De Pueblos Indígenas en Brasil
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Aracruz custeou hospedagem da agentes da PF

24/01/2006

Fonte: CB, Brasil, p. 10



Aracruz custeou hospedagem da agentes da PF

A retirada de 50 índios tupiniquins e guaranis da faixa de terra do município de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ocorrida na semana passada, contou com o apoio da empresa interessada na ação de reintegração de posse da área. A empresa Aracruz Celulose forneceu hospedagem para os 120 agentes da Polícia Federal que participaram da operação. A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Iriny Lopes (PT-ES), anunciou que vai entrar com representação no Ministério Público Federal. "Isso é ilegal. Ficou clara a relação promíscua entre a PF e a Aracruz", criticou. A reintegração da terra pela empresa foi anulada por uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal, a pedido da Funai.
A parlamentar declarou que a Aracruz seria beneficiada pela ação da PF e que a suposta relação de "cumplicidade" entre a empresa e a corporação, ligada ao Ministério da Justiça, seria "imoral". Iriny Lopes disse que dois líderes indígenas foram levados pelos policiais para a casa da empresa, onde foram interrogados. Ela avalia que a houve "abuso de autoridade e incompetência" dos três delegados que coordenaram a ação, que resultou em pelo menos nove índios feridos.
A empresa confirma que as instalações foram solicitadas pela PF e que não viu problemas em atender ao pedido. A casa fornecida não passou por nenhuma mudança para receber os agentes. Com apenas um andar e quatro quartos, o local foi considerado adequado por oferecer um estacionamento amplo, com capacidade para as 11 viaturas e um ônibus usados durante a operação. Além disso, no jardim havia um heliponto.
A PF confirma o uso do imóvel, mas explica que a base da operação era no 18º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha. "Nós fizemos o termo circunstancial e o exame de corpo delito na casa da Aracruz para evitar levar os índios até Vila Velha", justifica o delegado Delano Bunn, um dos responsáveis pela operação de reintegração de posse. Ele informa ainda que os procedimentos exigiam um local seguro. "Se nos fizéssemos isso no meio do mato corríamos o risco de ser surpreendidos pelos índios", acrescenta Bunn. Ele lembrou não foram usadas armas letais durante a ação.

CB, 24/01/2006, Brasil, p. 10
 

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