De Pueblos Indígenas en Brasil
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Notícias
Caminhos da Reportagem expõe os desafios no combate às queimadas
01/09/2025
Fonte: Agencia Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br
Nesta segunda-feira (1o), a TV Brasil exibe, às 23h, um novo episódio do programa Caminhos da Reportagem com o tema o Manejo do Fogo: do ancestral ao futuro. A atração aborda as inovações desenvolvidas para enfrentar os desafios das queimadas no Brasil.
Em 2024, o país registrou um recorde histórico de queimadas, com 30 milhões de hectares atingidos, superando a média histórica em 62%. De acordo com especialistas, o fenômeno climático El Niño contribui para o aumento da seca e dos incêndios, agravado pelas mudanças climáticas e pelo uso e ocupação do solo.
Ao programa, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, diz que, diante das mudanças climáticas, mais do que promover uma estrutura para combater incêndios, é preciso investir em prevenção.
"É saber lidar com o fogo como um componente cultural, como um elemento presente na paisagem. Com as mudanças climáticas, não dá para brincar. As tragédias serão cada vez maiores e, muitas vezes, teremos a sensação de impotência", ressalta.
Brigadistas
O trabalho de combate ao fogo também é feito pelos brigadistas florestais. Segundo Thomas Tanaka, técnico ambiental do PrevFogo, órgão associado ao Ibama, sejam contratados ou voluntários, muitos brigadistas acabam, infelizmente, feridos ou mortos.
"Eles colocam a vida em risco para proteger a vegetação, as comunidades e as cidades. Além de a chama ser perigosa, a fumaça é extremamente danosa à saúde humana", explica.
Osvaldo Barassi Gajardo, especialista em conservação da WWF-Brasil, reforça que o brigadista é uma figura-chave.
"Não adianta ter brigadistas por 4 ou 5 meses. Precisamos tê-los o ano inteiro, realizando ações de prevenção. Acredito que a valorização desse profissional é algo urgente", lembra.
Uso ancestral
O Caminhos da Reportagem apresenta a história de Mayangdi Inzaulgarat Suárez, que nasceu em Cuba, mas mora no Brasil desde 2013. Apesar de trabalhar com audiovisual, em 2019 teve o primeiro contato com incêndios florestais no Distrito Federal, onde reside.
Nesse período, passou a atuar como brigadista voluntário. Após se naturalizar brasileiro, ingressou no serviço público e, hoje, integra a equipe do PrevFogo.
Em 2024, o brigadista atuou na comunidade quilombola Kalunga do Mimoso, no Tocantins.
"Essas populações tradicionais utilizam o fogo desde que surgiram, tanto indígenas quanto quilombolas. Eles aplicam o fogo de forma bem controlada no fim da época das chuvas, porque sabem que o fogo das 16h30, por exemplo, vai se apagar até as 17h, numa mata mais fechada, mais fria e mais úmida, sem causar danos", explica.
A produção da TV Brasil destaca que o fogo é utilizado por essas comunidades há séculos como uma ferramenta de manejo do território, com técnicas adaptadas ao ambiente local.
Inovações de baixo custo
A ONG Instituto Invento desenvolveu, junto a pesquisadores, agricultores, brigadistas, voluntários e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cinco soluções inteligentes e acessíveis para o combate ao fogo, durante uma oficina realizada em Brasília.
Oda Scatolini, diretor executivo do Instituto Invento, conta que o coletivo já criou mais de 60 protótipos nas áreas da produção agroecológica, produtos da sociobiodiversidade e restauração ecológica.
Entre as tecnologias desenvolvidas pelo grupo estão as bombas costais elétricas, reservatórios de água, acessórios para roçadeiras que permitem combater o fogo de turfa (ou fogo subterrâneo), protocolos de design de propriedades resilientes ao fogo e sensores para monitoramento do solo e do clima.
Ficha Técnica:
Reportagem: Marieta Cazarré
Reportagem cinematográfica: Rogério Verçoza
Apoio à Reportagem cinematográfica: Osvaldo Alves, André Rodrigo Pacheco
Auxílio técnico: Marcelo Vasconcelos
Apoio ao Auxílio Técnico: Alexandre Souza, Thiago Pinto
Produção: Cleiton Freitas
Edição de texto: Flávia Lima e Marieta Cazarré
Edição de imagem e finalização: Márcio Stuckert, André Eustáquio e Rivaldo Martins
Arte: Aleixo Leite e Wagner Maia
Serviço
Caminhos da Reportagem - Manejo do Fogo: do ancestral ao futuro
Às 23 horas, na TV Brasil
Site - https://tvbrasil.ebc.com.br
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2025-09/caminhos-da-reportagem-expoe-os-desafios-no-combate-queimadas
Em 2024, o país registrou um recorde histórico de queimadas, com 30 milhões de hectares atingidos, superando a média histórica em 62%. De acordo com especialistas, o fenômeno climático El Niño contribui para o aumento da seca e dos incêndios, agravado pelas mudanças climáticas e pelo uso e ocupação do solo.
Ao programa, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, diz que, diante das mudanças climáticas, mais do que promover uma estrutura para combater incêndios, é preciso investir em prevenção.
"É saber lidar com o fogo como um componente cultural, como um elemento presente na paisagem. Com as mudanças climáticas, não dá para brincar. As tragédias serão cada vez maiores e, muitas vezes, teremos a sensação de impotência", ressalta.
Brigadistas
O trabalho de combate ao fogo também é feito pelos brigadistas florestais. Segundo Thomas Tanaka, técnico ambiental do PrevFogo, órgão associado ao Ibama, sejam contratados ou voluntários, muitos brigadistas acabam, infelizmente, feridos ou mortos.
"Eles colocam a vida em risco para proteger a vegetação, as comunidades e as cidades. Além de a chama ser perigosa, a fumaça é extremamente danosa à saúde humana", explica.
Osvaldo Barassi Gajardo, especialista em conservação da WWF-Brasil, reforça que o brigadista é uma figura-chave.
"Não adianta ter brigadistas por 4 ou 5 meses. Precisamos tê-los o ano inteiro, realizando ações de prevenção. Acredito que a valorização desse profissional é algo urgente", lembra.
Uso ancestral
O Caminhos da Reportagem apresenta a história de Mayangdi Inzaulgarat Suárez, que nasceu em Cuba, mas mora no Brasil desde 2013. Apesar de trabalhar com audiovisual, em 2019 teve o primeiro contato com incêndios florestais no Distrito Federal, onde reside.
Nesse período, passou a atuar como brigadista voluntário. Após se naturalizar brasileiro, ingressou no serviço público e, hoje, integra a equipe do PrevFogo.
Em 2024, o brigadista atuou na comunidade quilombola Kalunga do Mimoso, no Tocantins.
"Essas populações tradicionais utilizam o fogo desde que surgiram, tanto indígenas quanto quilombolas. Eles aplicam o fogo de forma bem controlada no fim da época das chuvas, porque sabem que o fogo das 16h30, por exemplo, vai se apagar até as 17h, numa mata mais fechada, mais fria e mais úmida, sem causar danos", explica.
A produção da TV Brasil destaca que o fogo é utilizado por essas comunidades há séculos como uma ferramenta de manejo do território, com técnicas adaptadas ao ambiente local.
Inovações de baixo custo
A ONG Instituto Invento desenvolveu, junto a pesquisadores, agricultores, brigadistas, voluntários e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cinco soluções inteligentes e acessíveis para o combate ao fogo, durante uma oficina realizada em Brasília.
Oda Scatolini, diretor executivo do Instituto Invento, conta que o coletivo já criou mais de 60 protótipos nas áreas da produção agroecológica, produtos da sociobiodiversidade e restauração ecológica.
Entre as tecnologias desenvolvidas pelo grupo estão as bombas costais elétricas, reservatórios de água, acessórios para roçadeiras que permitem combater o fogo de turfa (ou fogo subterrâneo), protocolos de design de propriedades resilientes ao fogo e sensores para monitoramento do solo e do clima.
Ficha Técnica:
Reportagem: Marieta Cazarré
Reportagem cinematográfica: Rogério Verçoza
Apoio à Reportagem cinematográfica: Osvaldo Alves, André Rodrigo Pacheco
Auxílio técnico: Marcelo Vasconcelos
Apoio ao Auxílio Técnico: Alexandre Souza, Thiago Pinto
Produção: Cleiton Freitas
Edição de texto: Flávia Lima e Marieta Cazarré
Edição de imagem e finalização: Márcio Stuckert, André Eustáquio e Rivaldo Martins
Arte: Aleixo Leite e Wagner Maia
Serviço
Caminhos da Reportagem - Manejo do Fogo: do ancestral ao futuro
Às 23 horas, na TV Brasil
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