De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Índios poderão invadir cidades
29/06/2001
Autor: Eduardo Gomes
Fonte: Diário de Cuiabá - Cuiabá - MT
Funai pretende devolver aos índios as terras que já lhes pertenceram; homem branco promete resistir
A depender dos estudos antropológicos em curso de um Grupo de Trabalho da Funai, a cidade de Nova Nazaré (800 km a leste de Cuiabá) poderá ser desativada, a exemplo do que aconteceu com São Pedro dos Cacetes, no Maranhão. Essa possibilidade foi aventada ontem, por telefone, pelo diretor Fundiário da Funai, Artur Nobre Mendes. A possibilidade da transformação da cidade em área indígena Xavante é o ponto mais polêmico de uma queda de braços que vários municípios e produtores rurais travam com a política indigenista de tentar expandir territórios de várias etnias em todas as regiões de Mato Grosso.
Desde o ano passado, uma equipe da Funai faz estudos de identificação em várias regiões mato-grossenses atendendo a reivindicações de populações indígenas que querem expandir os seus domínios. O município de Nova Nazaré, com 3,96 mil km², 1.982 habitantes e instalado em janeiro deste ano, poderá ser riscado do mapa dependendo do resultado desses estudos em atendimento a etnia Xavante que vive na região, na reserva Areões, salienta Nobre Mendes. Ele observa, porém, que em caso de uma decisão nesse sentido, será estabelecido o contraditório e a mesma passará por sentença judicial.
O prefeito de Nazaré, José Marques de Queiróz (PFL), não aceita a idéia e lamenta a ação da Funai, que estaria deixando a população intranqüila e desestimulando a construção civil e investimentos na cidade. Queiróz afirma que a maioria dos proprietários rurais têm documentação originária no Incra, que implantou na região, em 1988, os assentamentos Maragato, Boa Esperança, Rio dos Cocos, Estrela e Pontal do Araguaia, que deram origem ao município.
O que acontece em relação a Nova Nazaré se repete nas zonas rurais de vários municípios da região, onde, segundo o agrônomo Adauto Nogueira Borges - que assessora um grupo de prefeituras e câmara municipais contra aquilo que ele classifica como investida da Funai para ocupar mais 19 milhões de hectares no Estado-, estaria em curso uma política supranacional com apoio de conhecidos organismos internacionais iguais ao WWF (World Wide Fund for Nature) e a International Rivers Network. Eles querem a criação de um território para os Xavante, tão grande que inviabilizaria economicamente Mato Grosso, protesta Nogueira Borges.
Nobre Mendes nega ingerência externa na Funai e descarta a possibilidade de ocupação de 19 milhões de hectares pelos índios. Ele não cita números, mas admite que uma área que se estende por Campinápolis, Paranatinga, Água Boa e Nova Xavantina, poderá ser incorporada (dependendo de estudos) aos Xavante do território de Parabubure, hoje com 224,4 mil hectares e 3.357 membros daquela etnia.
Em Paranatinga, Colniza e em outros municípios, há tensão social e lideranças dessas localidades temem o enfrentamento com os índios. O presidente do Sindicato Rural de Paranatinga, Pedro Lago, fez um levantamento socioeconômico para avaliar o impacto que uma possível transferência de terras produtivas de fazendeiros para o povo Xavante provocaria. Para o sindicalista, seria o caos. Segundo ele, mais de 150 mil cabeças de bovinos pastam nas invernadas existentes numa região reivindicada pelos indígenas.
O presidente da Câmara Municipal de Paranatinga, João Bosco de Arruda, e o prefeito de Campinápolis, Matias Valadão, reconhecem a gravidade da situação em suas cidades. Ambos, porém, não falam sobre os estudos em curso pela Funai, pelo mesmo motivo: temem a desvalorização das terras de seus municípios.
A depender dos estudos antropológicos em curso de um Grupo de Trabalho da Funai, a cidade de Nova Nazaré (800 km a leste de Cuiabá) poderá ser desativada, a exemplo do que aconteceu com São Pedro dos Cacetes, no Maranhão. Essa possibilidade foi aventada ontem, por telefone, pelo diretor Fundiário da Funai, Artur Nobre Mendes. A possibilidade da transformação da cidade em área indígena Xavante é o ponto mais polêmico de uma queda de braços que vários municípios e produtores rurais travam com a política indigenista de tentar expandir territórios de várias etnias em todas as regiões de Mato Grosso.
Desde o ano passado, uma equipe da Funai faz estudos de identificação em várias regiões mato-grossenses atendendo a reivindicações de populações indígenas que querem expandir os seus domínios. O município de Nova Nazaré, com 3,96 mil km², 1.982 habitantes e instalado em janeiro deste ano, poderá ser riscado do mapa dependendo do resultado desses estudos em atendimento a etnia Xavante que vive na região, na reserva Areões, salienta Nobre Mendes. Ele observa, porém, que em caso de uma decisão nesse sentido, será estabelecido o contraditório e a mesma passará por sentença judicial.
O prefeito de Nazaré, José Marques de Queiróz (PFL), não aceita a idéia e lamenta a ação da Funai, que estaria deixando a população intranqüila e desestimulando a construção civil e investimentos na cidade. Queiróz afirma que a maioria dos proprietários rurais têm documentação originária no Incra, que implantou na região, em 1988, os assentamentos Maragato, Boa Esperança, Rio dos Cocos, Estrela e Pontal do Araguaia, que deram origem ao município.
O que acontece em relação a Nova Nazaré se repete nas zonas rurais de vários municípios da região, onde, segundo o agrônomo Adauto Nogueira Borges - que assessora um grupo de prefeituras e câmara municipais contra aquilo que ele classifica como investida da Funai para ocupar mais 19 milhões de hectares no Estado-, estaria em curso uma política supranacional com apoio de conhecidos organismos internacionais iguais ao WWF (World Wide Fund for Nature) e a International Rivers Network. Eles querem a criação de um território para os Xavante, tão grande que inviabilizaria economicamente Mato Grosso, protesta Nogueira Borges.
Nobre Mendes nega ingerência externa na Funai e descarta a possibilidade de ocupação de 19 milhões de hectares pelos índios. Ele não cita números, mas admite que uma área que se estende por Campinápolis, Paranatinga, Água Boa e Nova Xavantina, poderá ser incorporada (dependendo de estudos) aos Xavante do território de Parabubure, hoje com 224,4 mil hectares e 3.357 membros daquela etnia.
Em Paranatinga, Colniza e em outros municípios, há tensão social e lideranças dessas localidades temem o enfrentamento com os índios. O presidente do Sindicato Rural de Paranatinga, Pedro Lago, fez um levantamento socioeconômico para avaliar o impacto que uma possível transferência de terras produtivas de fazendeiros para o povo Xavante provocaria. Para o sindicalista, seria o caos. Segundo ele, mais de 150 mil cabeças de bovinos pastam nas invernadas existentes numa região reivindicada pelos indígenas.
O presidente da Câmara Municipal de Paranatinga, João Bosco de Arruda, e o prefeito de Campinápolis, Matias Valadão, reconhecem a gravidade da situação em suas cidades. Ambos, porém, não falam sobre os estudos em curso pela Funai, pelo mesmo motivo: temem a desvalorização das terras de seus municípios.
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