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Seca extrema e água a 41oC dizimaram botos na Amazônia, diz estudo: 'Nem era possível botar dedo na água'

06/11/2025

Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/



Seca extrema e água a 41oC dizimaram botos na Amazônia, diz estudo: 'Nem era possível botar dedo na água'
Efeitos de mudança climática atingem regiões tropicais e ecossistemas aquáticos

06/11/2025

Quando dezenas de carcaças de botos começaram a aparecer nas margens do lago Tefé, na Amazônia Legal, o hidrologista brasileiro Ayan Fleischmann foi investigar. Uma seca repentina e uma onda de calor extrema, iniciada em setembro de 2023, tinham transformado o lago em um fervedouro, com águas que chegaram a 41oC, temperatura similar à de uma banheira de hidromassagem.

Suas descobertas, publicadas nesta quinta-feira na revista Science, põem em destaque os efeitos das mudanças climáticas em regiões tropicais e ecossistemas aquáticos, às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) que será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro.

"Nem mesmo era possível botar um dedo na água", relatou Ayan Fleischmann, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas. "É um problema do qual não se fala", observou o pesquisador, acrescentando que os lagos tropicais, essenciais para a segurança alimentar e o sustento das comunidades locais, têm sido estudados muito menos do que os da Europa e da América do Norte.

Segundo especialistas, as mudanças climáticas contribuíram em grande medida para a seca que em 2023 devastou a Amazônia, uma região cuja população depende de sua rede de vias fluviais para o transporte e para suprir suas necessidades básicas.

Os mais de 200 botos mortos registrados em menos de dois meses representavam apenas a ponta do iceberg de uma crise ecológica mais ampla, pois os peixes também morriam em massa, embora se desconheçam as cifras exatas.

A observação mais impactante da equipe liderada por Fleischmann ocorreu no lago Tefé: sua superfície tinha diminuído em 75% e as temperaturas extremas da água não foram observadas apenas na superfície, mas também até dois metros de profundidade. O pesquisador tem a intenção de defender na COP30 que se dê maior atenção aos lagos amazônicos e para as soluções que envolvam as comunidades locais, em particular os povos indígenas.

https://oglobo.globo.com/blogs/clima-extremo/post/2025/11/seca-extrema-e-agua-a-41oc-dizimaram-botos-na-amazonia-diz-estudo-nem-era-possivel-botar-dedo-na-agua.ghtml
 

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