De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Representante dos Guarani-Kaiowá e outros 10 indígenas ficam feridos após serem atingidos por tiros em área de retomada em MS
18/10/2025
Autor: Loraine França
Fonte: G1 -https://g1.globo.com/
Representante dos Guarani-Kaiowá e outros 10 indígenas ficam feridos após serem atingidos por tiros em área de retomada em MS
Grupo faz parte da comunidade Guyraroká, que reivindica o fim da pulverização sobre a terra indígena e demarcação da área. Processo está parado no STF desde 2016.
Indígenas Guarani e Kaiowá que estão em uma área de retomada em Caarapó (MS), foram atingidos por tiros de bala de borracha e ficaram feridos na manhã de sexta-feira (17). Entre as pessoas atingidas está Valdelice Veron, considerada uma das principais representantes da etnia em Mato Grosso do Sul.
Valdelice estava junto a outros 10 indígenas da comunidade Guyraroká quando os disparos ocorreram. Uma fonte que pediu para não ser identificada disse que a indígena levou dois tiros de bala de borracha, um na barriga e outro no peito. A indígena foi socorrida no local, medicada e está bem. Ela não foi encaminhada ao hospital e voltou para a área de retomada ainda na sexta-feira.
O Conselho Missionário Indigenista (Cimi), que acompanha a situação dos Guarani e Kaiowá, disse ao g1 que os tiros partiram da Tropa de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). Em nota, a PMMS disse que foi até a área de retomada para "restaurar a ordem pública" (leia a íntegra mais abaixo).
Imagens gravadas pela comunidade Guyraroká mostram o momento em que viaturas da corporação avançam sobre indígenas na retomada (veja vídeo no início da reportagem). Na nota, a PM cita que usou de "meios não letais como agentes químicos e elastômeros" após os veículos serem atacados pelos indígenas.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) disse ao g1 que acompanha a situação e está em contato com lideranças para registro de denúncias (leia a íntegra mais abaixo).
O que diz a Polícia Militar
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) realizou na sexta-feira (17/10) a Operação Campo Seguro, na região rural do município de Caarapó, com o objetivo de restaurar a ordem pública e garantir a segurança e paz na região.
A ação foi desencadeada após o registro de Boletim de Ocorrência que relatou a presença de um grupo de indígenas armados ocupando a área e impedindo o acesso de funcionários. As equipes policiais deslocaram-se ao local para dar apoio ao comunicante e restabelecer a tranquilidade, diante da situação de risco à segurança dos envolvidos e à ordem pública.
Durante o cumprimento da missão, um grupo de indígenas investiram contra as guarnições, danificando diversas viaturas. Para conter os ataques e preservar a integridade de todos os envolvidos, os policiais fizeram uso de meios não letais, como agentes químicos e elastômeros, conforme os protocolos operacionais da PMMS.
A atuação policial garantiu o respeito aos direitos de todos os presentes e a preservação da ordem. Ao término da ação, duas armas de fogo que estavam em poder dos indígenas foram apreendidas.
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul reforça seu compromisso com a manutenção da ordem pública, a segurança da população e o cumprimento da lei, atuando sempre de forma técnica, legal e proporcional.
O que diz o Ministério dos Povos Indígenas
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), por meio do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiárias Indígenas (DEMED), juntamente com a FUNAI, acompanha a situação e está em contato com lideranças locais para assegurar que haja registro de denúncias, mapeamento dos impactos e proposição de soluções eficazes. O MPI repudia qualquer ato de violência contra os indígenas e está acionando os órgãos responsáveis para garantir a segurança das comunidades.
Retomada
Os Guarani e Kaiowá da comunidade Guyraroká retomaram a área da fazenda Ipuitã no dia 21 de setembro deste ano. Eles reivindicam o fim da pulverização de agrotóxicos sobre a comunidade e, ainda, a demarcação da terra indígena.
Em 2009, o Estado brasileiro reconheceu que as terras onde a fazenda está inserida pertencem aos indígenas. Contudo, em 2016, a decisão foi revertida e o processo segue no Supremo Tribunal Federal (STF). Os Guarani Kaiowá buscam a retomada da terra desde 1999.
Em um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) é evidenciado que a terra declarada tem 11 mil hectares mas, cerca de 200 indígenas vivem em apenas 50 hectares, em "acampamento provisório e sem condições de dignidade".
Caso internacional
Em 2019, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), concedeu uma medida (ainda vigente) que exige do Estado brasileiro medidas para proteger o direito à vida e à integridade pessoal do povo Guarani e Kaiowá da comunidade Guyraroká.
Na ocasião, a corte internacional considerou que os indígenas vivem sob situação de risco devido às constantes ameaças, abusos e atos de violência "supostamente por parte de fazendeiros no marco de uma controvérsia propriedade de terras".
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/10/18/representante-dos-guarani-kaiowa-e-outros-10-indigenas-ficam-feridos-apos-serem-atingidos-por-tiros-em-area-de-retomada-em-ms.ghtml
Grupo faz parte da comunidade Guyraroká, que reivindica o fim da pulverização sobre a terra indígena e demarcação da área. Processo está parado no STF desde 2016.
Indígenas Guarani e Kaiowá que estão em uma área de retomada em Caarapó (MS), foram atingidos por tiros de bala de borracha e ficaram feridos na manhã de sexta-feira (17). Entre as pessoas atingidas está Valdelice Veron, considerada uma das principais representantes da etnia em Mato Grosso do Sul.
Valdelice estava junto a outros 10 indígenas da comunidade Guyraroká quando os disparos ocorreram. Uma fonte que pediu para não ser identificada disse que a indígena levou dois tiros de bala de borracha, um na barriga e outro no peito. A indígena foi socorrida no local, medicada e está bem. Ela não foi encaminhada ao hospital e voltou para a área de retomada ainda na sexta-feira.
O Conselho Missionário Indigenista (Cimi), que acompanha a situação dos Guarani e Kaiowá, disse ao g1 que os tiros partiram da Tropa de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). Em nota, a PMMS disse que foi até a área de retomada para "restaurar a ordem pública" (leia a íntegra mais abaixo).
Imagens gravadas pela comunidade Guyraroká mostram o momento em que viaturas da corporação avançam sobre indígenas na retomada (veja vídeo no início da reportagem). Na nota, a PM cita que usou de "meios não letais como agentes químicos e elastômeros" após os veículos serem atacados pelos indígenas.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) disse ao g1 que acompanha a situação e está em contato com lideranças para registro de denúncias (leia a íntegra mais abaixo).
O que diz a Polícia Militar
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) realizou na sexta-feira (17/10) a Operação Campo Seguro, na região rural do município de Caarapó, com o objetivo de restaurar a ordem pública e garantir a segurança e paz na região.
A ação foi desencadeada após o registro de Boletim de Ocorrência que relatou a presença de um grupo de indígenas armados ocupando a área e impedindo o acesso de funcionários. As equipes policiais deslocaram-se ao local para dar apoio ao comunicante e restabelecer a tranquilidade, diante da situação de risco à segurança dos envolvidos e à ordem pública.
Durante o cumprimento da missão, um grupo de indígenas investiram contra as guarnições, danificando diversas viaturas. Para conter os ataques e preservar a integridade de todos os envolvidos, os policiais fizeram uso de meios não letais, como agentes químicos e elastômeros, conforme os protocolos operacionais da PMMS.
A atuação policial garantiu o respeito aos direitos de todos os presentes e a preservação da ordem. Ao término da ação, duas armas de fogo que estavam em poder dos indígenas foram apreendidas.
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul reforça seu compromisso com a manutenção da ordem pública, a segurança da população e o cumprimento da lei, atuando sempre de forma técnica, legal e proporcional.
O que diz o Ministério dos Povos Indígenas
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), por meio do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiárias Indígenas (DEMED), juntamente com a FUNAI, acompanha a situação e está em contato com lideranças locais para assegurar que haja registro de denúncias, mapeamento dos impactos e proposição de soluções eficazes. O MPI repudia qualquer ato de violência contra os indígenas e está acionando os órgãos responsáveis para garantir a segurança das comunidades.
Retomada
Os Guarani e Kaiowá da comunidade Guyraroká retomaram a área da fazenda Ipuitã no dia 21 de setembro deste ano. Eles reivindicam o fim da pulverização de agrotóxicos sobre a comunidade e, ainda, a demarcação da terra indígena.
Em 2009, o Estado brasileiro reconheceu que as terras onde a fazenda está inserida pertencem aos indígenas. Contudo, em 2016, a decisão foi revertida e o processo segue no Supremo Tribunal Federal (STF). Os Guarani Kaiowá buscam a retomada da terra desde 1999.
Em um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) é evidenciado que a terra declarada tem 11 mil hectares mas, cerca de 200 indígenas vivem em apenas 50 hectares, em "acampamento provisório e sem condições de dignidade".
Caso internacional
Em 2019, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), concedeu uma medida (ainda vigente) que exige do Estado brasileiro medidas para proteger o direito à vida e à integridade pessoal do povo Guarani e Kaiowá da comunidade Guyraroká.
Na ocasião, a corte internacional considerou que os indígenas vivem sob situação de risco devido às constantes ameaças, abusos e atos de violência "supostamente por parte de fazendeiros no marco de uma controvérsia propriedade de terras".
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/10/18/representante-dos-guarani-kaiowa-e-outros-10-indigenas-ficam-feridos-apos-serem-atingidos-por-tiros-em-area-de-retomada-em-ms.ghtml
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