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Um balanço do que aconteceu até agora no Fundo Florestas Tropicais para Sempre

07/11/2025

Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/



Um balanço do que aconteceu até agora no Fundo Florestas Tropicais para Sempre

07/11/2025

Míriam Leitão

O lançamento oficial do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) foi auspicioso, mas ainda insuficiente diante das metas traçadas. O fundo foi lançado com o apoio de 53 países, mas apenas cinco, além do Brasil, anunciaram aportes financeiros.

A Noruega, que é a principal colaboradora do Fundo Amazônia, foi quem colocou o maior volume de recursos à disposição: US$ 2,9 bilhões. Brasil e Indonésia haviam anunciado previamente aportes de US$ 1 bilhão cada. Portugal, por sua vez, confirmou uma contribuição simbólica de 1 milhão de euros para os custos operacionais - valor modesto, mas considerado positivo, já que o país nem integra o grupo de 53 signatários do apoio político à criação do fundo.

Por outro lado, o Reino Unido, que participou ativamente do desenho da ferramenta financeira, decidiu não entrar no aporte inicial devido ao aperto no orçamento doméstico - o que, contudo, não descarta uma contribuição futura. Além desses, França e Holanda anunciaram aportes de US$ 580 milhões e US$ 5,8 milhões, respectivamente.

A questão é: o quanto isso é bom? A expectativa do governo brasileiro é captar US$ 10 bilhões até 2026. No primeiro dia, a soma de US$ 5 bilhões gerou clima de comemoração - afinal, significou metade do total previsto como meta. Ainda assim, é importante lembrar que a projeção inicial da equipe econômica era de US$ 25 bilhões, depois reduzida. Se essa meta original tivesse sido mantida, o montante atual representaria apenas 22% do previsto.

Vale registrar também que o principal financiador até o momento, a Noruega, impôs uma condição: o país não quer que sua participação ultrapasse 20% do total de recursos do fundo. Além disso, o valor será liberado gradualmente ao longo de dez anos.

O instrumento, contudo, é considerado inovador. O TFFF emitirá títulos de baixo risco (triplo A), que poderão ser comprados por países ou empresas, sob a tutela do Banco Mundial, o que dá credibilidade á operação. Para remunerar os investidores, o fundo emprestará a uma taxa mais alta - e a diferença entre a taxa de captação e a de empréstimo (o spread) servirá para remunerar os participantes. A lógica é criar um fundo de mercado sustentável, que não dependa de pedidos constantes por "novos dinheiros".

Os recursos serão direcionados principalmente a países florestais, sendo o maior deles o Brasil, seguido pela República Democrática do Congo e pela Indonésia. A expectativa é que o fundo distribua cerca de US$ 4 bilhões por ano aos países que preservarem suas florestas: quem reduzir o desmatamento recebe mais; quem aumentar, recebe menos - ou nada.

Um ponto essencial da iniciativa é a previsão de que os recursos cheguem também às comunidades locais, como ribeirinhos e povos indígenas, que desempenham papel fundamental na conservação das florestas tropicais.

https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/11/um-balanco-do-que-aconteceu-ate-agora-no-fundo-florestas-tropicais-para-sempre.ghtml
 

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