal não dormiu, eu mesmo não dormi. Primeiro os PMs vieram, fizeram a ronda e voltaram. Espantaram com sirene do carro e voltaram para a rua. O pessoal da Força Nacional veio, fez uma ronda e foi embora, e os caras ficaram dentro da mata, escondidos. Mas o pessoal aqui mesmo já estava preparado, esperando eles. Deu uma acalmada no momento, mas o nosso pessoal está na guarita".
Gilderlan Rodrigues, da coordenação do Cimi Maranhão, destacou que a equipe tem apoiado o povo Gavião no acionamento de órgãos públicos e no acompanhamento dos depoimentos das lideranças na Polícia Federal e na Funai. "Temos dado e vamos continuar dando esse suporte para que eles não venham a sofrer ataques, como sofreram agora na última noite na aldeia Governador, uma das mais antigas do território. É importantíssimo que toda a sociedade não-indígena apoie a luta do povo Gavião", afirmou.
https://cimi.org.br/2025/08/ataque-madeireiros-gaviao-ma/
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