De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Lula irá à Colômbia buscar apoio de países amazônicos a fundo para manter florestas
20/08/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Lula irá à Colômbia buscar apoio de países amazônicos a fundo para manter florestas
Presidente participa na sexta de cúpula da OTCA, em ensaio para a COP30; última carta do grupo teve poucos resultados
20/08/2025
Douglas Gavras
O Brasil tentará conseguir nesta semana que os demais países amazônicos apoiem a proposta de fundo para remunerar nações em desenvolvimento que conservem as suas florestas.
O endosso deve ser feito durante a cúpula da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), em Bogotá, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega à Colômbia na quinta-feira (21).
O TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês) tem capital estimado em US$ 125 bilhões (R$ 684 bilhões) e será lançado oficialmente em novembro, durante a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Belém do Pará.
A proposta prevê que tanto as empresas quanto os países que fizerem aportes serão remunerados a uma taxa de mercado a favor da preservação de biomas florestais presentes em cerca de 70 nações, de acordo com o chefe da Divisão de Biodiversidade do MRE (Ministério das Relações Exteriores), Patrick Luna.
Os países que demonstrarem que conservaram suas florestas receberão até US$ 4 (R$ 22) por hectare.
Segundo o governo, a medida tem o objetivo de garantir desenvolvimento sustentável para as comunidades e viabilizar que os países gerem divisas preservando as florestas.
Os recursos arrecadados deverão ser reinvestidos em projetos com maior taxa de retorno. A diferença será repassada aos países com florestas tropicais, proporcionalmente à área preservada, enquanto o dinheiro que foi emprestado será devolvido aos investidores com lucro, de acordo com o Ministério da Fazenda.
Em março, representantes da Presidência e dos ministérios da Fazenda, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e dos Povos Indígenas foram a Londres para avaliar a proposta com representantes de bancos, gestores de ativos e seguradoras.
A expectativa é que a maior parte dos fundos (em torno de 80%) tenha origem em fontes privadas. Os países e as empresas deverão ter o retorno de seus aportes em um prazo de 30 a 40 anos.
Formada pelos signatários do TCA (Tratado de Cooperação Amazônica), a OTCA é uma instituição intergovernamental de oito países que compartilham o bioma. Além do Brasil, fazem parte Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Para esta quarta (20), estão previstos encontros técnicos da OTCA e, no dia seguinte, uma reunião com ministros de Relações Exteriores dos oito países.
Na sexta-feira (22), na sede da Presidência da Colômbia (a Casa de Nariño), o grupo de mandatários também deve aprovar a Carta de Bogotá, documento que deverá reforçar os compromissos e os objetivos dos países em ações de combate ao desmatamento e pelo desenvolvimento sustentável do bioma amazônico.
Pela manhã, antes da assinatura do documento, eles vão receber representantes da sociedade civil, da academia, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais.
O encontro deste ano retoma as metas acertadas em 2023, quando a cúpula ocorreu em Belém. Um diagnóstico da Plataforma Cipó, instituição para a promoção da cooperação internacional para ação climática, no entanto, aponta que apenas 4% das 1.700 ações registradas no documento do ano passado saíram do papel.
Além disso, segundo a análise, cerca de 13% das ações tratam de iniciativas de interesse político, como declarações em eventos e diálogos informais, enquanto a maioria (70%) se concentra em medidas preparatórias.
Também pouco antes do encontro, lideranças indígenas, especialistas em questões ambientais e políticos pediram aos países integrantes da OTCA para que interrompam a expansão da exploração e produção de petróleo na amazônia.
Os participantes destacaram os custos sociais, econômicos e ambientais da exploração de combustíveis fósseis na região e a necessidade de regulamentos para uma transição energética justa.
"A questão central na crise climática é a exploração e o uso de combustíveis fósseis, responsáveis por 85% a 90% das emissões globais de gases de efeito estufa. Se a COP30 não implementar políticas efetivas para acabar com o uso de combustíveis fósseis, haverá pouco a ser feito", disse o físico integrante do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) Paulo Artaxo, em um debate virtual na semana passada.
"Referendos e declarações de zonas de exclusão não estão sendo eficazes. São urgentes leis nacionais, alinhadas com propostas legislativas já em debate na Colômbia, Brasil, Peru e Equador, que permitam avançar", apontou o deputado colombiano Andrés Cancimance, na mesma ocasião.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/08/lula-ira-a-colombia-buscar-apoio-de-paises-amazonicos-a-fundo-para-manter-florestas.shtml
Presidente participa na sexta de cúpula da OTCA, em ensaio para a COP30; última carta do grupo teve poucos resultados
20/08/2025
Douglas Gavras
O Brasil tentará conseguir nesta semana que os demais países amazônicos apoiem a proposta de fundo para remunerar nações em desenvolvimento que conservem as suas florestas.
O endosso deve ser feito durante a cúpula da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), em Bogotá, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega à Colômbia na quinta-feira (21).
O TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês) tem capital estimado em US$ 125 bilhões (R$ 684 bilhões) e será lançado oficialmente em novembro, durante a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Belém do Pará.
A proposta prevê que tanto as empresas quanto os países que fizerem aportes serão remunerados a uma taxa de mercado a favor da preservação de biomas florestais presentes em cerca de 70 nações, de acordo com o chefe da Divisão de Biodiversidade do MRE (Ministério das Relações Exteriores), Patrick Luna.
Os países que demonstrarem que conservaram suas florestas receberão até US$ 4 (R$ 22) por hectare.
Segundo o governo, a medida tem o objetivo de garantir desenvolvimento sustentável para as comunidades e viabilizar que os países gerem divisas preservando as florestas.
Os recursos arrecadados deverão ser reinvestidos em projetos com maior taxa de retorno. A diferença será repassada aos países com florestas tropicais, proporcionalmente à área preservada, enquanto o dinheiro que foi emprestado será devolvido aos investidores com lucro, de acordo com o Ministério da Fazenda.
Em março, representantes da Presidência e dos ministérios da Fazenda, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e dos Povos Indígenas foram a Londres para avaliar a proposta com representantes de bancos, gestores de ativos e seguradoras.
A expectativa é que a maior parte dos fundos (em torno de 80%) tenha origem em fontes privadas. Os países e as empresas deverão ter o retorno de seus aportes em um prazo de 30 a 40 anos.
Formada pelos signatários do TCA (Tratado de Cooperação Amazônica), a OTCA é uma instituição intergovernamental de oito países que compartilham o bioma. Além do Brasil, fazem parte Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Para esta quarta (20), estão previstos encontros técnicos da OTCA e, no dia seguinte, uma reunião com ministros de Relações Exteriores dos oito países.
Na sexta-feira (22), na sede da Presidência da Colômbia (a Casa de Nariño), o grupo de mandatários também deve aprovar a Carta de Bogotá, documento que deverá reforçar os compromissos e os objetivos dos países em ações de combate ao desmatamento e pelo desenvolvimento sustentável do bioma amazônico.
Pela manhã, antes da assinatura do documento, eles vão receber representantes da sociedade civil, da academia, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais.
O encontro deste ano retoma as metas acertadas em 2023, quando a cúpula ocorreu em Belém. Um diagnóstico da Plataforma Cipó, instituição para a promoção da cooperação internacional para ação climática, no entanto, aponta que apenas 4% das 1.700 ações registradas no documento do ano passado saíram do papel.
Além disso, segundo a análise, cerca de 13% das ações tratam de iniciativas de interesse político, como declarações em eventos e diálogos informais, enquanto a maioria (70%) se concentra em medidas preparatórias.
Também pouco antes do encontro, lideranças indígenas, especialistas em questões ambientais e políticos pediram aos países integrantes da OTCA para que interrompam a expansão da exploração e produção de petróleo na amazônia.
Os participantes destacaram os custos sociais, econômicos e ambientais da exploração de combustíveis fósseis na região e a necessidade de regulamentos para uma transição energética justa.
"A questão central na crise climática é a exploração e o uso de combustíveis fósseis, responsáveis por 85% a 90% das emissões globais de gases de efeito estufa. Se a COP30 não implementar políticas efetivas para acabar com o uso de combustíveis fósseis, haverá pouco a ser feito", disse o físico integrante do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) Paulo Artaxo, em um debate virtual na semana passada.
"Referendos e declarações de zonas de exclusão não estão sendo eficazes. São urgentes leis nacionais, alinhadas com propostas legislativas já em debate na Colômbia, Brasil, Peru e Equador, que permitam avançar", apontou o deputado colombiano Andrés Cancimance, na mesma ocasião.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/08/lula-ira-a-colombia-buscar-apoio-de-paises-amazonicos-a-fundo-para-manter-florestas.shtml
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