De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Pesquisa resgata produtos que eram cultivados nas aldeias e leva sementes de volta para os índios
28/06/2001
Autor: Jorge Gouveia
Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO
O seminário sobre Segurança Alimentar e Resgate Cultural com Preservação dos Recursos Genéticos e da Biodiversidade do povo Krahô foi aberto ontem, em Palmas, com otimismo. Indigenistas e pesquisadores da Embrapa e Funai apostam que a sobrevivência dos índios e o resgate cultural de sua cultura pode ser garantido através de atividades sustentáveis nas aldeias, como a agricultura. Apesar disso, os órgãos reclamam da falta de recursos e buscam novas alternativas para financiar projetos.
A programação que inicia hoje, no Espaço Cultural, vai debater as questões alimentares de etnias indígenas, principalmente a dos Kraôs, com os quais a Embrapa, Funai e União das Aldeias Krahôs (Kapey) vem atuando. O objetivo dos pesquisadores é buscar fundos para ampliar o projeto para outras aldeias do país.
Sobrevivendo em uma área de 320 mil hectares, na região Nordeste do Estado, os Krahôs sempre fizeram suas roças utilizando a técnica de derrubada e queima das árvores. As cinzas são a única forma de fertilização e as áreas são cultivadas por um período de 2 a 3 anos sendo abandonadas posteriormente. Utilizando a monocultura do arroz, iniciada nos anos 70, eles perderam proteínas e enfraqueceram-se porque. Também diminuiu o espaço de caça e, até hoje, ainda existe um período do ano, nos meses de agosto, setembro e outubro (entressafra), em que a situação é de extrema penúria.
Projeto
Desde 1995, quando procuraram a Embrapa atrás de sementes e encontraram uma similar àquelas de suas culturas ancestrais, os Krahôs passaram a fazer parte de um projeto dos pesquisadores daquele órgão, que começaram a conscientização para as sua raízes culturais agrícolas. Segundo a coordenadora de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa Cerrados, Terezinha Dias, foram feitas anteriormente 11 expedições nas aldeias e só a partir do ano passado é que foi sistematizado o trabalho.
Apesar dos recursos da Embrapa não serem muitos, o projeto conta com a boa vontade de seus pesquisadores. Neste trabalho estamos conscientizando a comunidade indígena a valorizar sua semente e com isso, estão retomando inclusive, seus ritos mais antigos, conta a pesquisadora, acrescentando que no Seminário, aberto ontem, um dos objetivos é a organização de projetos para captação de recursos. Também estamos tentando obter o apoio do governo estadual que é muito importante. Por enquanto, só podemos sair para outros projetos depois de concluirmos este, mas a Embrapa, vem atendendo as outras comunidades indígenas na questão das sementes, mas em pequenas quantidades, explicou.
Empenhada no trabalho com os Krahô, Terezinha informa que 11% do território nacional é de área indígena e baseando-se neste trabalho pioneiro que a Embrapa vem desenvolvendo com os Krahôs, o objetivo maior é abraçar todo este público indígena. Fico muito triste quando falo para o meu neto do milho rajadinho e ele me pergunta: cadê?. Quando falo para ele que existe uma batata doce com a casca preta e ele também pergunta: cadê ?. Esta frase vinda de um velho índio que procurava por sementes, chamou a atenção da pesquisadora e segunda ela, é uma motivação a mais para auxiliar a população indígena a resgatar sua cultura agrícola.
A programação que inicia hoje, no Espaço Cultural, vai debater as questões alimentares de etnias indígenas, principalmente a dos Kraôs, com os quais a Embrapa, Funai e União das Aldeias Krahôs (Kapey) vem atuando. O objetivo dos pesquisadores é buscar fundos para ampliar o projeto para outras aldeias do país.
Sobrevivendo em uma área de 320 mil hectares, na região Nordeste do Estado, os Krahôs sempre fizeram suas roças utilizando a técnica de derrubada e queima das árvores. As cinzas são a única forma de fertilização e as áreas são cultivadas por um período de 2 a 3 anos sendo abandonadas posteriormente. Utilizando a monocultura do arroz, iniciada nos anos 70, eles perderam proteínas e enfraqueceram-se porque. Também diminuiu o espaço de caça e, até hoje, ainda existe um período do ano, nos meses de agosto, setembro e outubro (entressafra), em que a situação é de extrema penúria.
Projeto
Desde 1995, quando procuraram a Embrapa atrás de sementes e encontraram uma similar àquelas de suas culturas ancestrais, os Krahôs passaram a fazer parte de um projeto dos pesquisadores daquele órgão, que começaram a conscientização para as sua raízes culturais agrícolas. Segundo a coordenadora de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa Cerrados, Terezinha Dias, foram feitas anteriormente 11 expedições nas aldeias e só a partir do ano passado é que foi sistematizado o trabalho.
Apesar dos recursos da Embrapa não serem muitos, o projeto conta com a boa vontade de seus pesquisadores. Neste trabalho estamos conscientizando a comunidade indígena a valorizar sua semente e com isso, estão retomando inclusive, seus ritos mais antigos, conta a pesquisadora, acrescentando que no Seminário, aberto ontem, um dos objetivos é a organização de projetos para captação de recursos. Também estamos tentando obter o apoio do governo estadual que é muito importante. Por enquanto, só podemos sair para outros projetos depois de concluirmos este, mas a Embrapa, vem atendendo as outras comunidades indígenas na questão das sementes, mas em pequenas quantidades, explicou.
Empenhada no trabalho com os Krahô, Terezinha informa que 11% do território nacional é de área indígena e baseando-se neste trabalho pioneiro que a Embrapa vem desenvolvendo com os Krahôs, o objetivo maior é abraçar todo este público indígena. Fico muito triste quando falo para o meu neto do milho rajadinho e ele me pergunta: cadê?. Quando falo para ele que existe uma batata doce com a casca preta e ele também pergunta: cadê ?. Esta frase vinda de um velho índio que procurava por sementes, chamou a atenção da pesquisadora e segunda ela, é uma motivação a mais para auxiliar a população indígena a resgatar sua cultura agrícola.
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