De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
MP vai investigar a presença de agrotóxicos em aldeia de Caarapó
01/10/2025
Autor: Gustavo Bonotto
Fonte: Campo Grande News - https://www.campograndenews.com.br/
MP vai investigar a presença de agrotóxicos em aldeia de Caarapó
Pesquisa da UFMS identificou riscos à saúde de crianças e idosos na Terra Indígena Guyraroká
Após a veiculação da matéria "Cercada pela soja, aldeia tem agrotóxico na água de beber, na chuva e nascentes", produzida pelo Campo Grande News, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) vai investigar as denúncias de contaminação por agrotóxicos na comunidade Guarani Kaiowá, na Terra Indígena Guyraroká, situada em Caarapó, a 274 quilômetros de Campo Grande.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul iniciou investigação sobre denúncias de contaminação por agrotóxicos na comunidade Guarani Kaiowá, na Terra Indígena Guyraroká, em Caarapó. A ação inclui análise da água após relatos de moradores sobre sintomas como vômito, diarreia e coceira, decorrentes da pulverização aérea em lavouras vizinhas. Pesquisas realizadas entre 2021 e 2024 identificaram 11 tipos de agrotóxicos na água de consumo, incluindo 2,4-D e atrazina. A comunidade, que abriga 12 bebês, 37 crianças e seis idosos, enfrenta dificuldades para cultivar alimentos devido à contaminação do solo. A área, anteriormente de pastagem, foi convertida para cultivo de soja e milho após 2018.
A ação, firmada nesta quarta-feira (1o), envolve análise da água das nascentes, da torneira e da chuva, após relatos de moradores sobre sintomas como vômito, diarreia e coceira. O procedimento foi motivado por reportagens que mostraram pulverização aérea de defensivos agrícolas nas lavouras vizinhas.
O MPMS expediu ofícios à PMA (Polícia Militar Ambiental), à Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para verificar a aplicação de defensivos agrícolas e analisar a qualidade da água. A Promotoria também requisitou à Câmara Municipal de Caarapó informações sobre a legislação local que regulamenta a pulverização aérea. Os órgãos têm 15 dias úteis para apresentar relatórios.
Conforme apurado pela reportagem, a aldeia abriga 12 bebês, 37 crianças, seis idosos e quatro gestantes, todos expostos aos efeitos dos agrotóxicos. Os moradores também enfrentam dificuldade para plantar alimentos devido à presença constante de agrotóxicos na terra. Até 2018, a região era predominantemente de pastagem; depois, as fazendas passaram a cultivar soja e milho, aumentando a aplicação de agrotóxicos.
Pesquisas realizadas entre 2021 e 2024 identificaram resíduos de agrotóxicos na água de consumo, nas nascentes e na água da chuva. A bióloga Alexandra Penedo de Pinho, da UFMS, destacou que foram encontrados 11 tipos de agrotóxicos, incluindo 2,4-D e atrazina, com alta capacidade de infiltração. O levantamento apontou contaminação aguda, causada por pulverizações, e crônica, por exposição diária à água contaminada.
A comunidade enfrentou ainda apreensões de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai em julho, descobertos em área de mata nas terras indígenas. A operação conjunta da Força Nacional e do Ibama retirou mais de 200 quilos de defensivos ilegais. Um trator foi necessário para acessar alguns pontos de armazenamento devido à densidade da vegetação e ao volume do material.
A Terra Indígena Guyraroká foi reconhecida pelo Ministério da Justiça em 2009, mas a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2014 anulou parte da área reivindicada. Em 2013, o MPF (Ministério Público Federal) ajuizou ação pedindo indenização de R$ 170 milhões pela expulsão da comunidade ocorrida há 100 anos.
https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/mp-vai-investigar-a-presenca-de-agrotoxicos-em-aldeia-de-caarapo
Pesquisa da UFMS identificou riscos à saúde de crianças e idosos na Terra Indígena Guyraroká
Após a veiculação da matéria "Cercada pela soja, aldeia tem agrotóxico na água de beber, na chuva e nascentes", produzida pelo Campo Grande News, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) vai investigar as denúncias de contaminação por agrotóxicos na comunidade Guarani Kaiowá, na Terra Indígena Guyraroká, situada em Caarapó, a 274 quilômetros de Campo Grande.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul iniciou investigação sobre denúncias de contaminação por agrotóxicos na comunidade Guarani Kaiowá, na Terra Indígena Guyraroká, em Caarapó. A ação inclui análise da água após relatos de moradores sobre sintomas como vômito, diarreia e coceira, decorrentes da pulverização aérea em lavouras vizinhas. Pesquisas realizadas entre 2021 e 2024 identificaram 11 tipos de agrotóxicos na água de consumo, incluindo 2,4-D e atrazina. A comunidade, que abriga 12 bebês, 37 crianças e seis idosos, enfrenta dificuldades para cultivar alimentos devido à contaminação do solo. A área, anteriormente de pastagem, foi convertida para cultivo de soja e milho após 2018.
A ação, firmada nesta quarta-feira (1o), envolve análise da água das nascentes, da torneira e da chuva, após relatos de moradores sobre sintomas como vômito, diarreia e coceira. O procedimento foi motivado por reportagens que mostraram pulverização aérea de defensivos agrícolas nas lavouras vizinhas.
O MPMS expediu ofícios à PMA (Polícia Militar Ambiental), à Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para verificar a aplicação de defensivos agrícolas e analisar a qualidade da água. A Promotoria também requisitou à Câmara Municipal de Caarapó informações sobre a legislação local que regulamenta a pulverização aérea. Os órgãos têm 15 dias úteis para apresentar relatórios.
Conforme apurado pela reportagem, a aldeia abriga 12 bebês, 37 crianças, seis idosos e quatro gestantes, todos expostos aos efeitos dos agrotóxicos. Os moradores também enfrentam dificuldade para plantar alimentos devido à presença constante de agrotóxicos na terra. Até 2018, a região era predominantemente de pastagem; depois, as fazendas passaram a cultivar soja e milho, aumentando a aplicação de agrotóxicos.
Pesquisas realizadas entre 2021 e 2024 identificaram resíduos de agrotóxicos na água de consumo, nas nascentes e na água da chuva. A bióloga Alexandra Penedo de Pinho, da UFMS, destacou que foram encontrados 11 tipos de agrotóxicos, incluindo 2,4-D e atrazina, com alta capacidade de infiltração. O levantamento apontou contaminação aguda, causada por pulverizações, e crônica, por exposição diária à água contaminada.
A comunidade enfrentou ainda apreensões de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai em julho, descobertos em área de mata nas terras indígenas. A operação conjunta da Força Nacional e do Ibama retirou mais de 200 quilos de defensivos ilegais. Um trator foi necessário para acessar alguns pontos de armazenamento devido à densidade da vegetação e ao volume do material.
A Terra Indígena Guyraroká foi reconhecida pelo Ministério da Justiça em 2009, mas a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2014 anulou parte da área reivindicada. Em 2013, o MPF (Ministério Público Federal) ajuizou ação pedindo indenização de R$ 170 milhões pela expulsão da comunidade ocorrida há 100 anos.
https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/mp-vai-investigar-a-presenca-de-agrotoxicos-em-aldeia-de-caarapo
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.