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Semana do Clima de Nova York? Aqui é Caatinga Climate Week, direto do Semiárido Pernambucano

22/08/2025

Fonte: Centro Sabiá - https://centrosabia.org.br/2025/08/22/nova-york-aqui-e-caatinga-climate-week-direto-d



Semana do Clima de Nova York? Aqui é Caatinga Climate Week, direto do Semiárido Pernambucano

22 de agosto de 2025

O Centro Sabiá, o Instituto Socioambiental (ISA) e organizações parceiras realizam, de 2 a 4 de outubro, a Caatinga Climate Week, uma iniciativa que visa inserir o bioma no centro do debate climático nacional e internacional, especialmente no contexto da COP30.

Ao longo de três dias, uma expedição irá visitar experiências rurais de adaptação às mudanças climáticas em territórios de agricultoras familiares de base agroecológica, de assentados da reforma agrária, de quilombolas e indígenas.

Programação detalhada

1o de outubro
Chegada da comitiva a Recife e deslocamento para Caruaru.
2 de outubro
Manhã: Visita às Experiências de Adaptação Climática no Semiárido, em Caruaru e Vertentes.

Tarde: Plenária de Abertura no Assentamento Normandia, do MST, em Caruaru. Almoço no local, com menu do Chef Thiago das Chagas.

Noite: Festa Junina (Arraial da Adaptação) com barracas de comidas e bebidas típicas.
3 de outubro
Manhã: Deslocamento para Garanhuns.

Manhã/Tarde: Visitas paralelas e sessões em grupo a comunidades estratégicas:
Rede de Sementes Crioulas para adaptação Climática, Mulheres Negras e a Luta por Justiça Climática no Quilombo de Castainho, Escola dos Ventos, em Caetés, sobre a comunidade afetada pela instalação de complexo de energia eólica.

Final da tarde: Deslocamento para Arcoverde.

Noite (19h): Exibição do filme "O Bem Virá", de Uilma Queiroz, no Sesc Arcoverde.
4 de outubro
Manhã: Visitas a sítios arqueológicos no Parque Nacional do Catimbau.

Tarde: Plenária Final no Ecossítio Catimbau, em Buíque, seguida de almoço coletivo.

Final do dia: Retorno a Recife.

A proposta é dar visibilidade às soluções construídas por comunidades locais diante dos desafios impostos pela crise climática e reunir lideranças indígenas e quilombolas, representantes de movimentos sociais, especialistas, autoridades públicas e gestores de fundos globais em uma programação imersiva no Semiárido pernambucano.

A Caatinga e o Clima
A Caatinga, Mata Branca, nomes para este bioma que é 100% brasileiro e é considerada patrimônio natural exclusivo, abrigando fauna e flora tipicamente nacionais e centenas de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. A floresta do Semiárido está presente em nove estados, ocupando 11% do território nacional, é muito rica em biodiversidade e muito eficiente em absorver CO2.

Muito além da imagem de seca e chão batido tão difundida, a Caatinga é um mosaico de vidas em transformações. Sua paisagem muda, seja com as chuvas, seja com as estiagens, revelando um cenário rico, variando no tempo, clima e territórios. O bioma sustenta milhares de vidas, mesmo sob condições climáticas extremas. A floresta da resistência, do Semiárido!

Mas a Caatinga vem sofrendo com as mudanças climáticas e a ameaça da desertificação. O bioma já perdeu quase metade da sua vegetação nativa e as previsões futuras não são nada animadoras. Com o clima cada vez mais quente e seco, a Mata Branca tem se tornado um ambiente pouco favorável para os mamíferos e outras espécies. De acordo com estudo publicado pela Global Change Biology, até 2060, a região poderá perder até 91,6% das suas espécies de mamíferos e 87% dos seus habitats naturais.

Atualmente está ameaçada pelo desmatamento crônico, ilegal e alinhado com práticas econômicas pouco sustentáveis. De acordo com o MapBiomas, a Caatinga teve perda de vegetação primária de 15 milhões de hectares entre 1985 e 2020, o que representa mais de 26% da floresta. O levantamento mostrou um decréscimo de 40% nos cursos de água natural que fluem pela região. Quase a totalidade do bioma no Brasil está classificada entre as Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD).

O evento é uma realização do Centro Sabiá e Instituto Socioambiental (ISA), em pareceria com Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Movimentos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ),Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste (APOINME), Observatório do Clima, Plataforma Semiárido e Consórcio de Governadores do Nordeste e apoio da Cáritas
Alemã e do Instituto Umbuzeiro

Saiba mais
Centro Sabiá - O Centro Sabiá é uma organização não governamental que há 32 anos trabalha com a promoção da agricultura familiar de base agroecológica, a convivência com o Semiárido e direitos humanos de agricultoras e agricultores do campo e da cidade.

ISA - O Instituto Socioambiental (ISA) é uma OSCIP fundada em 1994 que atua na defesa de direitos socioambientais no Brasil. Trabalha junto a povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas, fortalecendo sua participação política, cultura, conhecimentos e iniciativas de renda para proteger Terras Indígenas e Áreas Protegidas. Com presença nos territórios do Rio Negro (AM/RR), Xingu (MT/PA) e Vale do Ribeira (SP), o ISA articula ações locais e nacionais por meio de seus programas regionais e temáticos.


https://centrosabia.org.br/2025/08/22/nova-york-aqui-e-caatinga-climate-week-direto-do-semiarido-pernambucano/
 

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